DE VINHOS E DE SAUDADES
"Eu quis fazer um poema para te oferecer, mas não encontrei rima nem métrica. Por isso, quero te falar assim, sem poesia mesmo, do meu orgulho em ter nascido de ti, dessa tua têmpera de mais de sessenta invernos e verões..."
O trecho acima é de um texto poético que escrevi em homenagem a meu pai, quando ele tinha exatamente a idade que eu tenho agora. Hoje, oito de novembro de 2017, ele estaria completando seu centenário, não nos houvesse deixado há mais de trinta anos.
Papai, tua lembrança continua bem viva em mim. Noite dessas, sonhei que conversávamos, enquanto bebericavas um vinho que eu te trouxera de Caxias do Sul (lembra aqueles garrafões de vinho artesanal com que te presenteava quando trabalhei em Caxias?)... Aí acordei e percebi que fora só um sonho. Mas tua voz ainda ressoava no ambiente.
Saudades de ti, meu velho...