VEJA COMO SOU FELIZ*

À memória do poeta Francisco Leite de Brito

(*23 jul. 1921 / +15 mar. 1993)

Ó mãezinha querida,

a quem rogo nesta madrugada,

sob o prefixo da chuva,

veja os trabalhos de Jesus,

quem só nos deu a paz e o amor

em troca de uma pesada cruz.

Vejo que os impostos mais altos

quem pagou foi o pescador de almas

que nos doou sua própria vida.

Não julgueis que só os pássaros reclamam...

Bem sabeis que analfabeto não tem prazer

e de todos só recebe a ingratidão.

Vejo que não é só estrela que brilha

nesta noite de vinte e cinco de dezembro

na capital mineira,

pois o vento sopra a árvore que plantei

em minha terra natal,

onde a primavera em flores

vem dizer-me que viver é saber

e, melhor ainda, é viver ao lado de Deus.

Como é bonito viver!

Sinta quão é divino o dia e a noite,

veja como sou feliz aqui,

onde o Brasil é nosso lar.

Padre Vilaça já dizia

em uma de suas homilias:

– Neste Natal vamos reconhecer

todas as nossas faltas

e nossas indiferenças para com o próximo.

Vamos conhecer a verdade.

Vamos viver felizes e unidos.

Não vamos viver um amor infeliz,

Pois, se sou feliz e (amo) meu irmão,

a vida (continua feliz)

enquanto espero de Deus a salvação,

em que viverei com muito mais encanto.

(Este poema foi criado com títulos extraídos dos

poemas do livro Veja como sou feliz,

de Francisco Leite de Brito. )

Nova Serrana (MG), 9 de novembro de 2010.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 26/10/2017
Código do texto: T6154157
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