MINHA SINA *
À escritora e poetisa, Priscilla Soares.
Corro das mágoas,
corro do sentido,
e corro do nada,
em busca de tudo.
Vivo no tempo,
e sofro com as vozes.
Se, perco de mim,
aguardo a sorte.
Em minha sina,
culpo os devaneios.
E se brigo com as cifras,
fico ardente em versos.
Minha fragilidade congela,
na força de um mundo doente,
e enquanto minha sentença
prospera perdida,
componho parado,
um novo verso.
Estação do Cercado (MG), 18 de abril de 2017.