HOMENAGEM AOS SERVOS DE DEUS BRASILEIROS - 2018 - perfume do lírio no pântano do mundo para a glória do Céu: embaixadores do Paraíso em nome de Jesus!

" - Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional;

e não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que proveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Pela graça que me foi dada, digo a todo aquele que está entre vós, que não pense de si mais do que convém, mas dirija a sua atenção para pensar sabiamente, conforme a medida da fé que Deus a cada um repartiu."

Romanos 12:1-3

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O TESTEMUNHO DE FÉ, que todo o cristão é chamado a oferecer, implica dizer como São Paulo: «Não que já o tenha alcançado ou já seja perfeito; mas corro para ver se o alcanço, (…) lançando-me para o que vem à frente» (Fl 3, 12-13).” (Evangelii Gaudium 121)

A imagem da maratona grega está em São Paulo como o atletismo é a metáfora do seguir Jesus na busca da ética e das virtudes por amor de Jesus e do próximo.

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A Bíblia fala do Servo Sofredor - todo o povo de Israel - em Isaías.

Essa figura é a profecia de Jesus - o servo dos servos de Deus na Nova Aliança - com a descrição singular e singela e cruenta e redentora de Jesus na Cruz e sua gloriosa vitória na Ressurreição. Pariticipamos de ambas, pela paixão e pela Ressurreição de Jesus - Filho de Deus por Excelência - O Servo de Deus desde toda a Eternidade - vindo no tempo no seio puríssimo e Imaculado da Virgem Mãe Maria Santíssima sem pecado desde sua conceição ou concepção virginal no seio de sua Mãe pelos méritos sublimes de seu Filho Jesus. Maria - a Amada de Deus (Mirriam em hebraico) é também a Serva do Senhor - modelo dos servos de Deus - depois de Jesus o Filho único e verdadeiro de Deus e de Maria. Ela disse ao Gabriel Anjo de Deus que estava ali como Serva de Deus para fazer sempre a vontade Divina.

Ainda hoje a imagem e figura de Maria como no Apocalipse 12 e nos Atos 2 em Pentecoste é a Serva de Deus - modelo dos servos e imagem escatológica da Igreja - a esposa de Deus pura e sem mancha - ornada de virtudes e bênçãos para a Eternidade como serva, Mãe, seguidora exemplar, conselheira dos apóstolos, imagem viva da Igreja sem pecado e Rainha ao lado de Jesus nosso Rei do Universo.

"- Meu Reino não é deste mundo..." - disse Jesus a Pilatos.

Convertendo-nos como filhos adotivo em Jesus, temos um itinerário à santidade como vocação universal e personalíssima. Como Paulo visualiza tão bem em Efésios 3:18:

"_ 17 e assim habite Cristo nos vossos corações, pela fé, estando vos arraigados e alicerçados em amor,

18 a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade,

19 e conhecer o amor de Cristo que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus.

20 Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós.

21 a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém.”

Esta experiência dura e suave de São Paulo o coloca como um modelo dos seguidores na santidade e imitação de Cristo: ser servo no amor e na identificação com Jesus em vista das promessas de Deus para os redimidos pelo Sangue do Cordeiro de Deus - que tira o pecado do mundo, conforme o dizer de João Batista.

Ou seja, sejamos atletas de Jesus consoante a expressão viva das maratonas ou olimpíadas, vistas no mundo e no tempo de São Paulo - ouçamos e vejamos com os olhos e a fé de Paulo que nos diz ainda como ontem, hoje e sempre, assim:

"O TESTEMUNHO DE FÉ, que todo o cristão é chamado a oferecer, implica dizer como São Paulo:

«_ Não que já o tenha alcançado ou já seja perfeito; mas corro para ver se o alcanço, (…) lançando-me para o que vem à frente»

(Fl 3, 12-13).” (Evangelii Gaudium 121)

https://www.paulus.com.br/portal/colunista/jeronimo-lauricio/martyria-um-testemunho-explicito-do-amor.html#.WyXk96pKjcd

Ainda outras citações bíblicas de são Paulo que desdobram a metáfora da maratonas, do atletismo em Jesus - os cristãos pelo Batismo e a Crisma - são outros cristos - "Alter Christus est" ou "soldados sem armas de Jesus - a cruz é o sinal do cristão!" Veja em:

"- 1 Coríntios 9:24 " - Não sabeis que entre todos os que correm no estádio, na verdade, somente um recebe o grande prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis!

25 Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, e isso, para obter uma coroa que logo se desvanece; no entanto, nós nos dedicamos para ganhar uma coroa que dura eternamente. …

1 Coríntios 9, 23:

"- Faço tudo isso por causa do Evangelho, a fim de me tornar co-participante dele. Um verdadeiro atleta de Cristo

Essas imagens do mundo greco-romano foram apropriadas por Paulo para significar o Atletismo espiritual ou místico ou pastoral no seguir fiel e corajosamente - intrepidamente - Jesus no mundo em meio às provocações e na batalha espiritual de anjos e o cristão não pode abdicar de sua parte como em:

1 Coríntios 9,26:

" - Portanto, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem apenas soca o ar."

Filipenses 3,12:

" - Não que eu já tenha alcançado tudo isso, ou seja perfeito; entretanto, vou caminhando, buscando alcançar aquilo para que também fui alcançado por Cristo Jesus. "

Filipenses 3,14:

"- ... apresso-me em direção ao alvo, a fim de ganhar o prêmio da convocação celestial de Deus em Cristo Jesus."

Todas essas santas inspirações e propósitos nas passagens paulinas nos convidam à santidade e ao zelo pela fé em Jesus em abundantes obras e fidelidade à Igreja como fez tão bem Paulo e os apóstolos, Servos de Deus.

Para que conquistemos como os antepassados o triunfo celestial, depois de que cada um tiver que dizer como Paulo:

" 2 Timóteo 4:7: - Combati o bom combate, completei a corrida, perseverei na fé!

Esse martírio ("martyrium" = testemunho ou ser testemunha - é o mesmo que mártir ou "martiria christiana" - ou ser mártir: da o sangue como Jesus o quis e fez... )de fé e de sangue - de vida aqui é consolidado em Hebreus 12:1:

" - Portanto, também nós, considerando que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, desembaracemo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos está proposta..."

