HOMENAGEM AO BEATO FREDERICO OZANAN - fundador da Sociedade de São Vicente de Paulo: vicentinos
Mateus 25, 34
"Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo..."
FIZESTES A UM DESTES PEQUENINOS, A MIM O FIZESTE
https://www.youtube.com/watch?v=qLeaZioS9MA
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Heroísmo da fé católica e evangélio vivo pelos pobres na opção amorosa por Jesus Pobre - o Mestre dos pequeninos do Reino do Pai.
J B Pereira
Há quem diga que o mundo é sempre o mesmo. O que o muda são os homens. Mas, "para transformar o mundo tem que se transformar o homem." (Dom Lucas Moreira Neves, cardeal nascido em São João del-Rei, MG).
E para penetrar no espírito da cultura e do homem é necessário século. Mas, para a graça de Deus nada é impossível.
Deus suscitou na história homens da caridade e de prudência como Frederico Ozanan, tocado pelo exemplo de seu pai e de São Vicente de Paula para se consagrar a uma sociedade que faz a diferença na solidariedade e evangelização.
É preciso ser sábio, puro, bom e santo como ele para viver como Jesus. Amar a todos, em especial e preferencialmente os pobres.
Pobres é que não faltam:
"João 12,7 Mas Jesus respondeu: “Deixa-a em paz; pois para o dia da minha sepultura foi que ela guardou isso.
8 Quanto aos pobres, vós sempre os tereis convosco, mas a mim vós nem sempre tereis.”
É preciso saber evangelizar os ricos e poderosos, transformando-os em amor e respeito pelo ser humano e pelos mais sofridos e abandonados: crianças, jovens, mulheres, migrantes, negros, índios, estrangeiros, pobres, pessoas com deficiência física, mental e outras necessidades especiais.
Ozanan e outros amigos souberam com outras santas mulheres fazerem a obra de Jesus no mundo: "E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes." Mateus 25:39,40
Por isso, Ozanan se tornou um exemplo evangélico, uma luz de amor, mais um a caminho do reconhecimento da Igreja católica: "Por esta visão humanitária e democrática da fé cristã ele é considerado precursor da doutrina social da Igreja. " (Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Foi prático, não que fosse intelectual e culto, na questão de reformular o catolicismo e interferir no capitalismo: "...é preciso ir ao encontro dos pobres." (Ozanan) E fundou "a sociedade" para eles.
O Evangelho era lido nas reuniões como "pão de cada dia". (Ozanan)
"Amélia foi mulher de verdade..." Diz nossa canção popular. Mas, sim, esse foi o nome da esposa de Ozanan, quando se casou aos 28 anos.
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Vida de Ozanam narrada
Vídeo que conta a vida de Antonio Frederico Ozanam um dos fundadores
da Sociedade de São Vicente de Paulo, os Vicentinos.
Narração: Cfd Amauri lops"
https://www.youtube.com/watch?v=qLeaZioS9MA
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FREDERICO OZANAM
08/09
Nascido na Itália, em 23 de abril de 1813, Antonio Frederico Ozanam viveu na França. Muito de sua vida de caridade e serviço aos pobres se deve ao pai, João Antonio, um exemplo de caridade cristã.
Frederico estudou na Sorbone, uma importante universidade francesa. Neste período envolveu-se com intelectuais cristãos, fazendo do cristianismo um ideal de vida. Entendia que era necessário fundamentar a fé no exercício de uma obra de caridade. Voltou-se para os pobres e norteou a sua vida no sentido de servi-los, a exemplo de seu pai e dos ensinamentos de Jesus Cristo.
Junto de outros jovens cristãos, com o mesmo objetivo, fundou a Sociedade de São Vicente de Paulo, em 1833, uma instituição católica de leigos, direcionada para dar abrigo e assistência aos pobres e aos excluídos. Junto com o acompanhamento caritativo, Frederico pedia que fosse administrado o conforto e a formação religiosa. Por esta visão humanitária e democrática da fé cristã ele é considerado precursor da doutrina social da Igreja.
