Viagem Inédita

VIAGEM INÉDITA

Em um dia de primavera, uma nova estação aflorou! A estação do cérebro.

A partir dela, entendemos nossa história, nossa evolução, nosso aprendizado, nossas descobertas de primatas a astronautas.

Compreendemos, durante três dias, que:

Devemos valorar a qualidade ao invés da quantidade;

Que antes de aventurarmos na mente, precisamos fincar os pés no saber do nosso encéfalo que carregamos.

Ah! Como é desestabilizador perceber que somos presas após gloriarmos tantos momentos como predadores...

Que há muito não evoluímos.

Que a cultura limitou nossas possibilidades, mas que mantivemos nossa trajetória.

E nesse cotidiano que conduzimos, materializamos a ideia de que só reconhecemos o que já vimos, ouvimos e sentimos. E depois de tanto ver, ouvir e sentir, nosso cérebro resiste em esquecer.

Temos a consciência como companheira que nos ajuda a mirar o futuro e que, enquanto vivemos o presente, ela suavemente o observa.

Que sigamos os passos de Michelangelo, mas sem precisar traçar riscos de

Deus em igrejas. Contudo, possamos desenhar e colorir em nossa consciência traços de respeito e valorização pela dignidade humana.

Que nossa intenção genuína seja capaz de projetar nossos sonhos.

Que nossos receptores sejam capazes de assimilar além de impulsos.

Que nosso córtex consiga montar imagens de uma realidade melhor para se viver.

Que nosso tálamo receba informações amenas de novas experiências.

Que em meio há tantos movimentos involuntários tenhamos vontade de sermos melhores.

Que possamos aprender com o cerebelo a sermos senhores do nosso tempo.

Vamos nos permitir a errar e oportunizar a aprendizagem a estabelecer morada duradoura nos circuitos da nossa memória.

E embora existam tantos neurônios, tantas estrelas, tantas emoções, tantos sentimentos, em muitos ainda falta a sensibilidade humana.

Que possamos aplicar o vasto conhecimento adquirido por muitas e muitas outras primaveras!

Que possamos ser melhores para que melhores momentos possamos viver!

E a viagem chega a primeira estação. Apenas começamos.

Foram três dias.

Vinte e nove vidas.

Uma viagem.

Uma nave inédita.

E uma guia de muita sabedoria e luz: Carla Tieppo.