Então, os servos de Deus orientados por Deus em Jesus, nos conselhos maternais da Virgem Mãe de Jesus e o pai nutrício zelosamente justo São José, os mártires apóstolos e tantos de todos os tempos, a guarda e proteção dos anjos de Deus desde nosso Batismo, posssamos dizer como a Escritura nos prediz poetica e corajosamente em Eclesiastes 9,11:

" - Observei ainda e notei que debaixo do sol os velozes nem sempre vencem a corrida; os mais fortes nem sempre triunfam nas batalhas; os sábios nem sempre têm com o que se alimentar; nem a fortuna acompanha sempre os prudentes; nem os bem instruídos e inteligentes têm garantia de prestígio e honra; pois o tempo e o acaso afetam a todos indistintamente."

FONTES BÍBLICAS

http://emiliana.life/2015/03/efesios-318-o-que-significa-a-largura-longitude-altura-e-profundidade-do-amor-de-cristo/

http://bibliaportugues.com/1_corinthians/9-24.htm

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OREMOS PARA TODOS OS NOSSOS IRMÃOS E NOSSA IRMÃS QUE ESTÃO COM ODOR DE SANTIDADE E A CAMINHO DO ALTAR DEPOIS DE TEREM VIVIDO ENTRE NÓS E NA HISTÓRIA COMO TESTEMUNHAS DO AMOR E DA FÉ EM JESUS E NA IGREJA - SANTA E PECADORA.

https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2018-05/concluido-processo-beatificacao-de-dom-luciano-mendes-de-almeida.html

Missa de encerramento da fase diocesana do

Processo de Beatificação de Dom Luciano

será transmitida pela Rede Vida

A Rede Vida irá transmitir nesta sexta-feira (15), às 19h, a missa em ação de graças pelo

encerramento da fase diocesana do Processo de Beatificação do Servo de Deus Dom Luciano Pedro

Mendes de Almeida direto do Santuário de Nossa Senhora do Carmo, em Mariana. Após a

celebração será realizada a sessão pública de encerramento com as formalidades canônicas.

A fase diocesana do processo foi concluída pelo Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana

no dia 21 de maio. Os trabalhos ultrapassam o número de seis mil páginas, incluídos os anexos. Os

originais ficarão arquivados e lacrados na Arquidiocese de Mariana e duas cópias serão

encaminhadas à Santa Sé.

Segundo o delegado episcopal do processo, monsenhor Roberto Natali Starlino, os documentos

serão entregues para Congregação para as Causas dos Santos. “Estes documentos iniciais enviados

à Roma irão comprovar a virtude de Dom Luciano. Na congregação serão nomeadas duas comissões,

uma para analisar a teologia dos escritos e outra para analisar a parte histórica. Esses documentos

serão estudados, para ver se estão seguindo as exigências da lei e para ver se não há nenhum erro

de doutrina. Depois de tudo aprovado, essas comissões irão dar uma nota ao material. Com a

aprovação, o Papa vai dar um decreto e assim começa a fase em que Dom Luciano será chamado de

venerável”, disse."

http://www.arqmariana.com.br/noticia/1765/missa-de-encerramento-da-fase-diocesana-do-processo-de-beatificacao-de-dom-luciano-sera-transmitida-pela-rede-vida?print=1

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OS SANTOS BRASILEIROS E OS CANDIDATOS À HONRA DOS ALTARES DE NOSSO PAÍS: OS BEATOS, VENERÁVEIS E SERVOS DE DEUS DO BRASIL.

1. Nhá Chica, a leiga Francisca Paula de Jesus (1810-1895), nasceu em Santo Antônio do Rio das Mortes, distrito de São João Del Rei (MG). Se mudou para Baependi aos oito anos e levou uma vida de religiosidade e dedicação aos pobres, o que lhe conferiu o título de "mãe dos pobres". A comissão em prol de sua beatificação começou em 1989. Em 1991, ela passou a ser considerada serva de Deus, a primeira nomeação do processo de canonização. Em 2012, foi elevada a venerável com reconhecimento pelo Vaticano da cura da doença de coração de uma devota, o que permitiu sua beatificação, em 2013.

2. Dom Francisco Expedito Lopes nasceu em Sobral (CE), em 1914, e morreu em 1957, quando foi assassinado com três tiros, disparados por um padre que ele havia sido destituído das funções sacerdotais por namorar uma prima. O crime ocorreu na capela da residência episcopal. Dom Francisco agonizou por 08 horas antes de morrer. Durante esse tempo, rezava fervorosamente, oferecendo a Deus a sua morte pelo bem da diocese (Garanhuns) e pela santificação do clero. Por sua dedicação aos pobres, heroísmo perante a morte e perdão ao assassino, ganhou fama de santidade e foi nomeado Servo de Deus.

3. Odete Vidal de Oliveira, a Odetinha, possui o processo de beatificação mais novo, aberto em 18 de janeiro de 2013, pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. Ela morreu aos 9 anos, em 1939, vítima de meningite. A ela são atribuídos relatos de cura e de intercessões em situações críticas, como o de uma mulher que se curou de uma miopia evolutiva que a levaria à cegueira e o de outra que sobreviveu a uma grave hemorragia após complicações durante o parto. Pode se tornar a primeira santa nascida no Rio.

4. Servo de Deus, Dom Frei Vital (1844-1878) nasceu no Sítio Jaqueira do Engenho Aurora, atual município de Pedras de Fogo (PE). Foi nomeado bispo de Olinda (PE) em 1871, se tornando o primeiro bispo da ordem dos Capuchinhos do Brasil. Ficou conhecido por recusar os escravos postos a seu serviço quando bispo, declarando que todos os cristãos eram iguais diante de Deus. Ele também chegou a ser preso, em 1874, por discordar do Governo Imperial. Foi anistiado a pedido do papa Pio IX, em 1875, quando viajou para a Europa, onde morreu com fama de santidade.

5. Franz de Castro Holzwart (1942-1981) nasceu em Barra do Piraí (RJ). Advogado, morou e trabalhou pastoralmente em Jacareí (SP) e São José dos Campos (SP), onde, em 1973, ingressou na APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados). Foi assassinado numa rebelião de presos, em São Paulo, aos 42 anos, após se oferecer para ficar como refém no lugar de uma vítima. Com sua morte, tornou-se conhecido popularmente como mártir da Pastoral Carcerária e virou servo de Deus. Seu processo de canonização foi iniciado em 2009.