Frederico Ozanam se casou em 1841 e teve uma filha. Sua vida matrimonial continuou a testemunhar a amor a Cristo. Difundiu sua obra por toda a Europa até o dia em que tomado pela doença passou a residir numa das casas vicentinas, levando vida simples e humilde.
Morreu em 08 de setembro de 1853, em Marselha, França.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
REFLEXÃO Em nosso mundo, onde a publicidade toma conta de muros e telas, os vicentinos são os artesãos da caridade discreta. Uma caridade que é antes de tudo uma partilha. Partilha do que se é e do que se tem, buscando um autêntico desenvolvimento de todo homem e de todos os homens. Partilha não somente do supérfluo, mas do necessário. Esta partilha é bem diferente de uma esmola. Ela é amor e serviço, troca e enriquecimento recíproco.
ORAÇÃO Deus fiel, te agradecemos por ter inspirado o Beato Frederico Ozanam e seus companheiros na criação da Sociedade de São Vicente de Paulo. Deus de amor, te pedimos que nos ajudes a preservar e perpetuar, em sua autenticidade original, o espírito e a visão do Beato Frederico para nos guiar na busca de seu sonho: "abraçar o mundo em uma rede de Caridade". Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Postado por: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
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Luisa de Marillac
Santa Luisa de Marillac nasceu na França, a 12 de agosto de 1591. Contraiu matrimônio com Antônio Le Gras, no dia 5 de fevereiro de 1613. Ao morrer seu esposo, a 21 de dezembro de 1625, fez votos de permanecer viúva.
Sob a direção espiritual de São Vicente de Paulo, dedicou-se a socorrer os Pobres e a organizar as Confrarias de Caridades e, a 29 de novembro de 1633, acolheu suas primeiras auxiliares, com as quais deu início à Companhia das Filhas da Caridade.
Morreu no dia 15 de março de 1660. Beatificada a 9 de maio de 1920, foi canonizada no dia 11 de março de 1934.
A 10 de fevereiro de 1960, João XXIII declarou Santa Luísa de Marillac padroeira de todos os que se dedicam às obras sociais cristãs. Celebração litúrgica: 15 de março
Francisco Régis Clet (pronuncia-se Régis Clé) nasceu em Grenoble - França a 19 de agosto de 1748. Entrou para a Congregação da Missão, foi ordenado sacerdote em Lyon a 27 de março de 1773.
Nomeado para o Seminário Maior de Annecy, aí ensinou Teologia durante uns quinze anos. Em maio de 1788, foi colocado como Diretor do Seminário Interno da Casa Mãe, em Paris.
Diante dos estragos da Revolução Francesa, pediu para partir para as missões estrangeiras. É enviado como missionário para a China e chegou a Macau no dia 15 de outubro de 1791.
Durante trinta anos dedicou-se totalmente à missão na China. Morreu estrangulado, perto de Outchangfou, a 18 de fevereiro de 1820.
Foi beatificado no dia 27 de maio de 1900 e canonizado por João Paulo II, juntamente com mártires chineses, em de 2001. A Festa Litúrgica é no dia 18 de fevereiro.
Joana Antida Thouret (pronuncia-se Turê) nasceu em Sancey-le-Long, Diocese de Besançon (França), aos 27 de novembro de 1765. Em 1787, entrou na Companhia das Filhas da Caridade, na qual viveu até 1793, quando a mesma foi dispersada pela Revolução Francesa.
Mesmo durante a perseguição, não deixou de exercer a Caridade para com os Pobres e doentes na própria paróquia. Substituindo o pároco expulso, manteve viva a fé.
No ano de 1799, fundou, em Besançon, a Congregação das Irmãs de Caridade, sob o patrocínio de São Vicente de Paulo, de cujo espírito e tradição, como gostava de repetir, extraiu as Regras de sua Congregação.
Características de sua santidade foram: generosa doação ao serviço dos Pobres e perseguidos, a perseverança e a fidelidade à própria vocação, ainda em meio a provações, o amor e obediência ao Papa. Celebração litúrgica: 23 de maio.
Ana Elisabeth Seton nasceu em Nova Iorque, a 28 de agosto de 1774, e recebeu toda a sua educação na Igreja Episcopaliana.
