A ESPOSA DO EX PRESIDENTE ....

Promotores ouvidos por ISTOÉ na última semana afirmaram que a ex-primeira dama “brinca com a Justiça”. O caso do tríplex no Guarujá é alvo de processo criminal por ocultação de propriedade.

Envolve diretamente o ex-presidente Lula e Marisa está entre os denunciados por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Autoridades acumulam provas de que a família do ex-presidente seria beneficiada pela OAS com o apartamento na cobertura no Edifico Solaris.

O imóvel passou por uma série de melhorias pagas pela construtora envolvida no Petrolão.

As obras foram acompanhadas de perto pela ex-primeira-dama, segundo depoimentos e fotografias que estão no processo.

Diante das evidências, Marisa e Lula levantaram uma série de versões, desmontadas uma atrás da outra.

Alegaram que tinham apenas uma cota de uma unidade vendida pela Bancoop, que repassou o empreendimento à OAS após quebrar.

Afirmaram, em 2015, que Marisa visitou o tríplex. Mas não tinha decidido se pediria o dinheiro investido ou ficaria com um imóvel no prédio.

Uma hipótese que, como ISTOÉ mostrou, não existia. A decisão de ficar com o apartamento ou não, tinha de ser tomada em 2009, segundo o termo que transferiu o empreendimento para a OAS.

Quem não o fez foi acionado na Justiça, com exceção da família Lula. Chama a atenção também que os defensores da ex-primeira-dama não anexaram comprovantes de pagamento ao processo.

A segunda “brincadeira” de dona Marisa com a Justiça é ainda mais polêmica.

A ex-primeira-dama, o filho Fábio Luís e a nora Renata Moreira querem R$ 100 mil cada um da União.

Dizem ter sofrido danos morais com a ordem do juiz Sergio Moro de tirar o sigilo das interceptações telefônicas feitas pela Lava Jato.

O “dano” que alegam ter passado foi a divulgação de ligações em que Marisa usa palavras de baixo calão para se referir aos críticos do PT. ]

Manda os “coxinhas”, contrários ao governo, “enfiarem suas panelas no c…”.

Ela parece se esquecer a razão que levou as gravações a serem feitas.

Lula é suspeito de praticar crimes, incluído ocultar a propriedade do tríplex.

Não foi um grampo ilegal ou uma ação promovida por um regime ditatorial.

Pelo contrário.

A decisão partiu de um juiz e foi referendada por outras cortes.

Tampouco a ex-primeira-dama parece se dar conta do que indignou a sociedade. É de se estranhar, aliás, que Marisa reaja assim a protestos.

Logo ela, que esteve junto ao marido em greves e movimentos oposicionistas desde o final da década de 70.

Não precisa ser jurista para saber que, em ambos os processos, Marisa faz troça da Justiça e da opinião pública.