6. Pio Giannotti, o Frei Damião (1898-1997), é religioso muito conhecido no Nordeste por suas missões e romarias. Nasceu em Bozzano, na Itália, e participou da I Guerra Mundial aos 19 anos. Quando chegou ao Brasil, em 1931, foi para o Convento de São Félix, da ordem do Capuchinhos, em Recife (PE), onde desenvolveu um estilo próprio de evangelização, por meio das Santas Missões, que arrastava multidões nas diversas cidades do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas pelas quais passou. Era muito querido e respeitado pelos fiéis. Por sua fama, tornou-se Servo de Deus.

7. A Serva de Deus Ginetta Calliari nasceu na cidade de Lavis, na Itália, em 1918. Chegou ao Recife em 1959 junto com outros sete jovens. Foi uma das primeiras companheiras de Chiara Lubich, com quem fundou o Movimento dos Focolares no Brasil. Encarnou perfeitamente o espírito da fundadora. Era alegre, expansiva, cheia da amor e ardor por Deus e pela Igreja. Morreu em odor de santidade em 2001.

8. Advogado, Padre Ibiapina (1809-1885) nasceu em Sobral (CE) e passou a vida defendendo os direitos dos camponeses. Iniciou uma grande peregrinação pelo sertão nordestino, praticando obras filantrópicas, socorrendo os mais necessitados e erguendo inúmeras casas de caridade, igrejas, açudes e outras obras. Ganhou fama de profeta e milagreiro e, segundo historiadores, serviu de inspiração para outras personalidades do Nordeste, como Antônio Conselheiro e padre Cícero. Foi reconhecido Servo de Deus.

9. Rodolfo Komorek nasceu em 1890, em Bielsko, na Polônia. Participou da I Guerra Mundial como capelão militar e chegou ao Brasil em 1924, aos 30 anos, para dar atendimento espiritual aos colonos poloneses de Dom Feliciano (RS). Estabeleceu-se em São José dos Campos (SP), onde desempenhou seu ministério sacerdotal com grande zelo, fervor e amor pelo povo e pela Igreja. Era muito querido por todos e gozava de grande fama de santidade. Sua morte, em 1949, foi marcada pelas manifestações de carinho da população da cidade. É Venerável, pois suas virtudes foram consideradas heroicas.

10. Floripes Dornelas de Jesus, a santa Lola, nasceu em Mercês (MG), em 1913. Aos 22 anos, sofreu um grave acidente, caindo de uma jabuticabeira, que a deixou paraplégica. Decidiu dedicar sua vida à religiosidade e, aos poucos, passou a não se alimentar. Dois anos após seu acidente, já não comia, bebia ou dormia. Alimentou-se apenas de hóstia durante 65 anos, o que provocou a curiosidade dos fiéis, levando diversas romarias à sua casa, na cidade de Rio Pomba (MG). Morreu em 1999. É Serva de Deus.

11. Padre Bento Dias Pacheco nasceu em Itu (SP) em 1819. Ao tornar-se padre, vendeu tudo que tinha, distribuiu o dinheiro aos pobres e se dedicou a cuidar de leprosos por 42 anos. Morreu em 1911, sem nunca contrair a doença, e ganhou fama de santidade desde então. Em março de 2003, foi instalada pela Cúria de Jundiaí, a Causa de Beatificação e Canonização do Padre Bento. É Servo de Deus.

12. Dom Gabriel Paulino Bueno Couto nasceu em 1910, em Itu (SP). Durante a II Guerra Mundial, atendeu a um dos seus confrades tuberculoso e também contraiu a doença. De volta para o Brasil, foi eleito primeiro bispo de Jundiaí, onde permaneceu até sua morte, em 1982. Austero consigo mesmo, porém, dulcíssimo pastor de almas, morreu com fama de santo e místico. Foi nomeado Servo de Deus.

13. O padre Manuel Gómez González, da Espanha, e o coroinha Adílio Daronch, nascido em Dona Francisca (RS), foram amarrados em árvores e fuzilados por anticlericais (maçonaria) em 1924. A história de sua vida e a glória de seu martírio já foram escritos no presente blog. Foram beatificados em 2007. São exemplos de fidelidade ao Cristo e à sua Igreja. Seus corpos, encontrados dias depois de mortos, conservavam-se ainda frescos e o sangue derramado em estado líquido.

14. A amazonense Serafina Cinque tornou-se famosa por ter iniciado em 1971 a Casa Divina Providência para gestantes desassistidas de Altamira (PA) e o Refúgio São Gaspar para abrigar doentes de várias idades. Por suas ações, seu amor, carinho e e dedicação aos pobre e sofredores, foi chamada de "O Anjo da Transamazônica". Com sua morte, em 1988, a fama de santidade de irmã Serafina se espalhou. É Serva de Deus.

15. Em 1645, holandeses que ocupavam o Nordeste do Brasil atacaram a capela de Nossa Senhora das Candeias, em Cunhaú (RN), onde 69 pessoas participavam da missa de domingo. Aterrorizados, moradores então fugiram para o forte dos Reis Magos ou se refugiaram em abrigos improvisados. Depois, sofreram novo ataque de índios e soldados holandeses. O episódio, que ficou conhecido como Martírio de Cunhaú e de Uruaçu, é o único caso de processo de beatificação coletiva no Brasil. Em 1998, por decreto do Papa São João Paulo II, dois padres: André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro e 28 leigos: Mateus Moreira e 27 Companheiros, foram beatificados.

16. Padre Aloísio Boeing nasceu em Vargem do Cedro (SC), em 1913. Foi mestre de noviços durante 24 anos e era muito estimado devido à amabilidade com que acolhia os alunos que o procuravam. Em 1974, fundou a Fraternidade Mariana do Coração de Jesus, em Jaraguá do Sul (SC), onde viveu até sua morte, em 2006. Muitos testemunham já ter alcançados graças pela intercessão de padre Aloísio, que foi declarado Servo de Deus pelo Vaticano.