A 25 de janeiro de 1794, casou-se com Willian Seton, do qual teve cinco filhos. Quando morreu seu esposo, a 27 de dezembro de 1803, encontrou-se diante de múltiplas dificuldades provenientes de sua família e de seus amigos.
No dia 4 de março de 1805, foi recebida na Igreja Católica. Levando ao mesmo tempo uma vida espiritual intensa e cuidando constantemente da educação de seus filhos, prosseguiu no desejo de dedicar-se totalmente às obras de caridade e de educação, para as quais fundou, em 1809, na Diocese de Baltimore, o Instituto das Irmãs de Caridade, sob o patrocínio de São José, destinado à educação das jovens.
Desejava ardentemente que suas Irmãs se tornassem Filhas da Caridade; conseguiu de Paris as Constituições das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo para as suas Irmãs (em 1850, sua Congregação se uniu à Companhia das Filhas da Caridade).
Em 1812, transferiu sua comunidade para Emmistsburg, onde morreu no dia 4 de janeiro de 1821. Foi proclamada Bem-Aventurada no dia 17 de março de 1963, pelo Papa João XXIII. Foi canonizada pelo Papa Paulo VI, a 14 de setembro de 1975. Celebração litúrgica: dia 4 de janeiro.
Justino de Jacobis nasceu em San Fele, no reino de Nápoles (Itália), a 9 de outubro de 1800. foi admitido na Congregação da Missão, em Nápoles, a 17 de outubro de 1818 e ordenado sacerdote em Brindisi no dia 12 de junho de 1824.
Depois de 15 anos de apostolado na região de Nápoles, particularmente no transcurso do ano de 1836, por ocasião de uma epidemia de cólera, uma nomeação da Congregação para a Propagação da Fé o envio, a 10 d março de 1839, para a Abissínia, para aí fundar uma missão.
Durante 20 anos, Justino de Jacobis entregou-se com afinco à sua missão, como Prefeito Apostólico e, em seguida, como Bispo, após sua ordenação episcopal a 7 de janeiro de 1849.
Tendo sofrido corajosamente diversas perseguições, faleceu no decurso de uma viagem pelo vale de Aligadê, a 31 de julho de 1860. Foi beatificado a 25 de junho de 1939 e canonizado a 26 de outubro de 1975. Celebração litúrgica: 30 de julho.
João Gabriel Perboyre nasceuem Montgesty - França no dia 5 de janeiro de 1802. Entrou para a Congregação da Missão, foi ordenado padre a 23 de setembro de 1826.
Depois de uma estadia em Saint-Flour, trabalhou, em 1826, em Paris, como Diretor do Seminário Interno. Porém, ele desejava ardentemente dedicar-se às missões estrangeiras. No dia 25 de março de 1835, tomou a embarcação rumo a China e desembarcou em Macau.
As primeiras dificuldades : a adaptação, a aprendizagem da língua... Após trabalhos apostólicos em Honan (1836), apesar dos perigos da perseguição, foi traído e preso em 1839.
Os sofrimentos aos quais foi submetido em seu martírio apresentam uma impressionante semelhança com a paixão e morte de Cristo na cruz: traído por um recém-convertido de nome Kioung, vendido por 30 moedas, arrastado de tribunal em tribunal, submetido aos suplícios com requinte de crueldade, vem a falecer em Outchangfou, numa sexta-feira, também pregado numa cruz aos 11 de setembro de 1480. Foi beatificado por Leão XIII a 10 de novembro de 1889 e canonizado pelo Papa João Paulo II no dia 2 de junho de 1996. Celebração litúrgica: 11 de setembro.
Catarina Labouré nasceu em Fains-les-Moutiers, a 2 de maio de 1806 e entrou para a Companhia das Filhas da Caridade, em Paris, a 21 de abril de 1930.
Favorecida com as aparições de Virgem Imaculada e com muitos dons sobrenaturais, viveu modestamente na humildade e no silêncio de seu devotamento ao serviço dos Pobres.
Faleceu santamente no dia 31 de dezembro de 1876. Beatificada a 28 de maio de 1933, foi canonizada a 27 de julho de 1947. Celebração litúrgica: 28 de novembro.
