HOMENAGEM A INDRAN (poeta srilankês )
Ainda bem que a poesia nos dar certos regalos!
Podemos expressar, então, as angustias que vêm
Sem convites e adentram nos corações, desavisados ou não.
A permissão que temos para gritar aquela frustração,
Aquela cuja dor vem com a força de um tsunami ainda existe.
Podemos gritar, também, a solidão, mas pode ocorrer
Que o grito não saia da garganta, e que os ouvidos
Estejam surdos. E é possível que não estejamos sós.
Nas madrugadas quando escrevo a inspiração
Vem dos muitos que já li, entre os tantos eis:
“Juntos sempre”,um poema de Indran Amirthanayagam:
“Eu sei por que você escreve
A noite quando mesmo
O morcego termina a caçada
E espera suspenso
Numa árvore. As três ou quatro
Da manhã o silêncio “...
A musica, a poesia nos levam longe!
Como Indran, eu não acredito nas fronteiras...
Também, sinto que a realidade não é uma ficção cientifica.
As pessoas estão cada vês mais solitárias dentre a multidões...
“Você entende os níveis da solidão? A solidão
Ao despertar antes do café da manhã é diferente
Daquela da tarde quando você regressa a casa só,
Igualmente quando o regresso está marcado pela raiva...
Você sabe o ciúme domina alguns espíritos humanos.
Aprenda e não seja vítima insensata. Você tem outras
Línguas e culturas para enviar os gritos do seu coração “...
E como Indran, também, escrevo não como o antropólogo
Que transcreve a sua observação. Aqui dentro
Tem uma alma que saltita de júbilo, mas que chora as
Dores desse mundo e seca as lágrimas na esperança.