Sum Palo
I
Eu já morei em Sum Palo;
Quase morri de sodade
Do chão da minha cidade
Até do cantá do galo.
Hoje se foram meus medos.
Vão-se os anéis sem os dedos
E agora eu só me regalo!
II
No meu torrão vejo a lua
Bem vestida em branco véu.
As estrelas, lá do céu,
Vêm iluminar a rua.
Em Sum Palo a cerração,
Os prédios, a poluição
Só causam dor nua e crua.
III
Aqui, bem de manhãzinha,
O uruvai desce da fôia.
E no espaço vejo a bóia
Das nuve e a chuva mansinha.
Sum Palo foi importante;
Agora, amá-lo distante,
É toda alegria minha!