17. A catarinense Albertina Berkenbrok, jovem muito católica, boa filha e modelo de pureza e vida cristã, (1919-1931) nasceu em Imaruí (SC) e morreu ao ser degolada durante uma tentativa de estupro. O assassino era um empregado do pai da menina. Sua fama de santidade se espalhou rapidamente e ela passou a ser considerada mártir, o que dispensa o registro de milagres junto a fiéis para que alguém seja beatificado. Foi beatificada em 2007.

18. Zélia Amália e Jerônimo Bulhões se casaram em 1876, no Rio de Janeiro. Com uma vida de dedicação aos pobres, o casal ficou conhecido por jamais tratar como propriedade os escravos, que viviam em liberdade e recebiam salário. Viviam em plena harmonia familiar, com evangelizadores e promotores da fé em seu lar. Os três filhos do casal tornaram-se sacerdotes e as cinco filhas tornaram-se freiras. A fama de santidade do casal cresceu, e eles foram declarados Servos de Deus.

19. Irmã Dulce nasceu em Salvador (1914-1992). Passou a vida ajudando os mais pobres e os necessitados. Aos 18 anos, recebeu o diploma de professora e entrou para a Congregação da Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, do Convento de São Cristóvão, em Sergipe. Voltou a Salvador, onde trabalhou como enfermeira voluntária e professora de Geografia, mas, sem vocação para lecionar, dedicou-se ao trabalho social nas ruas. Em 1988, foi indicada ao Nobel da Paz pelo então presidente José Sarney. Morreu em 1992, de causas naturais. À semelhança da Beata Teresa de Calcutá, já gozava, em vida, da veneração pública e fama de santidade. Em 2000, recebeu do papa São João Paulo II o título de Serva de Deus e, em 2011, foi beatificada.

20. Antonio da Rocha Marmo, mais conhecido como “santo Antoninho”, morreu aos 12 anos, vítima de tuberculose, no começo do século passado. Tinha grande amor por Jesus, por Maria, pelo Santo Padre e pela Sagrada Eucaristia. Seu passatempo predileto era brincar de celebrar missas no quintal de casa e ajudar os pobres. Desde sua morte, seu túmulo atrai fiéis ao cemitério da Consolação, na região central da capital paulista. São atribuídos à sua intercessão graças extraordinárias. Foi declarado Servo de Deus.

21. Irmã Lindalva Justo de Oliveira nasceu em 1953 em Sítio Malhada da Areia, zona pobre do Rio Grande do Norte. Em 1986, começou a frequentar o movimento vocacional das Filhas de Caridade, que ajudava a população carente da cidade. Em 1991, foi enviada para servir quarenta idosos de um asilo em Salvador. Autêntica filha de São Vicente de Paulo, servia aos pobres e enfermos com alegria e desvelo. Em 1993, foi assassinada por um homem que se apaixonou por ela no asilo. Irmã Lindalva foi beatificada em 2007.

22. Irmão Roberto Giovanni nasceu em Rio Claro (SP), em 1903. Viveu a maior parte de sua vida na cidade de Casa Branca (SP), onde se dedicou aos trabalhos domésticos e paroquiais, dando assistência espiritual aos pobres e doentes. Encarnou a espiritualidade de seu fundador, São Gaspar Bertoni, sendo um grande promotor do carisma estigmatino. Todos que se achegavam a ele percebiam que era um homem de Deus. Morreu em 1994, aos 90 anos, com grande fama de santidade. Seu processo de canonização foi iniciado em 2010, quando passou a ser Servo de Deus.

23. Padre Vítor Coelho de Almeida nasceu em 1899 na cidade mineira de Sacramento. Aos 08 anos, quando ficou órfão de mãe, foi colocado no Seminário Santo Afonso, em Aparecida do Norte (SP), onde recebeu o hábito redentorista e trabalhou nas Santas Missões. Na Rádio Aparecida, tornou-se conhecido como o "Apóstolo do Rádio". Foi um grande e incansável apóstolo da Rainha do Brasil. Era chamado de “santo” já em vida e morreu aos 87 anos. É Servo de Deus.

24. Beato Francisco de Paula Victor nasceu em 1827, em Campanha (MG). Era filho de escrava, mas não foi criado como propriedade, pois sua madrinha, dona da fazenda onde vivia, era abolicionista. Cresceu muito pobre e exerceu desde cedo a humildade. Ordenado padre aos 24 anos, fundou o Colégio Sagrada Família de Três Pontas (MG), onde foi professor e diretor por 30 anos. Morreu em 1905, aos 78 anos. É Servo de Deus.

25. Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico nasceu na capital paulista em 1901, com nome de batismo Dulce Maria dos Santos. Aos 21 anos, descobriu que tinha tuberculose, doença difícil de ser tratada na época, e se mudou para São José dos Campos (SP). Em contato com hospitais, passou a cuidar de outros doentes. Do seu trabalho em São José dos Campos (SP) nasceu o Instituto Pequenas Missionárias de Maria Imaculada. Morreu em 1972 e foi nomeada Serva de Deus.

26. Nelson Santana, o Nelsinho, nasceu em Bom Jesus de Ibitinga (SP), em 1955. Era uma criança que manifestava, desde tenra idade, grande amor por Jesus, por Maria e pela Igreja. Um câncer em seu braço esquerdo (quem em nada abateu-lhe a alegria interior e a fé) o levou à morte, em 1964, aos 09 anos. Após sua morte, vários fiéis disseram terem sido curados por intervenção de Nelsinho. Assim, iniciou-se seu processo de beatificação. Em 2011, foi declarado servo de Deus.

27. Madre Maria Teodora Voiron nasceu em 1835, em Chambéry, na França, onde entrou para o noviciado da Congregação das Irmãs de São José e ajudou as vítimas do Cólera. Veio para o Brasil em 1859, estabelecendo-se em Itu (SP), onde foi madre superiora com apenas 24 anos. Dedicou-se à educação e trabalhou na abertura do colégio do Patrocínio, primeiro colégio de irmãs para meninas e moças do Estado. Também abriu uma escola gratuita para as meninas escravas e cuidou da formação religiosa de escravas adultas. Morreu em 1925, aos 90 anos. Em 1989, foi declarada venerável e, em 2011, Beata.

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Façamos o maior bem que pudermos, da maneira mais oculta possível.

28. Padre Donizetti Tavares de Lima nasceu em Cássia (MG), em 1882. Ordenado sacerdote em Pouso Alegre (MG), foi por muitos anos pároco da paróquia Santo Antônio, de Tambaú (SP), onde realizou diversas ações, principalmente em benefício dos pobres, e onde permaneceu até morrer em 1961, com fama de santo. É Servo de Deus.

