BORBOLETAS
Desejo, pintar os versos, das minhas poesias, com essas manifestações admiráveis, dessas briosas aquarelas.
Aplaudindo essas meninas, jovens neófitas, adolescentes, essas borboletas..., recém-saídas, dos seus casulos,
E interpretar, delinear, festejar, essas ricas personalidades, dessa natureza feminina, e suas metamorfoses...
Reverenciando, as suas angústias, as suas aspirações, as suas limitações, as suas ilusões, os seus mais invernos.

Seus temores, seus suaves encantos, essa sensualidade, inerente a toda mulher, velejando por esses oceanos...
A adjetivar, a declamar, esse mar, esses rios, esses riachos, que sangram as primeiras gotas, transformando-as,
A deixar, voar..., distanciar a sua infância..., a dar outros significados à mulher, ao seu humor, aos seus objetivos.
Pretendo desenhar as primaveras floridas ,dessas rainhas, dessas súditas, essas mulheres, flores que germinam...

E quero ouvir os ecos, dessas sinfonias, suas vozes, ver o brilho dessa constelação, essa eterna canção de amor.
Ver esse Sol, de que é esplendor a mulher, e em cujo, em cada temperamento, evidencia-se um mundo próprio,
Que são as gaiolas abertas, pássaros voando para o mundo, em busca de liberdade, em busca dos seus espaços...

Cantando canções de amor e saudade que trazem no imo, e as faz sonhar, surfar, nas ondas do amor verdadeiro.
A notar que as suas lágrimas, são gotas de orvalho, irrigando suas esperanças..., regando os amores de sua vida...
A ver voar, gaivotas, andorinhas entre outras borboletas risonhas..., coloridas..., a adjetivar o que é sublime.
Albérico Silva