O nosso orbe

O nosso orbe

Antonio Paiva Rodrigues

Enquanto as penosas transições do século XX para o XXI se anunciam ao tinido sinistro das armas, as forças espirituais se reúnem para as grandes reconstruções do porvir.

Aproxima-se o momento em que se efetuará a aferição de todos os valores terrestres para o ressurgimento das energias criadoras de um mundo novo, e natural é que recordemos o ascendente místico de todas as civilizações que surgiram e desapareceram, evocando os grandes períodos evolutivos da humanidade, com as suas misérias e com seus esplendores, para afirmar as realidades espirituais acima de todos os fenômenos transitórios da matéria. Falando em matéria, com o objetivo de se inteirar dos enigmas de suas propriedades, os homens através da ciência buscam incessantemente um caminho, um rumo, um azimute que os levem a concretizar seus aprendizados e transformá-los um dia em realidade. Só que Deus o Pai Maior não deu ao ser imperfeito esta qualidade, de descobrir todo este sistema que nos envolve e fascina. Os arqueólogos, os físicos, os químicos, os astrólogos, quando realizam alguma descoberta, esta representa apenas uma semente de mostarda, num emaranhado de enigmas que se colocados no écran maravilhoso, verão que um ser superior está acima de tudo. Laboratório de matérias ignescentes, o conflito das forças telúricas e das energias físico-químicos opera as grandiosas construções do teatro da vida, no imenso cadinho onde a temperatura se eleva, por vezes, a 2.000 graus de calor, como se a matéria colocada num forno, incandescente, estivesse sendo submetida aos mais diversos ensaios, para examinar-se a sua qualidade e possibilidades na edificação da nova escola de seres.

Na grande oficina surge, então, a diferenciação da matéria ponderável, dando origem ao hidrogênio. A atmosfera está carregada de vapores aquosos e as grandes tempestades varrem, em todas as direções, a superfície do planeta, mas sobre a terra o caos fica dominado por encanto. Pouca gente sabe e os que não por falta de leitura ou “ignorância” que as mãos de Jesus haviam descansado, após longo período de confusão dos elementos físicos da organização planetária. Estavam dados os primeiros passos no caminho da vida organizada. Com essa massa gelatinosa, nascia no orbe o protoplasma e, com ele, lançara Jesus à superfície do mundo o germe sagrado dos primeiros homens. Jesus o governador planetário fazia assim surgir na terra os seus primeiros habitantes, no plano material, as células albuminóides, as amebas e todas as organizações unicelulares isoladas e livres, que se multiplicavam prodigiosamente na temperatura tépida dos oceanos. Elas se associam para a vida celular em comum, formando-se as colônias de infusórios, de polipeiros, em obediência aos planos da construção definitiva do porvir. Parecem confundidos nas profundidades do oceano, os reinos animal e vegetais. Os répteis surgem animais horrendos das eras primitivas. Tais criaturas deveriam ser aperfeiçoadas, uma justa aferição precisaria ser feita e assim o foi. Os tipos adequados a terra foram consumados em todos os reinos da natureza, eliminando-se os frutos teratológicos e estranhos. O reino animal experimenta as transições no período terciário. Compreendemos que Adão e Eva constituem uma lembrança dos Espíritos degredados na paisagem obscura da terra, como Caim e Abel são dois símbolos para a personalidade das criaturas. Os primeiros antepassados do homem sofreram processos de aperfeiçoamento da Natureza. Algumas raças antropóides, no plioceno inferior, estavam sob a orientação das esferas espirituais, tiveram sua evolução em pontos convergentes, e daí os parentescos sorológicos entre o organismo do homem moderno e o do chimpanzé da atualidade. Vale ressaltar que os antropóides são antepassados dos homens terrestre, e os ascendentes dos símios que ainda existem no mundo.O homem sílex foi auxiliado pelas forças espirituais, imprimindo novas expressões biológicas. O Neanderthal, reconhecendo nele uma espécie de homem bestializado, a paleontologia descobriu o homem fóssil, são um atestado dos experimentos biológicos a que precederam os prepostos de Jesus, até a fixação dos primatas.Através das sucessivas reencarnações os homens foram tomando a forma material em que estão hoje, uma transição perispiritual. Também as crianças, têm os defeitos da infância corrigidos pelos pais, que as preparam em face da vida, sem que, na maioridade, elas se lembrem disso. O grande Jesus participador ativo da construção do planeta um dia teria que vir provar e comprovar como estava o ser que ele ajudou a construí-lo e vejam o que aconteceu.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 17/08/2007
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