29. Isabel Cristina Mrad Campos nasceu em 1962, em Barbacena (MG). Jovem católica praticante e cheia de ideais, sonhava ser pediatra para ajudar crianças carentes e foi para Juiz de Fora (MG) em 1982 para frequentar um curso pré-vestibular. No mesmo ano, um homem que foi montar um guarda-roupa no apartamento onde vivia com seu irmão a agrediu, tentou violenta-la, porém, como não conseguiu devido à sua resistência, a matou com várias facadas. Pela defesa da virtude da pureza, Isabel Cristina recebeu o título de Serva de Deus. Se sua morte for considerada pela Igreja verdadeiro martírio, será beatificada.

30. Dom José Antônio do Couto nasceu em 1927, em Formiga (MG). Em 1979, sofreu um AVC, vindo a morrer em 1997. Ganhou fama de santidade por sua trajetória marcada pela humildade e simplicidade. Seu processo de beatificação foi aberto em 2012, quando foi declarado servo de Deus.

31. Padre Nazareno Lanciotti nasceu em Roma, na Itália, em 1940. Veio para o Brasil em 1972 e se estabeleceu na cidade de Jauru (MT). Lá, foi presidente nacional do Movimento Sacerdotal Mariano, se dedicou à paróquia local e elaborou um projeto de ampliação de um pequeno hospital, comovido com o número de crianças que morriam na cidade. Morreu em 2001 depois de receber um tiro na nuca, na Casa Paroquial, de um homem que cochichou em seu ouvido que ele "incomodava gente poderosa". Foi declarado Servo de Deus.

32. Padre Giuseppe Marchetti nasceu em 1869, em Lombrici de Camaiore, na Itália, e chegou ao Brasil aos 25 anos. Dedicou-se aos órfãos, enfermos, idosos e emigrantes italianos, ajudando a fundar o Orfanato Cristóvão Colombo, em São Paulo. Morreu em 1986 de febre tifóide, contraída dos doentes a quem ajudava. É Servo de Deus.

33. Maria Assunta Marchetti, irmã do padre Giuseppe Marchetti, nasceu em Lombrici de Camaiore, na Itália, em 1871. Em 1895, veio ajudar seu irmão em sua missão no Brasil para cuidar de órfãos de imigrantes italianos e de doentes. Prodigalizou-se na caridade e no amor para com os sofredores, sendo verdadeira mãe e anjo para eles.

Um grave ferimento na perna, durante o atendimento a um enfermo, levou-a à morte, em 1948. Foi beatificada em 2014, na Catedral de São Paulo.

34. São José de Anchieta, conhecido como Padre Anchieta, nasceu em 1534, nas Ilhas Canárias, pertencente à Espanha. Membro da Companhia de Jesus, Jesuítas, veio para o Brasil em 1553, junto com outros padres que se opunham à reforma religiosa na Europa. Dedicou-se a catequizar os índios brasileiros e, para isso, foi viver no meio deles. Era dotado de extraordinários carismas e dons. Em 1554, por ordem do padre Manuel da Nóbrega começou a construir o Colégio de São Paulo, que daria origem à cidade de São Paulo. Morreu em 1597, e seu cortejo foi acompanhado por mais de 3.000 índios. Em 1980, foi beatificado pelo papa João Paulo II. Foi declarado santo pelo papa Francisco em 03 de abril de 2014. O Papa Francisco, por considera-lo de santidade comprovada e irrefutável, dispensou-o do segundo milagre para a sua canonização.

35 Irmã Teresa Margarida do Coração Imaculado de Maria, cujo nome de batismo era Maria Luíza, nasceu em 1915, na cidade de Borda da Mata (MG). Ao longo da vida como monja carmelita descalça, passou a ser procurada para dar conselhos, orientação espiritual e ajuda, passando a ser chamada de “nossa mãe”. Morreu em 2005, e seu cortejo fúnebre virou uma procissão. Devido à fama de santidade e de graças alcançadas por sua intercessão, foi aberto um processo de beatificação em 2012.

36. Madre Maria de Lourdes de Santa Rosa nasceu em Polignano a Mare, na Itália, em 1910, e chegou ainda bebê ao Brasil. Cresceu na capital paulista e aos 21 anos ingressou no Mosteiro da Luz para ser uma religiosa concepcionista. Ali viveu 13 anos até ser designada abadessa do novo mosteiro a ser fundado em Guaratinguetá (SP), o Mosteiro da Imaculada Conceição, onde chegou com outras cinco monjas no fim do ano de 1944. Morreu em 1974 e deixou uma vasta obra de caridade. Seu processo de beatificação teve início em 2009. Em 2011, foi declarada serva de Deus.

37 Humberto van Lieshout, mais tarde conhecido como Padre Eustáquio, nasceu no dia 3 de novembro de 1890, em Aarle Rixtel, na Holanda. Em 1913, ingressou na Congregação dos Sagrados Corações e, no dia 10 de agosto de 1919, foi ordenado sacerdote. Foi Mestre de Noviços, vigário paroquial, cuidando de famílias belgas que, em l914, tiveram que deixar a Pátria por causa da invasão alemã.

Foi enviado como missionário,em 1924, na Espanha e, no ano seguinte, no Rio de Janeiro, Brasil. Em 1925, assumiu, com outros missionários, a pastoral do Santuário da Abadia de Água Suja e outras paróquias de Diocese de Uberaba, e atendimento a outras comunidades. Em 26 de março de 1926, foi nomeado Reitor do Santuário Nossa Senhora da Abadia e Conselheiro da Congregação dos Sagrados Corações no Brasil.

Em suas orientações e curas físicas, Padre Eustáquio falava da disposição de Deus de curar a pessoa integralmente. Indicava medicamentos. Servia-se de folhas e raízes e muitos procuravam sua ajuda. De Romaria, foi transferido para Poá - São Paulo. Por causa do aglomerado de pessoas que o procuravam e pelo transtorno, foi enviado à cidade de Araguari, onde se comunicava quase só com seu amigo Padre Gil. Em 12 de fevereiro passou a coordenar a paróruia de Ibiá. E, no dia 7 do mesmo ano, o encontramos na Capital mineira, na Paróquia de Cristo Rei.

