HOMENAGEM A EMILY BRONTË
Quando certa vez declarei que gostava do romance “O Morro dos Ventos Uivantes” – aliás, não só gosto como é o meu predileto –, alguém perguntou por que eu gostava dele; perguntou como se não houvesse nenhum motivo para gostar. Bem, gosto não se discute; mas essa não é a única resposta que dou tratando-se de gostar desse romance. É verdade que a história é trágica, onde se retrata um amor conturbado, paixão forte e quase violenta; mas talvez seja isso que me fascina. Entretanto, não apenas isso. Eu sou apaixonado pela autora Emily Brontë; por ela ter quebrado padrões ortodoxos da época com o seu único romance que a celebrizou universalmente – Wuthering Heights –, sendo ela uma garota tímida, retraída, fechada em si mesma. Não acreditava na obra que a imortalizou; não escreveu pensando em fazer sucesso e se tornar famosa. Derramou os seus sentimentos mais secretos no romance que escandalizou a sociedade da época (século XIX), e é isso que faz com que até hoje seja considerado um dos romances mais célebres da literatura universal. Os sentimentos retraídos de Emily Jane Brontë, sua personalidade des-pretensiosa e ao mesmo tempo forte, foram projetados no romance, através de seus personagens, tornando-o belo e apreciável. Esta é minha opinião. Mas adianto que estou muito longe de ser um crítico literário – não tenho tal pretensão. Apenas desejo prestar aqui minha humilde homenagem a essa escritora britânica, que neste mês, 30 de julho de 2017, estaria completando 199 anos. Ela faleceu com apenas 30 anos de idade.
Toca-me profundamente sua frase:
“Se a mais vil das criaturas me esbofeteasse, eu não lhe retribuiria
a ofensa, mas lhe pediria perdão por havê-la provocado”.