BRASÍLIA
O orgulho era grande
No rosto do trabalhador
Dia 21 de Abril de 1960
Juscelino inaugurou Brasília
E a Cidade parou.
Grito de alegria
Surgiu dentro dos homens
Que gritavam alto
E repetia seu nome
Brasília, Brasília, Brasília...
Brasília embrião de Deus
Berço que envolve
Acalenta seu povo
Arvorem retorcidas
Claridade sem fim
Cores do Brasil
Vidas coloridas
Esse céu juvenil
No seu enorme cerrado
Que desperta o coração
Do povo candango
Destaca-se a cor do amor ardente
Através da flor do cerrado
Força na esperança e no suor
Nasce Brasília
Olhos choram de felicidade
Brasília nasce
Como um parto de uma filha
Grande vibração
Na manifestação dos candangos
De trabalho
Dentro de caminhão, jipe e tratores
Desfilado Seus talentos
Como gigantes
Heróis valentes, força e coragem
Era a expressão da gente
Muitos trabalhadores
Levaram seus chapéus
Com expressão de alegria
E energia vinda do céu
O sentimento do dever comprido
Em busca do continuar
Com as mãos calejadas
Brasília sorria
Brasília
Será que há quem possa
Esquecer seu nascimento?
Surgindo do mato adentro
Iluminada por Deus
Sonhada por multidões
Brasília
Berço da humanidade
Bares e amor sem fim
Surge à cidade da liberdade
Representada por um avião
Abre suas asas
Brasília que vi nascer
E acolher seu povo querido
Que preparou o seu enxoval
Que fez seu parto
E esperou você nascer
Brasília voa alto
Em passos curtos e firmes
O progresso transforma
A Cidade Maravilhosa
Em voo alto Brasília
Cresce que nem uma criança
Brincando de roda, jogando bola
Pulando corda
Eu fico maravilhada
Em ver minha cidade filha
Soletrando e escrevendo seu nome
Linda Brasília criança
Que um dia vi nascer
Tenho-te como uma filha
Uma esposa, uma mãe.
O céu soltou foguetes
Linda Brasília senhora
Quero ter a sorte
De te ver envelhecer.
Tânia M de J B de Melo.