Aos que Amam Francisco
Anjos não moram em casas, nem nos campos nem mesmo no céu; apenas se hospedam nesses lugares; é-lhes do ofício o labor incansável de proteger em qualquer lugar e hora. Desse modo, orbitam sempre, para reger, guardar e iluminar aqueles sob seus encargos.
Algumas pessoas parecem anjos e são como tais. Um desses, chamado Francisco, sem nunca mais parar, iniciou cruzada, ainda menino, ao redor do oásis no meio da caatinga, bem longe de tudo.
A criança partiu para o mundo, dali mesmo onde o ar queima narinas e olhos, após se maravilhar com as vestes dos coroinhas, por ele avistados na missa perto do açude que refresca o Sertão do Piancó, como o Mar da Galileia refrigera Cafarnaum.
Anjos não moram em casas, nem nos campos nem mesmo no céu; apenas se hospedam nesses lugares; é-lhes do ofício o labor incansável de proteger em qualquer lugar e hora. Desse modo, orbitam sempre, para reger, guardar e iluminar aqueles sob seus encargos.
Algumas pessoas parecem anjos e são como tais. Um desses, chamado Francisco, sem nunca mais parar, iniciou cruzada, ainda menino, ao redor do oásis no meio da caatinga, bem longe de tudo.
A criança partiu para o mundo, dali mesmo onde o ar queima narinas e olhos, após se maravilhar com as vestes dos coroinhas, por ele avistados na missa perto do açude que refresca o Sertão do Piancó, como o Mar da Galileia refrigera Cafarnaum.
“Quero ser um desses meninos”, pensou.
Foi mais longe e anos depois, defronte daquela mesma igreja, dormiu na praça, “para que ninguém bulisse na estrutura do altar e bagunçasse a decoração” que junto com os irmãos preparara para sua primeira celebração eucarística.
Ali, vestiu vermelho; o tom do entardecer; a cor de fogo do pôr do sol de Coremas - um dos mais belos do mundo. A opção veio pela força espiritual como chama que não se apaga, esquenta, molda e enche de luz a fé cristã do seu rebanho.
A razão é que menino gosta de bola, menina de boneca, aquele “pequeno anjo” gostava e gosta de gente. Principalmente da gente carente desse mundo de Deus.
Anos depois, após muita evangelização e de ter modificado a história de muitos, completa dezesseis anos de sacerdócio. Seu alvo é remontar a prática da fé nos fiéis. Ao celebrar, cultua a missão, abatendo as distâncias entre as pastorais e os sacramentos. Persevera, propondo aprofundar os discípulos (nós todos) na confiança em Jesus Cristo. Afasta o rebanho dos ofícios que não sejam a reflexão sobre as coisas do Espírito Santo, de Nossa Senhora e da evangelização.
Exaltamos a sua ação de reintroduzir sem tréguas a nossa reconciliação com o Caminho a Verdade e a Vida, de modo ritual, mas diferenciado - como fazem os anjos.
Sobretudo, pela catequese da música com canções que levam o amor e a paz ao mundo.
Nossa consciência, em reverência aos Apóstolos do Messias e em referência às memórias da jornada que festeja esses anos de sacerdócio, postas por esse servo de Deus, tônico de nossa crença, nos faz prestar a justa homenagem àquele mesmo garoto abençoado, que partiu de um lugar humilde (como Jesus) e com tenacidade se tornou apascentador de ovelhas, nos remetendo ao Salmo de Davi: “O senhor é meu pastor, nada me faltará”.
É, pois, nosso dever dar graças a Deus, amado Francisco, ou melhor, amado Padre Damião Silva, pela sua vida, nas nossas vidas.