PAI DO MEU PAI
O Pai do meu Pai, meu avô, era homem do campo
Era rude, bravio, mas era um encanto
Um avô carinhoso, no fundo bondoso, me paparicava
Passava férias com ele e nunca queria voltar para casa
Ele morava em um sítio, que era um paraíso
Rios, montanhas, invernadas, florestas
Passei muitas férias com ele, fui muito feliz
Eu era uma neta querida, ele, o avô que eu sempre quis
Era homem sacudido, na lida do sítio
Montava cavalos, mexia com bois
Era um homem honrado, virtude notória
O fio do bigode era a promissória
Meu avô já se foi, não está mais aqui
Mas em minha memória sempre terei sua imagem
Hoje não posso abraçá-lo ou beijá-lo ou dizer que o amo
Só me resta render-lhe esta singela homenagem!