CARTA DE DESPEDIDA*
Essa é minha despedida. Hoje decidi ser feliz. Despeço-me da mulher que fui, pois esse seu jeito de amar, fez me perder a soma de todos os afetos. Eu precisava escrever alguns versos na janela, onde deixei o amor, você e o melhor de mim, juntamente com as mais belas flores. Bem sei que nem mesmo um sopro de luz sobre o passado, seria capaz de acordar em mim, a menina mulher ou a menina flor, a doce Jeyse Bel. Meu sorrir, não é mais o mesmo, e sentir-te ó Deus meu, já não posso, nem mesmo com o amor que mereço. Talvez, só hoje é que vamos aprendendo com toda essa trajetória acadêmica; memorial que o melhor de mim é você, o luxo de sonhar que chegaste como um sopro de intensidade, quando eu me encontrava afogada na adrenalina, dentro de um vestido de Prada, pois sentindo sua falta e pela grande saudade, por várias vezes, tive que deixar de amar. Você pode até pensar que me enlouqueci, mas quem dera fosse fácil, viver assim, pois tem gente que nem ao menos sabe distinguir o que é lagarta ou borboleta? Prefiro a liberdade, ou pensando melhor, um amor bem quente, por favor! As horas passam, e você ausente, vai aos poucos me deixando descontrolada, pois, odeio quando não esta aqui ao meu lado. Você pode até dizer, que não se lembra mais, mas, quantas vezes, eu lhe fiz um convite de hora, quando lhe disse: - Dance, dance comigo, e você não me ouviu? Sabes bem, que esse tempo já passou e que a saudade vai ficando para trás, para outro dia... Nunca procurei em você, um conto de fadas, como também não quero um príncipe encantado. Só o que eu queria, era um pouco de amor, pois, eu poetisa, tudo faria para apaixonar-te com as belezas da vida e teria mil razões para amar-te, pois, até mesmo o beija-flor conheceu uma flor, só com o toque de seu bico. Por favor, não me julgue ser, mais uma dessas mulheres malucas que se perderam, por faltar lhes o sabor da vida, pois descobri meu amor a tempo e isso encanta-me a cada novo dia que amanhece. Ás vezes dá vontade de escrever uma carta ao meu coração, dizendo a ele que por onde for, floresça... Ou ainda que ele desfrute com sabedoria e ousadia, para mais tarde não se arrepender. Pois o problema dos erros é que, às vezes, eles beijam bem. E ainda lhe digo: - Homens anotem e releia sempre que precisar: recomeçar. Benditos os que fazem sorrir, pois esses sim serão os únicos capazes de me fazer feliz, e espero receber deles, uma carta para meu eu futuro onde tudo será paz e alegria. Venha comigo... Venha que te explico no caminho. Talvez eu ainda não tenha lhe dito antes, mas, sou solteira sim, e daí? Sou fã das voltas que o mundo dá, e quem sabe se nessas voltas, um dia a gente encontra um bom doutor, que possa tratar com mais carinho, esse meu coração sonhador. Assim, não precisarei mais ouvir sua voz gritando aos meus ouvidos: - Com que máscara eu vou? Mas por outro lado, eu lhe direi, num misto de saudades e desgosto: - Entre a casa é sua, tome aqui essa carta de despedida e, por favor, não me procure mais.
*Esse texto foi composto, usando todos os 68 títulos, já publicados até hoje, dia 31 de outubro de 2017, pela escritora e poetisa, Elisa Strub.