O povo afluía pedindo bênçãos e curas. Em 9 de setembro de 1942, Juscelino Kubitscheck, então Prefeito da Capital, beneficiado por milagre de Padre Eustáquio, doou um terreno, onde foi construída a Igreja dos Sagrados Corações, cuja pedra fundamental foi benzida por Dom Cabral. Padre Eustáquio assim se expressou: "Não verei o fim da guerra. Comecei a igreja, mas não a terminarei".

Em 23 de agosto, após celebrar a missa - durante o retiro que pregava às alunas do Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Belo Horizonte - sentiu-se desfalecer. O diagnóstico do médicos acusou um tipo de tifo causado por uma picada de carapato. Padre Eustáquio tinha certeza de que não iria sobreviver. Chamava pelo Padre Gil. Enquanto aguardava, renovou os votos religiosos. E, ante a emoção dos presentes, repetiu a fórmula da profissão religiosa; e, renovou os votos de Pobreza, Castidade e Obediência, como irmão da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria. Depois disse aos irmãos: "Graças a Deus, estou pronto! Mas, como demora o Padre Gil!". Até que dia 30 de agosto, Padre Gil conseguiu chegar. Assim que o viu, Padre Eustáquio conseguiu erguer-se do leito com grande esforço, e disse: "Padre Gil, graças a Deus!" E desfaleceu para sempre.

Belo Horizonte amanheceu de luto, e a Imprensa noticiava seu falecimento. Após sua morte, constatou-se que um devoto foi curado de um câncer. O relato consta no processo de beatificação, iniciado em 1997. E outros milagres se sucederam.

Padre Eustáquio dizia que sua vocação era "amar e fazer amar a Deus". Após o reconhecimento de sua vida e de seus milagres, por parte da Santa Sé, Padre Eustáquio foi beatificado em Belo Horizonte, Brasil, pelo Cardeal José Saraiva Martins, a 15 de junho do ano 2006.

38. Irmã Benigna Victima de Jesus, cujo nome de batismo é Maria da Conceição Santos, nasceu em 1907, em Diamantina (MG). Em 1948, foi para o Asilo São Luiz, em Caeté (MG), onde teria sido posta em um chiqueiro e adquirido várias doenças. Em 1950, foi designada a prestar serviços em um asilo-hospital em Lambari, no sul de Minas, e trabalhou como parteira e enfermeira. Foi um anjo de amor dedicação aos doentes e sofredores. Morreu em 1981, em Belo Horizonte. Seu túmulo é um dos mais visitados da capital mineira. Foi nomeada serva de Deus

39. Monsenhor Albino da Cunha e Silva nasceu na província do Minho, em Portugal, em 1882. Aos 30 anos, desembarcou no Rio de Janeiro e passou por Jaboticabal (SP), Jaú (SP) e Barra Bonita (SP) até chegar a Catanduva (SP), em 1918. Na cidade, angariou recursos para as obras da Igreja Matriz e inaugurou a Santa Casa de Misericórdia, onde exerceu o ministério de capelão dos enfermos e consolador de muitos sofredores. Morreu em 1973. Seu cortejo foi acompanhado por 30 mil pessoas. Em 2010, foi reconhecido como servo de Deus.

40. Padre Alderigi Torriani, filho de imigrantes italianos, nasceu em Jacutinga (MG), em 1895. Em 1927, foi transferido para Santa Rita de Caldas (MG), onde foi apóstolo do confessionário. Nele, passava horas atendendo, com carinho e, às vezes, energicamente, às confissões dos fiéis. Permaneceu na cidade e na paróquia até morrer, aos 82 anos, com fama de santidade. Foi declarado servo de Deus em 2008.

41. Dom Eliseu Maria Coroli nasceu na província de Castelnuovo, na Itália, em 1900. Foi enviado para o Colégio dos Barnabitas, no Rio de Janeiro, em 1924, onde ficou por cinco anos até seguir para Bragança, no Estado do Pará. Iniciou um trabalho missionário nessa região, onde realizou diversas obras e permaneceu até sua morte, em 1982. Foi declarado servo de Deus

42. João Luiz Pozzobon, diácono permanente, nasceu em 1904 em Ribeirão (RS). Ficou conhecido no Sul e no Sudeste do país depois que recebeu de um padre a tarefa de levar, de casa em casa, a imagem da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schöenstatt. Foi grande apóstolo e missionário desta invocação e devoção marianas. Desde então, percorreu várias localidades, vilarejos e cidades, a pé, carregando a imagem de 11 kg. Acredita-se, que, ao todo, tenha percorrido cerca de 35.000 Km a pé. Morreu em 1985, atropelado por um caminhão numa estrada, quando voltava da Santa Missa. Foi declarado servo de Deus.

43. Servo de Deus Padre João Batista Reus, nascido Johann Baptist Reus, (Pottenstein, Baviera, 10 de julho de 1868 — São Leopoldo, 21 de julho de 1947) foi um padre católico teuto-brasileiro. Entrou na Companhia de Jesus e, ordenado sacerdote, foi mandado para o Brasil. Durante muitos anos foi professor de teologia no Colégio de Cristo Rei, em São Leopoldo. Padre Reus foi um grande místico, que recebia inúmeras visões, principalmente durante a missa.

Por causa dos frequentes êxtases durante a missa preferia celebrar em capela particular, somente com acólitos e sem assistência de outras pessoas. Posteriormente, a pedido de uma Comunidade Religiosa, aceitou celebrar a missa em capela pública, o que causava admiração de muitos pelos frequentes êxtases.

Durante sua vida escreveu diversos livros religiosos em português, espanhol, alemão e italiano. Seu Diário Espiritual e Autobiografia revelam uma alma singular e mística. O seu "Curso de Liturgia", em três edições, foi um manual excelente que, durante os anos antes da reforma da liturgia pelo Concílio Vaticano II, formou gerações de padres no amor à liturgia da Igreja.

Por causa dos milagres que lhe são conferidos, ao falecer, em 1947, Padre Reus já tinha fama de santo. O processo de beatificação começou em 1953, mas ficou parado durante décadas. Nos anos 90, os bispos gaúchos enviaram carta ao Papa João Paulo II, pedindo a beatificação do Padre Reus em processo que ainda tramita no Vaticano.

