Homenagem Tio Francisco Alves

Homenagem Tio Francisco Alves

O que aprendi com meu tio Francisco? Tio que não partiu, mas acabou de chegar no lar celestial.

Aprendi com tio Francisco a receber crianças em casa. Deixar crianças a vontade em sua casa com limites é uma missão com o coração de quem sabe ser hospitaleiro. Lembrança gostosa que tenho quando em férias íamos para cidade de Americana. Brincar, pescar, passear. Lembranças boas que tenho por ter um tio que recebia bem, meu pai, minha mãe e cinco irmãos: Davi, Eliane, Sérgio, Mirian e Silvia.

Aprendi que receber dons e talentos é para servir o próximo. Meu tio Francisco tinha a habilidade de cozinhar bem. Cozinhar todo mundo pode cozinhar mas, a Arte Culinária é só para alguns. Tio Francisco era um desses "alguns".

Aprendi que o talento que Deus dá, não se enterra. Tio Francisco cultivou e desenvolveu em sabores mil para servir aos amigos, familiares, irmãos em Cristo e ao pobre. O alimento pode custar no mercado a mesma coisa para todos, até entrar na cozinha. Feito aquele professor que quis mostrar aos seus alunos que 1 dólar não tem o mesmo valor. Mostrou um dólar no slide e perguntou : _Qual valor desse dólar? A resposta dos alunos foi: _Um dólar... vale um dólar. Depois mostrou uma nota de 1 dólar com a assinatura do pintor famoso Picasso. A Nota que passou na mão de Picasso e agora com sua assinatura vale muito mais.

Os alimentos que passava pelas mãos de Tio Francisco tinham maior valor. Recebia sua assinatura. Tanto recebia que até hoje meu paladar não esquece aquele peixe Pacu feito na brasa. Foi no quintal de trás de sua casa, com aquele pequeno jardim gramado. Peixe assado no ponto certo e um tempero feito com o coração. Até hoje não comi peixe assado como aquele que recebeu a assinatura do Tio Francisco. Aprendi a saborear peixe assado mais do que nunca.

Aprendi e me inspirei na fotografia com tio Francisco. Na família nos tempos antigos só ele dos parentes tinha "aquela" máquina fotográfica. Reunião de família era sinônimo de se juntar para o tio nos fotografar. Uma máquina de cor metálica, com a capinha de couro que se abria com um botão de pressão. Aprendi com tio Francisco que memórias fotográficas não tem preço. Ele lançou uma semente em mim de querer um dia ter uma máquina fotográfica para fotografar as cores da natureza.

Aprendi com tio Francisco a reverenciar a Deus. Praticar a fé. Ser sincero e direto sem muitos rodeios. Uma pessoa que sabia discernir cristãos. De todas as palavras que escutei de consolo na partida do meu pai, e olha que se reunia ali naquele momento mais de 500 pessoas em 19/12/2006. Curioso que não esqueço das palavras do tio Francisco sobre meu pai, disse ele ao meu coração: _Seu pai é uma das poucas pessoas cristãs que conheci, comprometidas em praticar o evangelho de Jesus, seu pai é um verdadeiro discípulo de Jesus

Até logo tio Francisco, nos vemos lá.

01/06/2céus