2018 - Aspectos da espiritualidade salesiana em Padre Francisco Gonçalves 21/05/18 - ESTUDOS I
HOMENAGEM AO PADRE FRANCISCO GONÇALVES E O AUTOR PADRE RALFY MENDES, SALESIANOS.
Amor, alegria e sacrifício: Vida de Pe. Francisco Gonçalves (1911-1947)
-UMA FLOR SALESIANA DO BRASIL ,
III Série - Leituras Católicas de D. Bosco -
Leituras Edificantes - Vol. 1 - BH - 1951
https://www.recantodasletras.com.br/homenagens/6237335
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São 71 anos, após a morte de Francisco Gonçalves, padre salesiano que revolucionou a educação em São João del-Rei, MG, com a iniciativa de abrir internato na Leite de Castro, hoje a CACEL Veículos. Depois, concluiu Colégio Dom Bosco e a Igreja de São João Bosco, no B. Dom Bosco, além de Oratórios Fábricas, São Dimas e São Caetano no Tijuco. Ele viveu 36 anos e tinha corpo franzino, ágil, percorreu a cidade e a diferença. Basta ainda indagar às ruas do Dom Bosco e no centro, que o visitante e o pesquisador descobrirão o nome vivo do do sacerdote na boca e no coração do povo. Pessoas da Paróquia Salesiana, como: Belina Longatti (viva-com 90 anos), Leia Delvecchio falecida), Cristina Camarano(viva), gente do Movimento Vicentino e Comunitário Dom Bosco: todos lembram o santinho, sua batina preta a andar nas ruas e visitar doentes. HOMENAGEM PE. FRANCISCO GONÇALVES- livro: PE. RALFY MENDES: A FLOR SALESIANA DO BRASIL, Leituras Católicas de D. Bosco-Leituras Edificantes. V. 01-BH - 1951.
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Alguns aspectos da espiritualidade salesiana na vida deste santinho sacerdote salesiano.
J B PEREIRA – 21/05/2018
“Ora et Labora!”
Queridos admiradores do Padre Francisco. Oremos por sua intercessão no Céu)
“Laudetur Christus!” Louvado seja Cristo! (Quando iniciava suas cartas, p. 223, livro abaixo.)
Viva Jesus, a Virgem Auxiliadora, Dom Bosco, a Igreja, O Papa, os santos salesianos.
“Ad JESU, per Mariam. Ominiam per Mariam. Ave Maria Stella, ora pro nobis!”
“Foi Ela quem tudo fez!” Dom Bosco.
“Da mihi animas
cetera tolle."
Dom Bosco (=Dai-me almas, ficai com o resto, com o mundo...)
“Qui seminant in lacrymis, in exsultatione metent. Psalmus” 125,5.
(= Quem semeia em lágrimas, exulta levando os feixes de trigo. Salmo 125,5
Assim – são a cada dia – antes do Paraíso (colheita final) a vida na terra dos eleitos e místicos de Deus. A vida com cruz e a eternidade como coroa da Glória!
“Quis est hic?” - Quem é este?
“Deo gratias” a Deus pelo ilustre e exemplar sacerdote!
“Quem dá aos pobres empresta a Deus.” Em suas campanhas a favor dos salesianos! (p. 182).
Para falar de Jesus! Pilatos curiosamente, perguntou aos sacerdotes judeus e soldados sobre quem era Jesus de Nazaré!
Para falar sobre Padre Francisco Gonçalves, o “Chichico”, apelido de criança no seu lar e em Prudente de Morais – Município de Matozinhos, MG, Padre Ralfy Mendes, indaga sobre a vida e obra do salesiano que se tornou o maior e inaugurador da obra salesiana em São João del-Rei em seu livro: PADRE FRANCISCO GONÇALVES E O AUTOR PADRE RALFY MENDES, SALESIANOS. Amor, alegria e sacrifício: Vida de Pe. Francisco Gonçalves (1911-1947) - -UMA FLOR SALESIANA DO BRASIL, III Série - Leituras Católicas de D. Bosco - Leituras Edificantes - Vol. 1 –Belo Horizonte, MG, em 1951.
São 259 páginas abordando temas interessantes e bem escrita a vida deste ilustre mineiro cuja santidade não se pode jamais esquecer.
"Assim foi encontrado Pe. Francisco Gonçalves, natural de Campo Belo em 21 de fev. de 1911 e faleceu em 23 de julho de 1947. (p. 5 e 9)
Passemos a elucidar alguns aspectos da espiritualidade salesiana na vida deste santinho sacerdote salesiano.