44. Padre João Schiavo nasceu na ItálIa, em 1903. Chegou ao Brasil em 1931. Dez anos depois fundou o seminário Josefino de Fazenda Souza, em Caxias do Sul (RS). Foi o primeiro mestre de noviços da missão josefina brasileira e, em seu amor e ardor missionário, fundou diversas obras em favor das crianças e jovens pobres. Morreu em 1967. Foi declarado servo de Deus em 2009.

45. Lafayette da Costa Coelho nasceu em 1886, na cidade de Serro (MG). Em 1917, foi enviado para a paróquia de Santa Maria Eterna, em Santa Maria do Suaçuí (MG), onde trabalhou durante 44 anos. Promoveu diversas missões populares na paróquia e tinha por hábito fazer jejuns, longas orações e sacrifícios. Era procurado para abençoar doentes e ganhou fama de santidade durante a vida. Morreu em 1961. Foi declarado servo de Deus.

47. Dom Antônio Ferreira Viçoso, ex-bispo de Mariana (MG) na época do Império, nasceu em 1787, em Portugal. Foi ordenado sacerdote em 1818 e chegou ao Brasil no ano seguinte. Fundou aqui o Colégio de Caraça e pregou missões nos povoados mineiros. Governou o bispado de Mariana (MG) por 29 anos, onde atendeu pobres, órfãos e escravos e reformou o clero. Foi considerado um homem à frente de seu tempo. Morreu em 1875, aos 88 anos. Em 2007, foi declarado servo de Deus.

48. Mariano de La Mata, sacerdote agostiniano espanhol ordenado em 1930, chegou ao Brasil em 1931 e foi superior da vice-Província Agostiniana do Brasil. A partir de 1961, viveu no Colégio-Paróquia Santo Agostinho, em São Paulo, como professor e diretor espiritual. Tinha um jardim no terraço do Colégio e era conhecido por conversar com as plantas, que considerava "uma exaltação da beleza da criação". Era também muito conhecido no Hospital do Câncer, em São Paulo, onde visitava os doentes. Morreu em 1983, muito querido e venerado pelos paroquianos, com fama de santidade, e foi beatificado em 2006.

49. Padre Júlio Maria de Lombaerde. Padre Júlio Maria nasceu em Waereghen (Bélgica), aos 8 de janeiro de 1878. Filhos dos senhores José de Lombaerde e Sidônia Steelant. Recebeu o nome de Júlio Emílio no dia de seu santo Batismo

Atraído pela vida missionária, quando assistia à Santa Missa de um santo missionário, ainda antes de concluir seus estudos, se fez “irmão branco” com o nome de Irmão Optato Maria, tendo ido trabalhar depois na África.

Em conseqüência de febres voltou à Europa e, sentindo-se chamado ao sacerdócio, entrou na Congregação da Sagrada Família, fundada pelo Padre Berthir, em Grave (Holanda) para recolher vocações tardias. Foi ordenado a 13 de janeiro de 1908. Em 1912, quando fazia um bem imenso pregando missões pela França, foi de repente enviado para o Brasil (Amazônia), onde trabalhou 15 anos como missionário entre os índios e caboclos.

No Norte (Macapá) fundou providencialmente a Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, tendo sido aprovada pelo Papa Bento XV. Tem-se desenvolvido muito essa Congregação.

Do Norte, o Padre Júlio Maria, demorando-se algum tempo em Natal, veio para Manhumirim (Minas Gerais), em 1928. A obra que aqui desenvolveu, com a proteção de Deus e apesar das perseguições constantes movidas pela Maçonaria local, é uma prova palpável da divindade da sua missão.

A pedido dos Sres. Vigários, e estimulado pelo santo Dom Carloto, primeiro Bispo de Caratinga, Padre Júlio Maria, com muito fruto espiritual, percorreu grande parte da Diocese, pregando Missões.

“Do nada”, mas sempre abençoado por Deus e Nossa Senhora, fundou aqui a primeira Congregação de padres missionários genuinamente brasileira: a Congregação dos Missionários de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, bem como a das Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora.

Padre Júlio Maria, polemista sem par, teólogo exímio, pregador admirável, escritor de renome, teve sempre sua pena e sua rara inteligência a serviço da Igreja e pelo seu [jornal] “O Lutador” se fez o “terror dos hereges”.

Em trágico acidente de automóvel, verificado a 24 de dezembro de 1944 [estando viajando às pressas, por urgência de celebrar a Santa Missa de Natal], sozinho, longe de seus filhos, Padre Júlio Maria morreu, lutando ainda como passara toda a sua vida. O Brasil inteiro chorou a perda desse grande sacerdote, brasileiro de Coração.

50. Dom Hélder Câmara. Nasceu em Fortaleza, Ceará, a 07 de fevereiro de 1909 e faleceu em Recife, a 27 de agosto de 1999. Foi arcebispo de Olinda e Recife e, depois, emérito. Foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar no Brasil. Pregava uma Igreja simples, voltada para os pobres, e a não-violência. Por sua atuação, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Foi o único brasileiro indicado quatro vezes ao Prêmio Nobel da Paz. O processo para sua beatificação teve início nesta ano. É servo de Deus.

51. Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus (Amábile Lúcia Visintainer). Filha de Napoleone Visintainer (Wiesenteiner) e Anna Pianezzer, nasce numa família de poucas posses que em 1875 emigrou para o Brasil como muitos outros tiroleses italianos oriundos do atual Trentino (Tirolo Italiano), estabelecendo-se na localidade catarinense de Nova Trento.

Desde muito cedo, atuante nos serviços religiosos da sua paróquia, emite os votos em 1895 e torna-se Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Amábile dá início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição,na atual Irmandade Santa Casa de Bragança Paulista, . Em 1903 deixa Nova Trento e, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, ocupa-se de crianças órfãs e de ex-escravos abandonados.

Sofreu muitas injustiças e incompreensões por parte de co-irmãs e até de seu bispo diocesano. Destituída do cargo de superiora da Congregação que ela mesma fundou, a partir de 1918 passa a ter uma vida muito reservada, dedicando-se à oração e à vida contemplativa. Em 1938 já demonstrava sérios problemas de saúde causados pela diabetes até que lhe foi amputado o braço direito. Modelo de resignação e de humildade, passou os últimos meses de sua vida cega, vindo a falecer em 9 de julho de 1942.

