Sum Palo

I

Eu já morei em Sum Palo;

Quase morri de sodade

Do chão da minha cidade

Até do cantá do galo.

Hoje se foram meus medos.

Vão-se os anéis sem os dedos

E agora eu só me regalo!

II

No meu torrão vejo a lua

Bem vestida em branco véu.

As estrelas, lá do céu,

Vêm iluminar a rua.

Em Sum Palo a cerração,

Os prédios, a poluição

Só causam dor nua e crua.

III

Aqui, bem de manhãzinha,

O uruvai desce da fôia.

E no espaço vejo a bóia

Das nuve e a chuva mansinha.

Sum Palo foi importante;

Agora, amá-lo distante,

É toda alegria minha!

Jarrê
Enviado por Jarrê em 20/03/2018
Reeditado em 25/02/2020
Código do texto: T6285557
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