SONETOS AO MESTRE OKLIMA

Relembrando e homenageando o amigo querido. Ele era mestre nos sonetos, lendo-o encorajei-me e arrisquei meu primeiro:

SONETO AO PRIMO CANTO

Li encantado teu soneto esplendoroso

Admirado por feitio tão delicado

Alma suave pelo lírico apresentado

Inebriado por canto tão mavioso

Elogiaste-lhe o sorriso que foi laço

Da natureza lindas flores emprestaste

Belos jardins magistral utilizaste

Compondo um lindo buquê em teu abraço

Anunciaste teu amor pelos clarins

Enaltecendo tua musa com poesia

Tecendo versos com a nobreza de delfins

Salmodiando qual Tristão amor sem fim

Composição como há muito não se via

Dos que amam com pureza querubim.

(Soneto homenagem ao poeta Oklima. Comentário para "Sonetando o seu Sorriso - à Ysolda ", do citado autor.)

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Ao final, recebi a grande honra de segui-lo em dueto. Somente depois é que o conheci pessoalmente, outro grande presente:

SONUETOS POR ODIR & STELO

(O grande mestre sonetista Oklima abre com o seu brilhante soneto:)

"ENQUANTO OS SONHOS NÃO ME DÃO ADEUS"

Não sei por quanto tempo serei som,

serei imagem viva e riso aberto,

se vai mais longe o tempo de estar perto

e a quanto tempo o tempo será bom.

Do tempo que me resta desse dom

de ser presente em meu futuro incerto,

por quanto tempo o meu olhar aberto

a cor dos céus verá no mesmo tom.

Não sei por quanto tempo de embaraços

serei procura em amorosos laços,

no que resta de beijo aos lábios meus

Eu só sei que vagueio mais espaços,

devaneando ter-te nos meus braços

enquanto os sonhos não me dão adeus!

Oklima

(Secundado por este aprendiz de escriba, que mal escuta o murmúrio do vento, com seu:)

"MONOVERSO"

Também não sei da hora, e quem o sabe?

Às vezes penso assim e até prometo

Que ao mundo, à iminência que se acabe

Não deva eu escrever qualquer soneto

Na décima termino logo a rima

Talvez na septilha inda mais cedo

A quadra bem mais curta ainda por cima

Um seco e breve haikai mas tenho medo

Largar o meu rimar característico

Aceitar o tal destino assaz perverso

E aí tentar compor tudo num dístico

E antes de partir deste universo

Deixar meu epitáfio ensaístico

Gravado nem que seja em monoverso!

Stelo Queiroga

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Stelo Queiroga
Enviado por Stelo Queiroga em 28/10/2017
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