O JUIZ ALEMÃO DA TERRA DO MORO... RELATOR DO STJ
LINHA DURA DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA....
Quem é o juiz ‘alemão’ da terra de Moro que vai cruzar caminho de Lula no STJ
Ministro Felix Fischer, que fez carreira no Paraná, é o relator da Operação Lava Jato no Superior Tribunal de Justiça. Recursos do ex-presidente na Corte devem cair nas mãos dele
Condenado no processo do tríplex do Guarujá pelo juiz federal Sergio Moro e pelos desembargadores da 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), que aumentaram a pena do petista para 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex no Guarujá, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve ter vida fácil nas instâncias superiores em Brasília. A defesa agora busca evitar uma prisão depois da tramitação do processo em segunda instância.
Nesta semana, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai julgar o mérito de um habeas corpus que busca evitar a prisão. A liminar foi negada no final de janeiro por um ministro de plantão e agora os desembargadores da 5.ª Turma analisam o mérito da questão. Mas Lula terá pela frente a caneta pesada de mais um juiz linha dura: o ministro Felix Fischer, relator da Lava Jato na Turma.
Fischer assumiu a relatoria das ações da Operação Lava Jato em dezembro de 2015 no lugar de Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, que havia sido indicado ao STJ pela ex-presidente Dilma Rousseff.
A mudança ocorreu com base no regimento interno do tribunal, que define que, quando o relator de um caso é vencido pela turma em uma votação, o primeiro a divergir do voto torna-se o novo relator.
Em novembro de 2015, Dantas havia votado pela prisão domiciliar de executivos da Andrade Gutierrez, mas acabou derrotado pela 5.ª Turma do STJ. Como Fischer foi o primeiro a discordar, assumiu os casos da Lava Jato.
Desde que virou relator dos processos da Lava Jato, Fischer tem imposto sucessivas derrotas às defesas de réus e investigados na operação.
A turma, sob relatoria de Fischer, já negou pedidos de habeas corpus para o ex-diretor da Petrobras, Jorge Zelada, o ex-deputado federal Eduardo Cunha e o ex-ministro Antonio Palocci, entre outros investigados em primeira instância.