Era o desejo firme de ser salesiano e santo salesiano, que compilou em seu caderno pontos fundamentais para sua vivência diária em vários momentos de sua formação até se tornar o maior sacerdote e fazer uma obra colossal em São João del-Rei.
Os alicerces de sua vida estão lá em cada metro e nas almas e no sino que convida aos fiéis à santa missa e orações na Igreja da Paróquia Dom Bosco – de São João del-Rei, MG.
Vemos no Padre Francisco: virtudes heroicas na sua vida de sacerdote e na prática da Caridade, piedade, humildade, doçura, firmeza, temperança...
A castidade é o seu cândido lírio batismal colocada sob o manto azul da Virgem e a sólida devoção à Mãe Auxiliadora (segundo o Servo de Deus Padre Eustáquio Van Lieshout, p. 141).
Austeridade para consigo, respeito a todos, desejo de ser santo, exemplar e vida de oração contínua, amor à Virgem Mãe Auxiliadora, equilíbrio na sociabilidade, alegria, espírito de sacrifício e empreendedor por amor a Jesus e à obra salesiana, discreto e modesto no trajar, agir e falar, bondoso com todos.
Verdadeiro e elegante acolhedor e conselheiro eficaz nos sermões, conferências e nas “boas-noites” dos aspirantes (“A boca fala do que está pleno o coração...” Mateus 12, 34), capaz de se alegrar com o avanço espiritual dos candidatos e internos, fidelidade à Igreja como pregador e catequista, confessor paciente... (p. 134).
Ouvia com carinho os conselhos dos mestres e as regras e leituras de Dom Bosco - Mestre da Juventude e modelo do sacerdote salesiano. Tudo pela salvação das almas e dos jovens aspirantes sob seus cuidados de educador, a ponto de sacrificar-se e abnegar-se de si para melhor servir.
Sabia corrigir – sem perder a serenidade - porque soube se dominar em tudo, além do exemplo.
Tinha alegria e bom humor à exemplo de Dom Bosco, zelo no que se ocupava e orava e vigiava paternalmente! - “Descansar no Céu; prefiro perder tudo e a saúde, do que um dos meninos” – “Pe. Francisco não conheceu outro repouso senão o da sua tumba!” conforme Padre Caviglia.
“Sua vida foi um rosário de trabalhos e de sacrifícios.” p. 202-203, mesmo livro. Incentivava os cooperadores salesianos.
“Conhecer a Dom Bosco é amá-lo...” (Pe. Francisco, p. 152, livro acima).
“O Educador não é um empregado e sim um apóstolo de Jesus” (p. 156)
Vejamos as passagens retiradas do livro citado acima: “Não basta ser salesiano, mas é preciso ser santo salesiano.” (livro acima citado, p. 133.)
A). Na página 20 – Primeira Eucaristia em Cachoeira do Campo: voto de castidade. 03 de abril de 1927;
B). Na p. 36, após retiro espiritual: Jesus as coisas do mundo nada valem. O amor é a única felicidade. Amar e sofrer o seu amor é o paraíso na Terra. Sou fraco, confio em sua bondade e na Mãe Santíssima, quero estes propósitos:
1. - procurarei com todos os meios possíveis, vencer o meu amor próprio;
2. - empunhar-me-ei de ora em diante em fazer bem todas as práticas de piedade e viver unido a Deus;
3. - Tratarei com muita caridade meus companheiros vendo a Jesus em cada um deles. Julho de 1927.
C). Na p. 40, Quero ser hóstia de amor nas mãos puríssimas de Maria e de Jesus, esposo de minha alma. Os santos votos são possíveis – dou uma das mãos à Virgem para me guiar no caminho das virtudes.
D). Na p. 42, Quero ser alegre no serviço do Senhor. Lia a Imitação de Cristo, absorvia os ensinamentos de abandono a Jesus somente e não esperar a recompensa do mundo.
E). Na p. 44, ao lar a Vida de Padre André Beltrami, retirou os seguintes pontos:
1. - É necessário ver as cousas à luz divina;
2. - Quando escolhemos um estado ou iniciamos uma empresas, devemos nos esforçar por fazê-la com a maior perfeição possível;
3. - Devemos e podemos ser santos e isso conseguiremos facilmente se praticarmos bem os deveres do próprio estado;
4. - Nestas cousas espirituais, o fruto está bem em proporção da preparação.
