INFORTÚNIO QUE FOI PERDER-TE
Essa dor que maltrata, que mata e me invade.
Dói demais
Muito além do que pensei...
Que imaginei.
A saudade calada, velada
Por tanto tempo sufocada.
O meu coração está dilacerado.
Quero gritar
Mas é em vão.
No silêncio da noite,
Na penumbra da sala
Sinto meu peito rasgando
Em cada batida, em cada pulsar.
A alegria da vida se esvai
Escorrendo entre meus dedos...
Em cada tolo e vão pensamento
Tento convencer que essa agonia irá passar.
Mas que ingenuidade a minha
Essa dor, essa saudade dói cada dia mais e mais.
O mar que antes banhava meu rosto.
Agora viram tsunamis que entalam na minha garganta...
Oh céus!!! Arranque essa dor que tem corroído cada gota de felicidade
Cada sorriso,
Cada sentimento de fé e esperança.
Ao olhar meu reflexo no espelho
Tudo que vejo é a mais tenebrosa neblina
Uma tempestade arrasadora que deixa como marca os destroços.
Estou aos pedaços...
O olhar, a pele já não possuem o mesmo brilho, a mesma vitalidade.
Com a sua perda
Perdi também minha identidade.
ME DIGA, ME ACONSELHE!!!
Esteja onde estiver, por favor me guie.
Como faço agora para reconstruir-me?
Para encontrar-me?
Para salvar-me desse nevoeiro cinza que tomou posse de mim?
Te suplico, que onde sua alma estiver, seja a luz para me guiar...
Dê sinais que ainda cuida e zela por mim?
Está doendo demais sua ausência...
Tento calar essa dor imensa,
Esquecer que ela existe.
Quero me anestesiar de sentir...
Porque sentir significa sentir esse buraco, esse vazio imenso que instaurou no meu ser.
E tudo o que eu mais queria nesse momento era poder te dar mais um abraço,
Escutar sua voz para gravá-la bem em minha memória
Porque ela tem se perdido em minhas lembranças.
Essa dor que me mata
Dilacerando a alma
Maltratando o espirito
Tem acabado com a minha alegria em estar viva!
Será que nunca terá fim?
Quero desesperadamente que essa dor de não tê-la por perto morra, desapareça por completo,
Antes que ela me sufoque ou me mate...