Curitiba, 07 de Dezembro de 2006.
Depoimentos.
Adhemar Sprenger Ribas
Marga de Melo Ribas
Diogo de Melo Ribas
Luana de Melo Ribas
Marco Aurélio Sprenger Ribas
Ana Cristina Fagundes Ribas
Rafael Arruda Ribas
Bárbara Fagundes Ribas
César Sprenger Ribas
João de Azevedo Barbosa Ribas Filho
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Só realiza quem sonha...Você perseguiu seus sonhos e os realizou...O coroamento deles se dá hoje com a distinção que lhe é merecida..Parabéns por esse sucesso..Beijos.
Seu filho, nora, netos, Adhemar, Marga, Diogo e Luana.
Minha vó, uma pessoa com uma personalidade definidíssima, sabendo exatamente o que fazer, sempre!
Com seu jeito de ser, conquista todos e por onde vai, arrasta os amigos.
Diogo, neto.
Pessoa de personalidade única e caráter mil, vó única, e
mulher mil, amada por mim, e mais mil.
Luana, neta
Brasília.
----------------------------------------
Mãe:
Não poderíamos deixar de registrar neste momento de grande glória, a satisfação que sentimos, eu, Cristina, Rafael e Bárbara, ao vê-la ser convidada a ocupar uma Cadeira na Academia Feminina de Letras do Paraná.
Com seus 73 anos de vida, bem vividos, ao longo de sua vida pessoal, familiar e profissional, sempre procurou exercer suas atividades e obrigações com muita dedicação, determinação, entusiasmo e perseverança.
Temos a certeza que neste novo desafio, quando passará a fazer parte integrante desta conceituada Academia, muito irá contribuir com o seu elevado conhecimento, a sua amizade e sabedoria.
Continue com esta determinação de vencer novos obstáculos. Estamos certos que durante muitos anos ainda teremos a oportunidade vê-la almejando novos desafios.
Marco Aurélio, Cristina, Rafael e Bárbara.
Curitiba, 05 de dezembro de 2006.
O que falar desta pessoa que é tão especial e tão presente em minha vida? Certamente ela tem uma cabeça à frente dos outros, sempre aberta para novas idéias e uma criatividade e originalidade fora do normal.
Não tem como descrever uma pessoa que já inovou ao escrever um livro com suas netas, o qual não foi levado a sério pelos outros ate o momento em que foi publicado. Com certeza, uma poeta, uma amiga, uma avó. Uma avó que eu amo muito...
Beijos da Tane, Curitiba.
_______________________________________
“Curriculum Vitae e Fã Número Um”
Qual o momento da existência de uma menina em que os trejeitos delicados transformam-se no sentimento mais profundo de ternura? Quando a meiguice de um carinho passa a ser a mais transparente e sincera demonstração de amor por um homem, ou um filho? Em que tempo ocorre a metamorfose transformando a graça infantil na explosão da beleza física? Que mistério é este que faz com que uma menina de um dia para outro, lá pelos 12 ou 13 anos esmere-se por cuidar mais ainda de seus atributos, pintando as unhas, maquiando-se, passando um “batonzinho básico”, escolhendo as roupas que mais lhe valorizem as formas?
Alguns poderiam dizer que as mulheres não são apenas a beleza, sensibilidade, ternura e o amor. São muito mais do que isto, são inteligência, superação, doação, determinação, equilíbrio, força, carisma, entre outras qualificações. Eu diria que as mulheres são o reflexo de própria alma absolutamente feminina.
Ah! A alma feminina... Complexa e envolvente alma feminina. Obscura para a maior parte dos homens. É na alma feminina que se encontram os sentimentos mais profundos assim como todas as qualidades da personalidade das mulheres. É na alma feminina que se escondem as contradições, a ansiedade, as incertezas, os temores das mulheres, que também os tem.
Quanto à mulher de quem especialmente discorrerei, tenho para mim que existe nela uma alma feminina equilibrada pela passagem dos anos, amparada por experiências familiares, profissionais, por vitórias e realizações, alma esta associada a um lado prático, profissional, quase técnico, tudo isto revestido por uma cultura geral adquirida em face das diversas experiências profissionais que vivenciou assim como pela diversidade das localidades em que teve oportunidade de morar.
Isabel, minha mãe, no início eram apenas as duas negras tranças que balançavam como que exclusivamente para agradar seu Pai Adhemar. Julgo que tenha sido este o momento em que a menina meiga e bonita deixava de ser criança e tornava-se mulher. Depois vieram 170 centímetros ou de forma mais corriqueira um metro e setenta da exuberante beleza de mulher no auge de sua juventude física. Naquela época ainda que já bastasse isto, a jovem Isabel queria mais. Quem sabe, talvez a mera transformação física não fosse suficiente para realiza-la.
