SAUDADE DE CANDEEIRO É SAGRADA E A MOÇADA NÃO SABE NÃO...

SAUDADE DO CANDIEIRO DO SERTÃO

J B PEREIRA

07/05/18

Brincar é um prazeres com que nascemos.

O modo de brincar moda logo que a criança cresce. Vem a obrigação e ele não deixa a devoção. Na festa de santo padroeiro, logo coloca o coração na vista de uma bonita garota do arraial.

E o tempo voa num mundo da gente...

Sorrir é alegria de viver. Sim, quando a gente acerta a roupa no corpo e o sonho do caboclo realiza de certo modo. Família com saúde, homem trabalhando, o gado aumentando, Deus no Céu abençoando com os nomes de Jesus, Maria e José.

Sentir é mergulhar no silencio das sensações e das surpresas do pensar e imaginar: uma forma de intuir lá onde tudo parecia enfadonho.

Há mais desejos, outros acham boliças, loucuras entre nós que nem imaginávamos.

E o carro de boi ao longe zoa seu canto insistente da vida e só para quando o candeeiro quer. Mas os bois ou juntas levam o carro além das invernadas e de lá vem ao entardecer com uma triste ou penetrante melodia.

E já e noite à medida que o cuidador da fazenda se alinha ao leito para dormir, antes, porém, de cair ao sono sonha com o seu dia e outro dia e mais outro dia e os anos que levou os carros de bois - desde pequeno...

Ele pensa: o tempo passou e nem vi. Enfrentei sol, sereno, chuva, poeira, ventos forte, e os bois me levaram, digo, eu e Deus os levamos num plano de viajores e plainamos campinas, vales, declives, florestas, passamos pontes e prados. Viajamos e as estradas eram ora as mesmas e ora outras. E envelhecemos quando na verdade adquirimos experiências com os bois e a carga, o som dos eixos em nós e por nós - para sustentar nossas famílias - varamos mundos e fundos.

As ruas vieram, as estradas mudaram, as pessoas e bois morreram: poucos para contar a história.

Tudo virou memória - canto dos sertões e imaginamos vias e vilas.

E o tempo correu como águas entre dedos e aquilo - a imagem - qual ícone ou frame da existência fugaz se tornou perene e unicamente nossa: somos parte dessa história de bois, carros, pós de estradas, cargas, cantigas, padre-nossos...

E a fotografia ficou à parede da sala - depois deslocou para o quarto. Doaram para amigos, e a vi na oficina, depois no museu. E ninguém sabia mais quem era eu o que lá estava como candeeiro. Saudade. Soledade, Senhora Nossa! Criei família e muitos anos - aquilo sim era minha condução, minha casa ambulante, andarilho do Sertão, amigo das tardes, cheirando o cheiro dos bois, o pó dos currais, o aroma das cargas (querosene, álcool, pinga, queijo, carne de porco, linguiça, manteiga, vinagre, vinho, pano de roupas, torresmo, galinhas e assados, salgados, verduras, frutas, livros poucos, água benta, santaiada ou santaria - imagens e crucifixos, ovos de galinha, codorna, avestruz, arame velho e novo, galão de tíner, galão de bebidas, bolos e quitandas de todo jeito e modo) as mercadorias organizadas e aos poucos entulhadas de tanto mexer em cada parada, até esvaziar em seu destino último e final.

