Nesta Pelé não entrou...

Arthur Friedenreich, Bernabé Ferreyra e Valeriano López - Brasil, Argentina e Peru, respectivamente - são, entre os maiores goleadores do Continente Americano, os únicos que, ao encerrarem suas vitoriosas carreiras contabilizavam média superior a um gol por partida.

São todos lendários e é de gosto dos aficcionados do futebol, pesquisadores, cronistas esportivos, e até leigos, estudar e lhes recordar as trajetórias. E as cifras encontradas por gente respeitável costumam apresentar discordâncias, em geral, pequenas, que não chegam a afetar o conjunto da obra. E isso se deve a metodologias utlilizadas, imprecisão de fontes informativas ou falta de uma maior sistematização no próprio esporte, que só nas últimas décadas foi-se tornando mais confiável .

Friedenreich, nascido em 1892 viveu até 1969 e teve uma carreira bem longa. Pela sua agilidade e letalidade nos arremates foi apelidade de El Tigre, e não era de errar bote. Alguns biógrafos atribuem-lhe maior número de gols do que Pelé logrou fazer.

Papai, que era de 1921 e começou acompanhando o futebol pelo rádio no final dos anos 30, enchia a boca para falar dos feitos do grande "Fenderracho". Além do hábito de furar redes pela potência de seu chute na cobrança de penalidades, teria vitimado o próprio irmão, que, goleiro, teve a infelicidade de se colocar sob sua mira...

Sua maior frustração foi não ter participado da primeira Copa do Mundo, disputada em 1930 no Uruguai e vencida pelos anfitriões. Uma decisão estapafúrdia dos dirigentes esportivos tupiniquins fez com que apenas atletas do Rio viajassem para Montevidéu.

Bernabé Ferreyra foi outra figura mítica. Goleador nato, teve vários apelidos ao longo de sua carreira, que incluiu participação cinematográfica e até referência em um famoso tango, El sueño del pibe. Mas o que mais fez foram gols e encantamento das torcidas. El Mortero de Rufino, El Rompedor de Paredes, la Fiera...O River Plate foi o clube pelo qual por mais tempo atuou.

Já Valeriano López, chamado El Tanque de Chasma, embora com uma carreira significativamente mais curta, superou também a marca de um gol por jogo, e se coloca entre os mais celebrados ídolos do futebol peruano. Teve também passagem pela Colômbia e só não seguiu para jogar na estelar equipe do Real Madrid que ganharia seguidos campeonatos europeus, com Puskás e Di Stefano por não querer afastar-se de sua gente, seu meio.

O maior atleta do esporte bretão, Edson Arantes do Nascimento, autor de reconhecidos mil duzentos e tantos gols, múltiplos campeonatos regionais, nacionais, continentais - e mundiais, três Copas, entre os quais, não entra nesta lista. Fica, de fato, como reserva mais imediato...E de me rir, desato.

Mà è già fatto...Comunque lo score no sia mai esato...

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 16/12/2017
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