Orfã de mãe em tenra idade teve de assumir a direção da fazenda de seu pai e a educação dos irmãos menores. Aos 24 anos, depois de enfrentar a oposição momentânea do pai a seu projeto de ser Filha da Caridade de São Vicente de Paulo, entra para a Congregação. Após o Postulado feito em Châtillon-sur-Seine, parte para Paris, a fim de fazer seu Noviciado.
É nele recebida a 21 de abril de 1830, na rua du Bac, 140. Passados alguns dias, teve a felicidade de participar das festas da transladação das relíquias de São Vicente de Paulo levadas triunfalmente da Catedral de Notre Dame para a Capela da Casa Mãe dos Padres Lazaristas, na rua de Sèvres, 95.
Contardo Ferrini (1859 - 1902) foi membro da Sociedade de São Vicente de Paulo. Como Frederico Ozanam, professor, serviu-se da ciência como meio para abraçar a verdade.
Formado em Direito na Universidade de Pavia aos 22 anos, foi sucessivamente assistente de História do Direito Romano naquele mesmo estabelecimento e professor efetivo nas Universidades de Messina e de Modena. Desde 1894 até à sua morte, ocorrida em 1902, foi titular da cadeira de Direito Romano novamente em Pavia.
Adquiriu como professor a maior autoridade e conquistou, pelos trabalhos publicados, a admiração de todos.
Foi Vice-Presidente duma Conferência de Pavia na qual introduziu o hábito da troca do beijo da paz no começo das sessões e edificou os irmãos vicentinos pela humildade de trato com os Pobres aos quais visitava.
São Ricardo Ermínio Filippo Pampuri nasceu na localidade de Trivolzio (Itália) a 2 de agosto de 1897.
Estudante na Faculdade de Medicina em Pavia distinguiu-se ativamente como membro do Círculo Universitário Severino Boezio e como membro da Sociedade de São Vicente de Paulo, dando testemunho de sua fé no meio universitário.
Como médico, trabalhou por alguns anos nos hospitais militares. Foi não somente um médico dedicado, mas também um apóstolo engajado nas obras de Deus e nas obras de Caridade para com o próximo. Servia os doentes e, de modo especial, os Pobres, com extrema dedicação.
Em 1927, Ermínio Filippo Pampuri entrou na Ordem dos Bonifratres em Brescia, onde recebeu o nome de Ir. Ricardo. No serviço dedicado aos doentes e Pobres, contraiu a tuberculose, veio a falecer no dia 1o de maio de 1930, cercado de admiração pelo seu testemunho de médico dinâmico, animado de uma intensa e visível Caridade para com os Pobres e doentes.
O Papa João Paulo II canonizou-o no dia 1o de novembro de 1989.
Alberto Hurtado Cruchaga nasceu em Viña del Mar (Chile), no dia 22 de Janeiro de 1901.
Aos quatro anos perdeu o pai e foi obrigado a experimentar a pobreza, pois a mãe teve que vender a sua modesta propriedade para pagar as dívidas. Contudo, graças a uma bolsa de estudos, ele pôde frequentar o Colégio dos Jesuítas em Santiago, onde se tornou membro da Congregação Mariana, manifestando imediatamente um vivo interesse pelos Pobres.
No dia 14 de Agosto de 1923 entrou no noviciado da Companhia de Jesus em Chillán e em 1925 foi mandado para Córdova (Argentina) para completar os estudos humanísticos. Recebeu a Ordenação sacerdotal em Lovaina (Bélgica) no dia 24 de Agosto de 1933.
Retornou ao Chile em 1936 e iniciou o ensino de religião no Colégio Santo Inácio e de pedagogia na Universidade Católica. Encarregado dos estudantes pela Congregação Mariana, conseguiu envolvê-los na catequese para os pobres. Durante um dos cursos de Exercícios, o Pe. Hurtado dirigiu um apelo aos participantes a favor dos muitos pobres da cidade: o pedido foi prontamente acolhido e constituiu o começo da iniciativa que o tornou especialmente conhecido El Hogar de Cristo ("O Lar de Cristo").
