HOMENAGEM AO EDUCADOR PROFESSOR HÉLIO PENTEADO DE CASTRO: pesquisa de J B Pereira em set. 2017.

Pedagogia dos Multiletramentos - Parte1

https://www.youtube.com/watch?v=IRFrh3z5T5w

ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo

(orgs.). Multiletramentos na escola. São

Paulo: Parábola Editorial, 2012. 264p.

Eliana Gagliardi *

file:///C:/Users/JOSE/Downloads/102-132-1-PB.pdf

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Dados biográficos esparsos nos indicam um homem sério e competente como educador. Professor do Estado de São Paulo nos anos 20 a 40, veio a Piracicaba para lecionar química e física. "Lecionou na Complementar e Normal Primária de Campinas, retorna à Piracicaba para lecionar a cadeira de Física e Química da Escola Normal."

Dentro de um contexto de Reforma Ensino dos anos 1920 - Sampaio Dória, ajudou a atualizar, metodologica e eticamente, a educação paulista.

Lecionou em escolas normais como Sud Mennucci, Piracicaba, entre 1919- 1935(provavelmente)

Hoje seu nome ecoa, laudatoriamente, na Escola Estadual Professor Hélio Penteado de Castro, onde há um retrato de rosto e busto na portaria. Esta é uma das escola de Piracicaba, São Paulo. Seu endereço fica na Rua Ipeúna, S/N - Parque Piracicaba, Piracicaba - SP, CEP: 13409-031; telefone: (19) 3425-8967.

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PESQUISAS NA INTERNET

2.7 km. R Professor Hélio Penteado de Castro, 835, Nova América - Piracicaba, SP.

Nota de rodapé:

nº 11- Professor da Escola Normal Sud Menucci de Piracicaba. Hélio Penteado de Castro, citado em: quinta-feira, 23 de setembro de 2010,

FRANCISCO DE CASTRO LAGRECA.

http://memorial-piracicaba.blogspot.com.br/2010/09/francisco-de-castro-lagreca.html

Outra configuração de manifestação de poder na instituição escolar a ser pesquisada, foi identificada quando uma ex-aluna relata ao Jornal de Piracicaba: “A gente se falava pelas janelas, pois havia um muro no pátio que separava meninos e meninas”, conta Diva.

Dona Diva tem muitas recordações do Sud. “As melhores”, diz ela, que garante ter sido aluna organizada [...] [...] não esquece de professores como Sílvio de Aguiar Souza, de Português, que exigia que todos os seus alunos decorassem um soneto por semana [...]

Das aulas que teve com aquele que viria a ser seu sogro, o professor de Física Hélio Penteado de Castro, ao pito que levou do diretor Fausto Lex por estar de uniforme fora dos domínios da escola [...] “A educação hoje é um fracasso; tenho pena das crianças”, lamenta a professora [...] (JORNAL DE PIRACICABA. 26/06/2005)

A depoente Diva, 82 anos de idade, professora de Música aposentada, se formou docente de ensino primário pela Escola ‘Sud Mennucci’ em 1940. Ao relatar suas memórias, ela ilustra que as manifestações de poder na configuração escolar nasceriam na arquitetura da escola, na relação professor-aluno-conteúdo e na advertência do diretor em razão do uniforme.

http://www.anpuhsp.org.br/sp/downloads/CD%20XVIII/pdf/ORDEM%20ALFAB%C9TICA/Tony%20Honorato.pdf

História da Educação

Print version ISSN 1414-3518On-line version ISSN 2236-3459

Hist. Educ. vol.20 no.48 Santa Maria Jan./Apr. 2016

http://dx.doi.org/10.1590/2236-3459/52821

Os Conflitos Na Escola Normal de Piracicaba em meados da década de 1930

“Hélio Penteado de Castro”, catedrático de Física: A cola era desbragada, largando os alunos seus apontamentos, especialmente confeccionados para os exames, pelas vias públicas, apontamentos estes que eram colhidos por alunos de outras escolas; a direção de Fausto Lex conseguiu corrigir em grande parte esses abusos. (Camargo, 1934, p. 39 verso)

Getúlio Vargas não desejava um confronto desgastante com o movimento estudantil. Para evitar isto Gustavo Capanema articulou para que o deputado mineiro José Monteiro Ribeiro Junqueira apresentasse o projeto estabelecendo a promoção pelas médias como mecanismo de avaliação discente no ensino secundário e no ensino superior.

No dia 7 de dezembro seria a vez da Escola Normal de Piracicaba também entrar em greve em apoio à reivindicação da promoção pelas médias. A Gazeta de Piracicaba, de 8 de dezembro de 1934, noticiou a greve...

REFERÊNCIAS

CAMARGO, José de Campos. Sindicância procedida na Escola Normal Oficial de Piracicaba por determinação do diretor geral do ensino. São Paulo: Diretoria Geral do Ensino, 1934. Doc. preservado no Arquivo Público do Estado de São Paulo sob a indexação E 07028. [Links ]

HILSDORF, Maria Lúcia Spedo. Lourenço Filho em Piracicaba. In: SOUZA, Cynthia Pereira de (org.). História da educação: processos, práticas e saberes. São Paulo: Escrituras, 1998, p. 95-112. [ Links ]

Não foi preservado nenhum exemplar do Jornal de Piracicaba do ano de 1934.

