De Sérgio Franck
Procurando bálsamos, encontro o presente que ganhei do Sérgio Franck , lá no Overmundo.
http://www.overmundo.com.br/banco/a-mulher-do-sorriso-dourado
A Mulher Do Sorriso Dourado
O aparente pseudônimo de mulher estrelada, psique politizada, guarda resquícios da saudável militância partidária que é incapaz de sabotar ouvidos humanos cansados dos intermináveis discursos de promessas de lote vago e erva daninha. Os olhos dela registrados sem captura por sorridente e belíssima fotogravura, convidam as meninas alheias para experimentarem das cirandas capazes de remeterem ao sonho compartilhável entre a jovem mãe e a amada filhinha aprendiz de bailarina e princesa. A existência da menina é o amor frutificado da boa certeza, que diz sem palavras: ser boa mãe é dar o exemplo prazeroso da realeza que resgata a graciosidade dos homens sem ser preciso cobrar deles identidade de bobos-da-corte.
“Sem dúvida, os reinos de suportável coexistência, todos eles, bendizem as mulheres, porque em cada uma delas, adormece a luz continua da vida pensante.”
Ela sorri e gosta, pois compete aos seus traços de feminilidade, fazer valer parte do brilho da pacata Saint Andre city. Ela sorri e gosta, porque assim, a reverência cairá sem ferimentos, ou vaidade aos pés de seu queixo bonito sem queixas por bem saber quem é a bela dona. Ela ama os circos sem bichos, degusta palhaçadas com o bom humor que lhe é marca registrada, resiste ao tempo e aos destroços do novo mundo caos sem sentimento, este mundo cinzento, constantino e friorento às crueldades derivadas de vil aquecimento.
Ela despenteia seus curtos cabelos negros com as mãos, enquanto lê a este despretensioso pre-texto na reluzente e entreaberta janela do pc. Ela sorri, não sei se porque gosta, olha para o teto que não possuem as sobrancelhas. Permanece ali livremente apreendida de surpresa e dividida ao mesmo: parte está sentada sobre a cadeira, parte caminhante-mente por entre letras que, permitidas, penetram a sua mente de revoluções pacifistas. “há que endurecer, mas sem perder a ternura, jamais”, ...
“Minhas calças vermelhas
Meu casaco de general
Cheio de anéis...
Eu vou descendo
Por todas as ruas
E vou tomar aquele
Velho navio
E vou tomar aquele
Velho navio
Aquele velho navio...”
Chove lá fora do peito uma chuva incansável de águas de março que fecham o verão e pedem: Fechem também as janelas das casas... Dentro, profundo, a estiagem prossegue aos abafamentos de sublime estação. Dizem que as fazes da lua só se cumprem porque outros astros cruzam o seu suspenso caminho de pedra sem surtos. E daí? Não desci do homem para falar das luas, nenhuma delas, nem de saturno. Venho por intermédio desta, ratificar sem sorrateirismos que: ela sorriu, e eu gostei como alguém munido da boa certeza do respeito frutificado, a balbuciar a verdade: ser gentil com o outro, é dar o exemplo prazeroso da realeza que resgata a bondade dos homens sem ser preciso cobrar deles credenciais de acesso e identidade de bobos-da-corte.
“Sem dúvida, os reinos de suportável coexistência, todos eles, bendizem as mulheres, porque em cada uma delas, adormece a luz continuada da vida pensante.”