Eu, caboclo do carro de boi, discreto e pouco estudado, pião de qualquer arrumação, ganhando frete e gorjeta - indo e voltando - para ocupar a vida a modo de não pensar besteira e culpar Nosso Senhor pela vida e outras maldades, injustiças, aborrecimentos, fui levando meu carro de boi. Agora eu aposentado pelo FUNRURAL. Até onde pude chegar, antes das novidades - dores de lado, coração, cansaço, irritação, tomei jeito no pé, nem ando direito. Aposentei meu velho e bom companheiro, das campinas e arraiais: o carro de boi. Sua canção melancólica e cumprida não sai daqui de dentro não! Parece pulsão de coração. Berro de maruais! Cantiga de sertanejo na madrugada ao pé do ouvido - quando ouço o berrante teimoso e a modinha na viola e o choro da sanfona a gemer - é o meu coração e a minha alma de homem de campo a sofrer, correr ainda por lá - das fazendas e trilhas - os carros ainda fantasmas a dizer que o tempo não termina já que inda vivo está. E o peso da vida se adoça e suaviza na calma de quem chora de saudade da vida, que talvez a moçada nova não terá - eles se engabelam por motos, bicicletas, Picapes, tratores, carro Lamborina...

Um futurismo, tudo rápido, celular, não é nada mais olho no olho, nem há aquela conversa de matuto... sem medo de falar errado, mas de que o outro vai entender e emocionar com a gente.

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CARRO DE BOI

Pelas invernadas

Uma cantiga marota

Para uns dá saudade

De tanta lembrança

Do sertão;

De outros,

Vem alegria

Que mexe com o coração:

A peleja da roça

E os irmãos com as novidades

Lá da cidade.

Mas, esse tempo

Parece ter ido.

Agora viajo

Pelo mundo

Do interior

E não vejo mais

Os bois e seu carro.

Apenas, fecho os olhos

E a mente vê

O movimento

De juntas de boi

E o velho carro de boi.

ROÇA

Horta cheia de lindas

E velhas árvores

Do lado da cerca,

O curral,

Ao fundo,

O quintal e o jardim.

Mangas e laranjas

Amarelam

Com a força do sol.

As águas do riacho

Cantam frescas

E limpas.

E vem em canais

Até a horta

Para couves, cebolas,

Bananeiras e pomar.

IN: FAROL E LUZ DAS 12 POESIAS: CARRO DE BOI,

MY LIFE, ALTIVOZES, METANOIA, MINAS, MUITO E UM SÓ, ROÇA

https://www.recantodasletras.com.br/poesias/6070229

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O Carro de Boi para a família de João Carreiro

CARRO DE BOI

J B PEREIRA

Da imagem à poesia

Um passo mágico

No meu peito sinto

Uma saudade.

É a infância

Chegando ligueira

E a emoção de recordar

O tempo de brincar

Vendo ao longe o canto

Melancólico e insistente do carro de boi.

BENDEIRAS À FESTA DE SÃO JOÃO

J B PEREIRA

Era noite de São João

O céu estrelado

Era cheio de emoção e quentão.

Era pequenino

E todos no terreiro entoavam

Repentes ou cururu

Alimentavam sempre

A esperança e fé

De um mundo melhor.

Então, pedi ao meu João,

Primo de Jesus meu irmão,

A vontade de ser feliz

De novo e de repente.

E o milagre aconteceu

Novamente.

São João disse que sim;

Ser cristão e verdadeiro

Ser ético o ano inteiro

Para conseguir

Ser autêntico

Nem fingir que vai para frente

Se o mundo nos empurra de lado

Tanto consumo e jogatina,

Corrupção e maldade

O mundo está atolado.

Tenho fé que Deus se fez homem

E tanto sofreu e não em vão

Pois nos quer com ele do outro lado

E para isso abra o coração – uma fresta, um vão.

E todos atentos,

Seu João Carreiro convocou

Toda moçada e os antigos

Vem com nova toada

Um cururu de qualidade

Todos vão cantar de verdade.

Seguem os puxadores experientes,

Vem depois os que são colauros certamente,

E o santo e o padre na frente

A dizer coisa bonita para o devoto

Do santo que perdeu a cabeça

Por causa da ganância

De uma mulher dançarina

Na festa de Herodes

Como testemunho ao Jesus

Andarilho do Reino

Promovedor do Amor e da Salvação.