Endereço: Av. Paes de Barros, 1252/22 - 03114-000 - São Paulo - SP - Brasil.

E-mail: marcio.celeste@fc.unesp.br.

MACIONIRO CELESTE FILHO é professor na Universidade Estadual Paulista - campus de Bauru. Doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

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REVISTA

Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 42, n. 4, p. 1279-1302, out./dez. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/2175-623664213

http://www.scielo.br/pdf/edreal/v42n4/2175-6236-edreal-42-04-01279.pdf

A Reforma Sampaio Dória: professores, poder e figurações

Tony HonoratoI I Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina/PR – Brasil

RESUMO – A Reforma Sampaio Dória: professores, poder e figurações. As reformas de ensino são objetos de pesquisa em Educação. Analisou-se a Reforma de 1920 da instrução pública paulista, dirigida por Sampaio Dória, do ponto de vista das prescrições legais e de sua implantação em uma realidade específica, a Escola Normal de Piracicaba/SP. A implantação contou com um grupo de professores que é o nosso objeto privilegiado. Dele apreendemos a formação de uma figuração social produtora de gradientes de poder a partir de reconhecidos domínios pedagógicos, literários, artísticos e político-nacionalistas. Os conceitos de figuração e de poder propostos por Norbert Elias nos dão suporte teórico. A Reforma de 1920, uma rede de pessoas interdependentes e seus desdobramentos são analisados neste artigo.

Palavras-chave: História. Reforma. Poder. Escola Normal. Norbert Elias.

(...)

Figurando um Grupo de Professores

A Escola Normal de Piracicaba teve socialmente seu poder equilibrado na relação com as demais normais, uma vez que o diretor da instrução Sampaio Dória lá encontrou e para lá removeu homens de sua confiança pessoal, intelectual e política.

Veja-se no quadro 1 quais foram os professores que participaram da implantação da Reforma na Escola Normal de Piracicaba e Anexas em 1921:

Quadro 1 – Professores da Escola Normal de Piracicaba e Anexas em 1921 - (Não fez parte da média)

Ensino Nome Habilitação Idade Tempo de Magistério Início do contrato Curso

5ª Cadeira: Física e Química - Hélio Penteado de Castro - Normalista Secundário - Idade 40 anos – anos de magistério 16 anos - 04/02/1921 Normal Escola.

Pé de página: 1284 Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 42, n. 4, p. 1279-1302, out./dez. 2017.

Em 1921 a Normal de Piracicaba, além de manter o seu corpo docente constituído ao longo dos anos, incorporou nos cursos sob sua administração mais seis professores, sendo um contratado e cinco removidos de outras instituições, a saber:

e) Hélio Penteado de Castro, normalista secundário, lecionou na Complementar e Normal Primária de Campinas, retorna à Piracicaba para lecionar a cadeira de Física e Química da Escola Normal.

Nota de rodapé:

Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 42, n. 4, p. 1279-1302, out./dez. 2017. Honorato 1287

As remoções de professores marcaram no início de 1921 os postos da Reforma: [...] Sampaio Dória colocou em postos chaves, administrativos e pedagógicos, da organização paulista de ensino, aqueles nomes do universo escolar compromissado com ele, quer do ponto de vista do partilhamento das ideias, quer do ponto de vista das relações pessoais, professores jovens, muitos deles seus ex-alunos, adeptos das novas teorias do ensino e simpatizantes ou membros, como ele, da Liga Nacionalista – que objetivava a nacionalização do país via a desanalfabetização (Hilsdorf, 2003, p. 97-98).

Desdobramentos da Reforma: currículo, autonomia didática e ensino ativo

Quadro 2 ‒ Matérias do Programa do Ensino Normal em Piracicaba (1921)

1ª Cadeira: Português

2ª Cadeira: Latim e Literatura 3ª Cadeira: Francês 4ª Cadeira: Matemática

5ª Cadeira: Física e Química

6ª Cadeira: Biologia Vegetal e Animal; Higiene; Anatomia e Fisiologia Humana

7ª Cadeira: Cosmografia, Geografia geral, Corografia do Brasil

8ª Cadeira: História do Brasil e Geral

9ª Cadeira: Psicologia e Pedagogia 10ª Cadeira: Prática Pedagógica Aula de Música Aula de Desenho Aula de Ginástica Fonte: Faustino (1921a) e São Paulo (1921).

Em decreto estabeleceu-se: Artigo 253 - Os programas destas cadeiras e aulas serão anualmente organizados em lições pelos respectivos professores, de acordo com as bases estabelecidas no Capítulo III deste regulamento e entregues até 15 dias antes da abertura das aulas ao diretor da escola, que os submeterá ao Secretário do Interior para o fim de aprová-los ou se observaram ou não unidade fundamental em todas as escolas, continuidade com os programas nas das complementares e se são ou não exequíveis.