Em 18 de Outubro de 1991 foi beatificada pelo Papa João Paulo II por ocasião da sua visita a Florianópolis. Foi por fim canonizada em 19 de maio de 2002 pelo mesmo Papa, recebendo oficialmente o nome de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus. É considerada a primeira santa brasileira, mesmo não tendo nascido no Brasil.

52. Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, OFM, mais conhecido como Frei Galvão, ou São Frei Galvão (Guaratinguetá, 1739 — São Paulo, 23 de dezembro de 1822) foi um frade brasileiro. Não se sabe ao certo o dia do seu nascimento e local exato de batismo, supõe-se que tenha sido batizado na Matriz de Santo Antonio em Guaratinguetá, mas os registros de batismo da igreja deste período estão desaparecidos.

Foi um religioso franciscano exemplar, sacerdote santo, apóstolo incansável em toda a região do vale do Paraíba. Gozava de grande respeito popular e fama de santidade. Também era conhecido por ser "milagreiro" e pelas famosas "pílulas de Frei Galvão" (pequenos pedacinhos de papel, enrolados e abençoados, nos quais havia uma frase: "Depois do parto, ó Maria, Virgem permaneceste"), com as quais o povo alcançava muitas graças e curas.

Foi realmente uma das figuras religiosas mais conhecidas do Brasil. Frei Galvão foi canonizado pelo Papa Bento XVI em 11 de maio de 2007, tornando-se o primeiro santo nascido no Brasil.

Em julho de 2012, foi eleito um dos "100 maiores brasileiros de todos os tempos" em concurso realizado pelo SBT com a BBC de Londres.

53. Venerável Madre Antonieta Farani (26/07/1906 - †7/05/1963). Religiosa passionista, Maria Concetta Farani aprendeu, no sofrimento, como perdoar, e transmitiu a sua mãe e irmãs em primeiro lugar e depois as suas co-irmãs passionistas, o grande dom de saber perdoar sempre. Este foi o objetivo de sua vida.

Seus pais eram italianos e vieram para o Brasil, primeiro o pai, Giuseppe Farani, e mais tarde a mãe, Rafaela Milito, fixando-se em Curitiba , PR.

Em sua vida familiar, sofreu duramente com a desonestidade e traição de familiares muito próximos que praticamente levaram sua família à falência. Soube, com a graça de Deus, perdoá-los e pedir a Deus perdão por eles.

Tocada pela graça divina no dia de sua Crisma, sente-se atraída para a vida religiosa na Congregação das Irmãs Passionistas.

Sua vida foi profundamente marcada pela Eucaristia, e esta sempre lhe falava do perdão de Deus. Sua maior alegria era permanecer diante do sacrário, e saber que vivia sob o mesmo teto que Jesus sacramentado, respirando e vivendo nessa mesma atmosfera. Era exemplo e modelo de religiosa.

Como conselheira ou delegada para os capítulos gerais da Congregação, Irmã Antonieta por três vezes teve que viajar à Itália, onde reencontrou a mãe e as irmãs. Após ter sido nomeada Superiora Provincial das Irmãs passionistas no Brasil em 1º de janeiro de 1963, sente os primeiros sintomas de uma grave doença: um tumor no cérebro, que a deixou cega. Apesar do mal contraído, como superiora continuava a orientar suas religiosas. Seu sofrimento é silencioso, todo entregue a Cristo Crucificado; ela se sente presa, também na cruz, junto a Ele. Também com Jesus, entregou o perdão e imolou-se pelos pecadores.

Consciente que está no fim, se dispõe toda ao Divino Salvador e, recebendo o Viático, se entrega a Deus: é o dia 7 de maio de 1963. Suas virtudes heroicas foram aprovadas pela Santa Sé, recebendo o título de “Venerável”.

54. Madre Carminha de Tremembé (Madre Maria do Carmo da Santíssima Trindade). Madre Carminha pertenceu à Ordem das Carmelitas Descalças (monjas carmelitas) e foi fundadora do Carmelo da Santa Face e Pio XII de Tremembé. Nasceu em Itu/SP, a 25 de novembro de 1898. Inteligentíssima, falava fluentemente várias línguas. Era dotada de profundo amor místico pelos Mistérios da Santíssima Trindade, da Paixão do Senhor e da Eucaristia. Tinha grande devoção à Santíssima Face do Redentor.

Por sua caridade e amor ao próximo, já era venerada como "santa" pelo povo de Tremembé. Falecida em odor de santidade, seis anos após sua morte, seu corpo foi encontrado absolutamente intacto, inclusive com as flores do esquife ainda frescas. Após sua exumação, seu corpo consumiu-se naturalmente. Atualmente, seu túmulo permanece para a veneração pública no supracitado Carmelo que conta, também, com um "memorial" com fotos, objetos e cartas deixadas por Madre Carminha.

55. Madre Maria José de Jesus (Honorina Abreu). Filha de Capistrano de Abreu, famoso historiador e escritor cearense, que era ateu e anticlerical, Honorina, moça prendadíssima e inteligentíssima, sentiu-se atraída à vida religiosa. Contrariando muitíssimo a vontade do pai que planejava para ela um futuro "brilhante" e "vantajoso casamento", entrou para a Ordem das Carmelitas Descalças, no Carmelo de Santa Teresa (morro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro) assumindo o nome religioso de irmã Maria José de Jesus.

Por sua sabedoria, prudência, fortaleza e caridade, era estimada e respeitada por suas irmãs de Ordem, tendo sido eleita madre várias vezes. Foi uma religiosa exemplar e perfeita cumpridora da Regra de sua Ordem, rígida consigo própria e doce no trato com o próximo.

Como era fluente no espanhol e no francês, traduziu muitas obras de Santa Teresa de Jesus, São João da Cruz e Santa Teresinha do Menino Jesus para a língua portuguesa.

Falecida em odor de santidade, estimada por suas irmãs de hábito e por todo o clero diocesano do Rio, é Serva de Deus e seu processo aguarda o reconhecimento da heroicidade de suas virtudes.

J B Pereira e http://www.santosebeatoscatolicos.com/2015/05/os-santos-brasileiros-e-os-candidatos.html
Enviado por J B Pereira em 16/06/2018
Reeditado em 17/06/2018
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