Mário de Sá-Carneiro
Nas ruas enfeitadas de sonhos
uma alma chora lágrimas de sangue
Diante do desconhecido ele vai tentar viver para sempre.
Não sou uma luz que brilha na escuridão da tempestade,
deitado em uma cama imaginária
o pobre boêmio vai construindo oceanos em sua mente
e no copo vazio ele descobre de onde vem tanta dor
Acordei de um pesadelo
e abri os olhos para o fogo que queima minha noite de prazer
Triste realidade
poeta que grita em silêncio.
O fim não existe
apenas um novo espelho
Um brinquedo caiu no chão
não existe mais vida
apenas um último vinho .
O poeta morreu.