Tratava-se de uma forma de atividade caritativa que previa não só dar uma acomodação aos desabrigados, mas ofecerer-lhes também um ambiente semelhante ao da família, onde experimentar a bondade e o carinho.
Após ter passado a sua existência manifestando o amor de Cristo aos pobres, foi chamado por Ele no dia 18 de Agosto de 1952. Foi membro da Sociedade de São Vicente de Paulo.
Foi canonizado pelo Papa Bento XVI no dia 23 de outubro de 2005.
Família Vicentina
mizaelpoggioli@uol.com.br
Serviço de Assessoria - Família Vicentina
Crescer na Espiritualidade Vicentina para melhor amar a Deus, amando e servindo os Pobres.
Boa Notícia aos Pobres!
“Anunciar o Evangelho aos Pobres é despertar neles a fé e a esperança na justiça de Deus.
Quando os “encurvados” pela opressão ouvem a Boa-Nova do Reino como proclamação da libertação fundada na justiça e na misericórdia de Deus para com eles e a acolhem na fé e na esperança, esta Boa-Nova torna-se neles uma força, um fermento que os vai libertando de fato e estendendo o processo de libertação". (Álvaro Barreiro)
Família Vicentina
Veja abaixo alguns Ramos da Família Vicentina
Alguns Ramos da Família Vicentina - Brasil
Instituto das Irmãs de São Vicente de Paulo "Servas dos Pobres" de Gysegen
"Nisto manifestou o amor de Deus por nós em nos ter enviado ao mundo seu Filho único, para que vivamos por Ele" (Jo 4,9).
Sociedade de São Vicente de Paulo
"Eu queria reunir o mundo todo numa grande rede de Caridade" (Frederico Ozanam)
"Seguir os passos da Providência Divina. A misericórdia de Deus!"
Religiosos de São Vicente de Paulo
"Em tudo e acima de tudo, a Caridade é a nossa Regra e nossa Lei suprema".
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Homilia do Papa João Paulo II, Beatificação de Frederico Ozanam
Publicado em 6 de out de 2015
4. Frederico Ozanam amava todos os necessitados. Desde a sua juventude, tomou consciência de que não bastava falar da caridade e da missão da Igreja no mundo: isto devia traduzir-se num empenho efetivo dos cristãos no serviço dos pobres. Estava assim em sintonia com a intuição de São Vicente: «Amemos a Deus, meus irmãos, amemos a Deus, mas que isto aconteça com os nossos braços e com o suor do nosso rosto» (São Vicente de Paulo, XI, 40). Para o manifestar de maneira concreta, com a idade de vinte e cinco anos, com um grupo de amigos, criou as Conferências de São Vicente de Paulo, cuja finalidade era a ajuda aos mais pobres, num espírito de serviço e de partilha. Bem depressa, estas Conferências difundiram-se fora de França, em todos os países da Europa e do mundo. Eu mesmo, como estudante, antes da segunda guerra mundial, fiz parte de uma delas.
O amor pelos mais miseráveis, por aqueles de quem ninguém se ocupa, já está no centro da vida e das preocupações de Frederico Ozanam. Ao falar destes homens e destas mulheres, ele escreve: «Deveríamos cair aos seus pés e dizer-lhes com o Apóstolo: “Tu es Dominus meus”. Vós sois os nossos mestres e nós seremos os vossos servidores; sois para nós as imagens sagradas deste Deus que não vemos e, não sabendo amar doutra maneira, nós O amamos nas vossas pessoas» (A Louis Janmot).
6. O Beato Frederico Ozanam, apóstolo da caridade, esposo e pai de família exemplar, grande figura do laicado católico do século XIX, foi um universitário que assumiu uma parte importante no movimento das ideias do seu tempo. Estudante, professor eminente primeiro em Lião e depois em Paris, na Sorbona, teve em vista antes de tudo a investigação e a comunicação da verdade, na serenidade e no respeito das convicções daqueles que não partilhavam as suas. «Aprendamos a defender as nossas convicções sem odiar os nossos adversários, escrevia ele, a amar aqueles que pensam diversamente de nós [...] lamentemo-nos menos dos nossos tempos e mais de nós mesmos» (Cartas, 9 de Abril de 1851).
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