Ao som de The Moon Song - Karen O
Um apartamento. Pequeno. De alguém com quem eu possa me sentir vulnerável, com pouca roupa, com pouco cuidado nas palavras, exprimindo qualquer coisa que venha à tona sem titubear.
Livros próximos à cabeceira. De manhã, os braços acordam amarrando os corpos perto um do outro, mas frouxos, sem medo de que alguém saia dali antes do tempo. Acorda-se lentamente, com um gosto doce na boca, um carinho, porque tudo é carinho, uma declaração logo ali, de cara, porque amar finalmente não é uma fraqueza: desta vez, é força.
Amar finalmente não é entregar ao outro a possibilidade deste me machucar profundo e torcer para que não aconteça,
mas ME entregar ao outro sem medo de qualquer coisa e numa confiança como que familiar.
Nesta casa, e fora dela, tudo tem suas formas novamente, linhas como desenhadas artisticamente, as orelhas tocam sua própria trilha sonora...
tudo caminha...sem medo...descobrindo.