MULHER, TU ÉS MARÉ
 
A mulher bem que se assemelha ao mar:
por seu corpo sinuoso, mutáveis ondas;
pela indomável destreza em nos arrastar,  
por suas trompas cada vez profundas.  

Por seus ovários, quase sempre férteis;
pelos seios doce-salgados, fertilizantes;
ora aparentando crescente maré cheia,
ora vazia, esguia, grávida, ora vazante.

Incansáveis, nadamos sobre sua beleza
e mergulhamos em suas profundezas,
onde coabitam golfinhos e tubarões.
 
Inda nela comoram prazer e desilusões.
Tem luas, regras e tensões renováveis,
como as mais precisas tábuas das marés.

 
 Fernando A Freire

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Fernando A Freire ©
Enviado por Judd Marriott Mendes em 22/04/2018
Reeditado em 22/04/2018
Código do texto: T6316264
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