E todos à noite cantam certamente,

Uma nova estrofe com tanto cordeon,

Tanta viola, talvez banjo, o caruru

Não morreu, não senhor,

Apenas segredou seu silêncio

Para um povo de fé

Sabendo que outro lugar

Nova gente novo cantar

Vai começar.

São João continua a festa;

Seu João passou à hora certa,

Viajou em sonho ao Reino Celestial,

E nos aqui na história continuamos

Confiantes de que a chegada

Será triunfal e original.

O passado não volta,

Mas continua vivo dentro da gente,

Dos que contam e revivem a memória.

Cantam Teresinha Pires Alves,

Lembra Angelita Carreiro,

Filha de João Carreiro,

O Cururu está na mente de Thaís,

E as pinturas são de Cida Palú,

Tudo faz daquele espaço sagrado

O terreiro das crianças brincando

Um momento desejado.

Oiço o boi de longe;

O berrante ainda

E o carro de boi

Que se foi,

Com a memória em trilho trilhado

Na mente da gente

Ficando,

Pra o gado zebu e o maracatu,

Todos cantarem juntos e felizes,

Vozes e arredores,

Os de cá e dos de lá,

Versos improvisados

Emoção interessada

Na garganta e no coração

De fé e de devoção

Ao devotos do Divino,

De Jesus e de São João

O Batista de Deus.

João sorria

No Céu,

Na Terra,

Nossa morada,

O corpo e a alma,

Sacrário sagrado,

De projetos no Reino do Pai.

PALAVRAS DE GRATIDÃO E PESQUISA DE J B PEREIRA

Agradeço de coração a atenção e entrevista concedida e as informações para construção da poesia.

Esta poesia se refere à entrevista em casa de Teresinha Pires Alves, Angelita Carreiro, filha do falecido João Carreiro, que promovem Festa de São João e Caruru em São Pedro, SP.

A neta Thais explicou o Caruru.

Na garagem da casa, veem-se pinturas de carro de boi e casa com bandeirinhas coloridas.

As pinturas, já envelhecidas ainda nítidas, são de Cida Palú.

A entrevista foi feita no dia 14/04/2012, à tarde.

As casas e o quintal de verdes árvores e chão batido estão em frente à Agropecuária da Rua Coronel Aristides de Andrade, nº 562, São Pedro, SP.

Notas à parte e pesquisas de J B Pereira:

1. CANDIDO PORTINARI pintou de Brodosqui, SP. Também eternizou, na sua pintura, os motivos do nosso folclore, os temas da imigração como as festas populares e as bandeiras.

2. O carro de boi, ainda que pouco visto entre nós, existe pelo sertão e é meio de transporte de cargas e de pessoas na região rural e é comum nos festejos e nos concursos pelo Brasil afora.

3. Para o Novo Dicionário Aurélio (1999, 419), Caruru é nome de planta nutritiva, podendo ter outros ingredientes como peixes, camarões e o azeite de dendê. É também canto e dança variado com motivos religiosos do Brasil inteiro.

4. Para o Dicionário de Jaime de Seguiér (1955, p.229), carro de boi é para transportar cargas, tendo resguardo de grades e taipais. Há um desenho do carro de boi nessa página do dicionário citado.

https://www.recantodasletras.com.br/homenagens/3636921

J B Pereira

Enviado por J B Pereira em 27/04/2012

Reeditado em 13/07/2012

Código do texto: T3636921

Classificação de conteúdo: seguro

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MINAS

São muitas, meu caboclo.

Veja o maroto, de Zé Tiziu,

Levando ao ombro

Os ovos e a galinha

Para a filha

Na cidade.

Casou, mudou e

Nem lembrança deixou.

Etá, marvada cabocla!

Ontem mesmo,

Era uma menina;

Hoje é um mulherão.

Hoje, na capela,

O padre diz missa.

Leva a família

E recebe a bênção

Do Santo padroeiro.