F). Na p. 45, em Lorena, no retiro do 2º ano de Filosofia, ele fez as seguintes anotações da escuta de Pe. Pedro Tirone, de Turim:
1. - Farei todo esforço para fazer bem minhas práticas de piedade e não descansarei enquanto não consegui-lo;
2. - Terei grande cuidado em mortificar meus sentidos, principalmente a vista;
3. - Tratarei a todos com bondade e amabilidade e terei grande cuidado par anão julgar a outrem.
4. - Pensarei sempre na minha grande miséria, na minha fraqueza e no meu nada, julgando-me sempre o último de todos; lembrar-me-ei sempre da palavra de Santo Agostinho: “Se eu quiser posso tornar-me santo.”
G). Na pág. 51: “Não vivo eu, meu Viver é Jesus!” (São Paulo, Apóstolo, Filipenses 1, 21; “Mihi vivere Chritus est”, p. 209.) “Não quero me separar de Vós e concedei-me o espírito de sacrifício e de zelo salesiano”.
1 - Grande esforço para fazer bem as prática de de piedade e viver em união com Deus.
2 - Todo cuidado na prática da pureza, a mortificação dos sentidos e dos afetos. (05/10/1934)
H). Na pág. 59, clérigo no Instituto Teológico Pio XI, afirmava no primeiro ano de Teologia:
1. - Farei todos os esforços para me santificar;
2. - Esforçar-me-ei por fazer do melhor modo possível as práticas de piedade;
3. - Evitarei fazer castelos no ar e procurarei pensar bem de todos.
I). Na p. 126, no seu caderno de confidências, como religioso exemplar à luz da vida de Dom Bosco na pobreza do Oratório de Valocco (Itália).
E tem a base de retomar o que aprendeu pela sua simplicidade e pela origem humildade da sua família, pelo trabalho do campo e pelo exemplo dos pais lhe deram a capacidade de abraçar a vida de pobreza do menino Jesus no presépio, sem receios, e se alegrar por total aceitação de Deus e da vocação sacerdotal e salesiana.
Aos 16 anos, deixa sua casa e sua mãe para ser salesiano.
1. - Não dar, nem receber, nem emprestar cousa alguma sem licença;
2. - Não conservar nada de supérfluo;
3. - Mesmo das cousas necessárias usar com parcimônia, evitando desperdícios e excessivas comodidades;
4. – Não me revoltar, antes, me alegrar se alguma vez me faltar até o necessário, e quando a comida e vestuário não forem de meu gosto;
5. - Conversar o coração desapegado de todos os bens e comodidades terrenas.
J). Na p. 186, em agosto de 1929, com total confiança na providência divina, dedica-se mais a humildade e toma os seguintes cuidados iniciados no seu noviciado.
(Avisem-me de meus defeitos para corrigi-los e não celebrarei depressa a santa missa conforme um dos meninos me fez ouvir de sua boca; os garotos cantam melhor do que eu – gosto da boa música – mas ela não se importa comigo! [“Se te humilhares, Deus desce até a ti. Deus se afasta de ti, se te elevas mais que todos...” Santo Agostinho]):
1. - Procurarei todas as ocasiões para me humilhar e mortificar-me no amor próprio;
2. - Pensarei sempre na minha fraqueza e que nada posso sem o auxilio de Deus;
3. - Evitarei falar de mim mesmo;
4. - Esforçar-me-ei para não desculpar ainda que tenha razão;
5. - Agradarei a Deis quando me mandar alguma humilhação;
6. - Nunca procurarei sobressair ou aparecer diante dos outros;
7. - Farei uma mortificação, sempre que fizer um ato de amor próprio ou de vanglória.
k). “Senhor, se quereis uma vítima para perpetuar os frutos das santas missões nesta cidade, pela perseverança dos bons e pela conversão dos pecadores, aqui me tendes.” Oração de Pe. Francisco em Missões Redentoristas em 1946.
Morreu em 23 de julho de 1947, com 37 anos incompletos!
“Proficiscere, anima christiana!” Parte, ó alma cristã! (p. 247 –livro já citado acima).
Pe. Francisco foi à frente, estará a nos esperar e a interceder por todos os que o invocar com fé e com amor a Jesus, Virgem Auxiliadora e São José, Dom Bosco.
L). “O justo será recordado para sempre!” (Salmo 111, 6) – “In memoria aeterna erit justus.” (Psalmus 111,6). (p. 249, livro supracitado.)
"Te Deum laudamus!
Te Dominum confitemus!"
Um abraço afetuoso do seu amigo e católico,
José João Bosco Pereira
J B PEREIRA - catequista, professor e escritor em Recanto das Letras.
Poesia em Momentos poéticos em 2006.
Um santo tem pressa de santificar-se!
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