VIAGEM
Bom recordar momentos importantes da vida na mortalidade com o melhor amigo. Este jovem transformou a minha vida e deixa marcas impossíveis de serem apagadas. Ele me ajudou a aprender a viver. Muita coisa eu não teria feito se não fosse a participação dele. A primeira viagem de avião (medos e temores à parte). Conhecer todo o sul do País. De Curitiba a Porto Alegre pela BR 101 no litoral e a volta pela serra gaúcha com toda sua beleza, sua estrada com curvas de quase trezentos graus e aqui um suave toque de sociologia ( um preconceito de arrancar a melanina). Bons momentos vivemos em nossa fase de amores coloridos. Quatro ainda belas moças faziam nossos corações baterem descompassadamente. R. A. M. O. A gente fazia um pic nic dentro de um velho fusca, com refri ou suco, tortas de frango, salgadinhos e musica romântica de antigamente. Até que o velho carro quebrou de vez. Então a gente ia a pé à madrugada pela beira do rio em meio ao capim do tipo colonião naquela trilha fria e o medo dos fantasmas noturnos. Isto sem esquecer do correr atrás de coelhos fujões da casa de um amigo baiano que estava aos nossos cuidados. E tinha que encher a caixa d'água, balde a balde, capinar o lote e andar longe para lavar a nossa roupa. Agora se o assunto é comida, se você quer comer bem e comer gostoso acompanhe um gordo. Ele conhece e bem os melhores restaurantes, padarias e pastéis. Tem um tic tac no cérebro que o conduz ao que ha de mais apurado nos prazeres do sabor. Para quem não dispensava um frango com quiabo e angu, macarronada, maionese e até uma banana frita, tive que aprender a comer diferente. Nada haver com reeducação alimentar é aprender a comer mesmo. É saber que você vai pagar 40,00 o quilo e colocar salada de chuchu no prato ao invés de um pedaço de filé mignon. É pagar o peso de um alimento daqueles que você não come em casa. Conhecer o requinte de uma boa alimentação. E assim conheci no mercado paulista o bolinho de bacalhau, o pão com 250 grs. de salame. O cachorro quente de trinta centímetros em Santa Catarina, o suco de uva, queijos e a linguiça na serra gaúcha, o pastel de feira com vinagrete nas feiras paulistas, hospedar-se quase na esquina da Av. São João, ver de perto a tragédia da cracolândia. Sentar á beira da calçada e saborear confortavelmente os petiscos no Bar do Justus a quem devemos uma boa porção de orapronobis. Todo isso fez parte de nossas caminhadas. Nestes últimos dias a mais nova descoberta num out door; pareja com frutos do mar ou até caipira se você quiser e sempre um delicioso pastel em alguma esquina de alguma cidade. O pastel de feira no Souzas em Campinas, a Padaria Tradicional com o saboroso pão na chapa crocante, ou o buffet com delicias variadas além do ovo com queijo, salsicha ou bacon frito.
Em meio a tudo isto, aprendemos a amar mais o evangelho e firmamos um compromisso com nosso Salvador e Redentor de estar no Templo, a Casa do Senhor, sempre que tivermos oportunidade ou no mínimo uma vez ao mês. É lá que derramamos diante do Pai nossas dores e esperanças, nosso viver, nossas faltas e falhas, nosso arrependimento e recuperamos nossa luz, uma luz verdadeira que alumia o mundo ao nosso redor. E para encerrar este momento de pura gratidão pelo nosso viver amigo, eis aqui o grande segredo dessa longa amizade demonstrado numa simples frase: "amigos, amigos, comida a parte."