§ 1º - No caso de ser o programa rejeitado, o Secretario do Interior fixará um provisório até que o respectivo catedrático organize outro em condições aceitáveis.

§ 2º - O professor que não tiver apresentado o seu programa não poderá iniciar o seu curso, incorrendo em faltas injustificada.

§ 3º - O programa de cada uma das cadeiras e aulas deverá ser executado em todas as suas partes (São Paulo, 1921).

Como desfecho, em prol da execução de um currículo de formação de professores, havia relações interpessoais, profissionais e políticas em nome de inovações pedagógicas. Entre as iniciativas modelares destacaram-se os pressupostos do ensino ativo, da autonomia didática e da prática pedagógica proposta por Lourenço Filho.

Tais inovações puderam ser identificadas em textos publicados na Revista de Educação (Faustino, 1921d; 1921e; 1922a; 1922b; 1922c; 1923), órgão da Escola Normal de Piracicaba e Anexas, que era também uma fonte de poder do grupo de professores ligado à Sampaio Dória para propagar ideais pedagógicos, culturais e nacionalistas em consonância com a Reforma de 1920.

Recebido em 20 de abril de 2016 Aprovado em 05 de maio de 2017.

REFERÊNCIAS

SÃO PAULO. Decreto nº 3.356, de 31 de maio de 1921. Regulamenta a lei n.1.750, de 08 de dezembro de 1920, reforma a instrução pública. Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, São Paulo, 1921. Disponível em: Acesso em: 19 out. 2015.

TANURI, Leonor Maria. O Ensino Normal no Estado de São Paulo (1890-1930). São Paulo: FEUSP, 1979. VALE, André Dela. Tales de Andrade: Representações de Brasil. Piracicaba: Biscalchin Editor, 2009.

TONY HONORATO é doutor em educação pela Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”. Atualmente é docente adjunto no Departamento de Educação Física e no Programa de Pós- -Graduação em Educação da Universidade Estadual de Londrina. É membro da Sociedade Brasileira de História da Educação e coordena o Grupo de Pesquisa Processos Civilizadores – CNPq. Bolsista produtividade da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná.

E-mail: tonyhonoratu@gmail.com

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História da Educação - Print version ISSN 1414-3518On-line version ISSN 2236-3459

Hist. Educ. vol.20 no.48 Santa Maria Jan./Apr. 2016

http://dx.doi.org/10.1590/2236-3459/52821

Os Conflitos Na Escola Normal de Piracicaba em meados da década de 1930

“Hélio Penteado de Castro”, catedrático de Física: A cola era desbragada, largando os alunos seus apontamentos, especialmente confeccionados para os exames, pelas vias públicas, apontamentos estes que eram colhidos por alunos de outras escolas; a direção de Fausto Lex conseguiu corrigir em grande parte esses abusos. (Camargo, 1934, p. 39 verso)

Endereço: Av. Paes de Barros, 1252/22 - 03114-000 - São Paulo - SP - Brasil. E-mail: marcio.celeste@fc.unesp.br.

MACIONIRO CELESTE FILHO é professor na Universidade Estadual Paulista - campus de Bauru. Doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

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"Histórico

A escola foi criada pelo Decreto de Lei 18.361 e instalada nas dependências do Centro Comunitário de residencial Parque Piracicaba, onde funcionou até o início de 1986. Em 15/03/1986 foi inaugurado o prédio da Escola, utilizado até os dias atuais.

A E.E. Prof. Hélio Penteado de Castro tem como patrono e carrega o nome do ilustre Professor Hélio Penteado de Castro.

Nascido na cidade de Amparo foi intitulado, com muita justiça, Cidadão Piracicabano. Exercia o cargo de professor efetivo de Física e Química, na Escola Normal de Piracicaba, desempenhando exemplarmente a sua profissão com amor e dedicação.

Era um Educador de raras e preciosas qualidades de mestre, cidadão, chefe de família e amigo de seus alunos.

Em determinada época, seu elevado espírito público o levou a lutas políticas, tendo ocupado um cargo no Legislativo Municipal, onde atuou em prol do interesse coletivo.

Foi uma rica personalidade do magistério público, exemplo edificante, que há de inspirar professores e alunos nessa construção permanente do ensino e da aprendizagem, bem como, na formação de cidadãos honrados que fizeram a diferença para no desenvolvimento desta sociedade e deste país.

Recursos

Escola foi inaugurada no ano 1986, contando com uma extensa área.

Possui 2.295,04 m² de área construída (02 pavimentos) e 6.595,48 m² de área livre."

PLANO DE GESTÃO DA ESCOLA HELIO PENTEADO 2018

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J B Pereira e http://memorial-piracicaba.blogspot.com.br/2010/09/francisco-de-castro-lagreca.html
Enviado por J B Pereira em 09/10/2017
Reeditado em 24/02/2018
Código do texto: T6137874
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