Pobre Eliza
Do mundo se enamorou
Que o mundo que era tão seu
Tão cedo ela esqueceu
Pobre Eliza
Pensou que o mundo fosse
Caixinha que tem brinquedo
Que o mundo não tem segredo
Pobre Eliza
Boneca se fez mulher
Que tantos quiseram ter
E o mundo só fez sofrer
Pobre Eliza
A flor que se fez mulher
A flor que foi tão querida
Hoje é sombra de uma vida
Pobre Eliza, pobre Eliza.
''Hoje, ouvindo essa canção, lembrei dela, minha prima Eliza.
Sempre que ouço a voz de Moacir Franco,lembro logo da Eliza''
.
Éramos muito amigas.
Nas brincadeiras no quintal da vovó Catarina, ela chegava sempre sorridente e me convidava pra brincar.
Eu era muito tímida e quase sempre recusava ir brincar lá ,então ela vinha ate o quintal de casa e ali brincava de ''casinha'' comigo,fazendo comidinhas de mentirinhas, pra dar pras bonecas de pano.
O tempo foi passando e a mocidade foi chegando
Eu conservava ainda a minha timidez antiga, porem Eliza, continuava despachada diante da vida, e de repente conheceu o amor, na figura de um rapaz de passagem pela cidade.
Se foi ou não feliz, não sei, nunca me confidenciou, só sei que de repente, ela adoeceu e sumiu,pra um tratamento em outra cidade, e quando voltou, já estava de partida pra sempre.
Já não mais haveria de ver aquele rosto sorrindo, e uma tristeza imensa banhou meu coração.
Já havia sentido muito a partida do primo Daniel,seu irmão, e agora, prima Eliza também partia.
A vida cobra muito caro, quando nos afasta das pessoas que nos são tão queridas,e assim foi com Eliza.
Pobre Eliza...uma flor que foi tão querida e enfeitou por algum tempo o jardim da minha vida.
Memorias de uma abelhinha de Irati...