O Professor de Filosofia
Vê-se de cara que não é filho da capital
Homem simples, de fala mansa que sabe imitar vozes de animais...
Cultiva a paz e preza valores da família.
Pessoa reflexiva, sensata e comprometida com a profissão.
Cortês, sempre com um leve sorriso no rosto, mas no fundo dos olhos carrega uma tristeza
Tristeza que tem nome: SAUDADE
Nos seus pensamentos a vontade de estar em uma casa na roça...
Ele chaga a sentir o cheiro da carne de charque na brasa e a farofa quentinha no canto do prato.
Fecho os olhos e se vê debaixo da sombra de uma barriguda dedilhando no violão - uma canção.
Para um homem que veio da roça e sente vontade daquele lugar
Uma forma de aliviar a saudade
E correr na orla e contemplar o Mar.
E assim ele passa os dias
Firme na presença de Deus
Honrando seus compromissos e a sua missão
Pensativo, vai guardando no coração uma esperança
Que logo há de chegar o dia
De voltar ao seu aconchego
Lá nas bandas do interior da Bahia.
Verônica Almeida
Salvador, 28 de maio de 2018.