E os Tropeiros

Leva as boiada

Pelo sertão afora;

Cozinha em fogo

Improviso

De feijão, linguiça,

Queijo, rapadura,

Manteiga para

A quitanda lá

Na tardinha.

Não falta a rede

entre as árvores

Para o violeiro

Cantar a modinha

da rapaziada

brejeira.

Entre as forquilhas,

Dependura os vasilhames

E faz cedo na neblina do rio

O primeiro café

E o leite não falta, seu José.

No arraial, o povo coloca

No arroz o tal de salame

E o Antônio com a mulher

Faz marmita

Para os roceiros

Do Santarém.

Veja no meu embornal

O retrato da família

Os meninos estão

Crescendo

Que nem garote

Em pasto grande

E bonito de verde.

B Pereira

Enviado por J B Pereira em 31/07/2017

Código do texto: T6070229

https://www.recantodasletras.com.br/poesias/6070229

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ALFENAS

Ao Senhor Edmundo Pereira e Dona Hercília Branquinho, de Alfenas, MG.

Cidade singela

Vê no sul de Minas,

Que na passarela,

Bela via sintas!

Não sou de Tiradentes,

Nem barroca são João,

Mas busco liberdade,

E gosto de música.

Como é bom revê-la!

Meu lar era de três irmãos.

A história começou

E o dentista se formou,

E o menino no colo da mãe

O céu abençoou.

Recordações tenho:

Imagem dos padrinhos:

carinho de gente:

boas de coração.

Anseio estrada

Sinto Alfenas

Como ninho e ancora.

https://www.recantodasletras.com.br/homenagens/6032919

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Hino de Alfenas

https://www.letras.mus.br/hinos-de-cidades/943181/

És minha Alfenas querida

uma jóia do Brasil

surges tão bela e amena

sob um doce céu de anil!

Tuas ruas e tuas praças

tem encantos que seduzem,

teus horizontes distantes

a meditar nos conduzem...

Tuas Escolas são Templos

abençoados por Deus;

nelas estudam, aprendem

os jovens e filhos teus.

Tuas indústrias tem fama,

tuas igrejas tão belas

a rezar o povo chama

e a piedade mora nelas.

Teu vermelho sol poente,

quando ao longe vai tombando

encanta, deslumbra a gente.

Tuas noites tão serenas

sao doçuras, sao poemas,

Tens feitiço - miha Alfenas!

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Tristeza do Jeca

Tonico e Tinoco

https://www.letras.mus.br/tonico-e-tinoco/311505/

Nestes verso tão singelo

Minha bela, meu amor

Pra você quero contar

O meu sofre e a minha dor

Eu sô que nem sabiá

Quando canta é só tristeza

Desde o gaio onde ele está

Nesta viola eu canto e gemo de verdade

Cada toada representa uma saudade

Eu nasci naquela serra

Num ranchinho beira chão

Tudo cheio de buraco

Donde a lua fai clarão

Quando chega a madrugada

Lá no mato a passarada

Principia um baruião

Nesta viola eu canto e gemo de verdade

Cada toada representa uma saudade

Vou parar com a minha viola já não posso mai cantar

Pois o jeca quando canta tem vontade de chorar

O choro que vai caindo

Devagá vai se sumindo, como as água vão pro mar

Nesta viola eu canto e gemo de verdade

Cada toada representa uma saudade

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Mamãe, Mamãe, Mamãe

Tonico e Tinoco

https://www.letras.mus.br/tonico-e-tinoco/994220/

O heme que eu trago guardado

Na palma da minha mão.

É o nome de mãe gravado.

No fundo do coração.

(Refrão)

Mamãe, mamãe, mamãe. Como eu gosto de você.

Minha mãe como faz falta tua vida em meu viver.

Eu quero beijar tua mão

A bênção oh mãe querida.

Pedindo a Deus proteção

E muitos anos de vida.

