MINHA SINA *

À escritora e poetisa, Priscilla Soares.

Corro das mágoas,

corro do sentido,

e corro do nada,

em busca de tudo.

Vivo no tempo,

e sofro com as vozes.

Se, perco de mim,

aguardo a sorte.

Em minha sina,

culpo os devaneios.

E se brigo com as cifras,

fico ardente em versos.

Minha fragilidade congela,

na força de um mundo doente,

e enquanto minha sentença

prospera perdida,

componho parado,

um novo verso.

Estação do Cercado (MG), 18 de abril de 2017.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 20/04/2017
Reeditado em 04/06/2017
Código do texto: T5976183
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