Mamãe, mamãe, mamãe...

Em meus passo teu cuidado

Em meu viver seu amor.

Em minha alegria canta

E chora com a minha dor.

Mamãe, mamãe, mamãe...

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Chico Mineiro

Tonico e Tinoco

Álbum: Chico Mineiro

https://www.youtube.com/watch?v=Sp3NnkpBqJc

Cada vez que me "alembro"

do amigo Chico Mineiro,

das viage que nois fazia

era ele meu companheiro.

Sinto uma tristeza,

uma vontade de chorar,

alembrando daqueles tempos

que não hai mais de voltar.

Apesar de ser patrão,

eu tinha no coração

o amigo Chico Mineiro,

caboclo bom decidido,

na viola era delorido e era o peão dos boiadeiro.

Hoje porém com tristeza

recordando das proeza

da nossa viage motin,

viajemo mais de dez anos,

vendendo boiada e comprando,

por esse rincão sem-fim

caboco de nada temia.

Mas porém, chegou o dia

que Chico apartou-se de mim.

Fizemo a urtima viage

Foi lá pro sertão de Goiai.

Fui eu e o Chico Mineiro

também foi um capatai.

Viajemo muitos dia

pra chega em Ouro Fino

aonde noi passemo a noite

numa festa do Divino.

A festa tava tão boa

mas ante não tivesse ido

o Chico foi baleado

por um home desconhecido.

Larguei de compra boiada.

Mataram meu cumpanheiro.

Acabou o som da viola,

acabou seu Chico Mineiro.

Despoi daquela tragédia

fiquei mais aborecido.

Não sabia da nossa amizade.

Porque nós dois era unido.

Quando vi seu documento

me cortou meu coração

vim sabê que o Chico Mineiro

era meu ligítimo irmão.

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Composição: Angelino de Oliveira · Esse não é o compositor? Nos avise.

Enviada por PRISCILA, Legendado por Cleber e Hudson

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Ver todas as músicas de Tonico e Tinoco

Tristeza do Jeca

Moreninha Linda

Chico Mineiro

Beijinho Doce

Cabocla Tereza

Saco de Estopa

Cana Verde

A Moda Da Mula Preta

Fim do Baile

Chitãozinho e Xororó

Minas Gerais

Adeus Paulistinha

Saudades De Matão

Velhas Cartas

Mamãe, Mamãe, Mamãe

As Andorinhas

Mourão da Porteira

O Sanfoneiro Só Tocava Isso

Canoeiro

Véio Pai

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Luar do Sertão

Compositor: Catulo da Paixão Cearense / João Pernambuco

https://www.vagalume.com.br/luiz-gonzaga/luar-do-sertao.html

"Não há, ó gente, ó não

Luar como esse do sertão

Não há, ó gente, ó não

Luar como esse do sertão"

Oh! que saudade do luar da minha terra

Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão

Este luar cá da cidade tão escuro

Não tem aquela saudade do luar lá do sertão

Não há, ó gente, ó não

Luar como esse do sertão

Não há, ó gente, ó não

Luar como esse do sertão

Se a lua nasce por detrás da verde mata

Mais parece um sol de prata prateando a solidão

E a gente pega na viola que ponteia

E a canção é a Lua Cheia a nos nascer do coração

Não há, ó gente, ó não

Luar como esse do sertão

Não há, ó gente, ó não

Luar como esse do sertão

Mas como é lindo ver depois pro entre o mato

Deslizar calmo regato transparente como um véu

No leito azul das suas águas murmurando

E por sua vez roubando as estrelas lá do céu

Não há, ó gente, ó não

Luar como esse do sertão

Não há, ó gente, ó não

Luar como esse do sertão

J B Pereira e https://www.vagalume.com.br/luiz-gonzaga/luar-do-sertao.html
Enviado por J B Pereira em 07/05/2018
Código do texto: T6329974
Classificação de conteúdo: seguro