Isabel queria mais!
Durante os anos de sua formação junto ao Instituto de Educação do Paraná, habilitou-se para educar, como fizera sua mãe Dinorah e uma de suas queridas mestras, entre outras, Dna. Helena. Nesta ocasião apresentavam-se como evidentes suas características de personalidade que a acompanhariam por toda sua vida. O encanto mágico de seu carisma, a sensibilidade a flor da pele, a emoção pronta para explodir em qualquer momento ou local.
Com a formatura, depois das tranças veio o garbo! Encantou-se com um rapaz, militar começando sua vida profissional. Ela, então, com 16 anos, ele com 21. Casaram-se em 1953.
Como poderiam saber que após mais de 53 anos ainda estariam juntos, afinal corria ainda o ano de 1950?
Após o casamento vieram os filhos, três homens, ainda que a esperança desde o início fosse por uma mulher, que somente veio mais de trinta anos depois através de duas netas, que com certeza valem pelas filhas que não tiveram. Outros dois netos anteriormente haviam nascido e assim a família, acrescida de duas noras atingiu o significativo número de onze pessoas, número este que se espera seja rapidamente aumentado, cabendo tal responsabilidade aos dois netos e duas netas, que já a algum tempo igualmente afloram para suas próprias vidas.
Iniciada propriamente a vida adulta, Isabel, João e os filhos passaram por todos aqueles fatos que em razão das dificuldades e precariedades daquela época viriam a unir a família, hoje sendo lembrados aqueles tempos como os anos dourados destas pessoas.
Brasília estava então sendo construída e a juventude do casal, aliada à busca de aventura fez com que todos fossem pela primeira vez morar na nova Capital Federal que nascia entre árvores disformes do cerrado e estradas empoeiradas. Lá Isabel por alguns anos deu aulas no Colégio Dom Bosco.
Em meados da década de 60 volta Isabel ao Paraná, mais especificamente a Curitiba, continuando seu ofício como professora na escola Professora Júlia Wanderley. Mas se fazia necessária maior formação e escolheu Isabel o curso de Filosofia Plena para além de aumentar seu horizonte profissional quiçá dissipar suas dúvidas existenciais que eclodiam em sua alma feminina.
Na década de 70, especificamente no ano de 1975, ano em que faleceu sua mãe, mais uma vez Isabel e sua família voltam a residir na cidade de Brasília, lá ficando até o término do ano de 1979, quando passa novamente a morar em Curitiba.
Em 1981 falece seu Pai, e em 1984 o casal Isabel e João agora, já sem os filhos, que davam seus primeiros passos em suas atividades profissionais, retorna pela terceira vez à Brasília lá ficando até o ano de 1993, quando pela mais recente vez voltam a residir na cidade de Curitiba.
Durante os anos de 1976 a 1993, período em que morou em Brasília, Isabel desempenhou atividades profissionais junto ao Instituto de Planejamento e Pesquisa Aplicada – IPEA, como técnica em Planejamento, vindo a aposentar-se naquela ocasião.
Começava então outra etapa da vida da Senhora Isabel que, aposentada, com certeza dedicaria a integralidade de seu tempo às atividades de administração de sua residência.
Mas Isabel queria mais!
Durante toda sua existência nunca afastou-se das Letras, sendo incontáveis seus textos em prosa ou poesia, escritos quase que diariamente ao longo de mais de 50 anos.
Aposentada ainda lhe restava muito a fazer. Precisava continuar participando, contribuindo, acrescentando! Durante sua vida muitas foram as amizades por ela cultivadas que, aliadas a sua experiência e formação, lhe permitiram passar a fazer parte de um grupo de mulheres Soroptimistas, beneméritas e abnegadas, sendo recentemente coroada sua participação na entidade como Presidente de um clube do Estado do Paraná.
Dedicou-se, também, Isabel nos últimos anos a escrever livros, que rapidamente passaram a ter o reconhecimento da comunidade de todo o Estado do Paraná, e mesmo fora, livros estes cujo teor neste momento não seria pertinente discorrer, por ter cada um deles um significado especial para a autora, o que tornaria necessário um relato significativamente detalhado e que seria mais fidedigno se feito pela própria.
Bem, Isabel esta é a síntese de sua vida, que sempre foi caracterizada pela dedicação à sua família, busca do conhecimento e aprimoramento profissional, sem contudo nunca afastar-se de seu mais íntimo desejo de escrever.
Para mim, como seu filho, mais do que meramente relatar de forma sucinta seu caminho pela vida, tal qual um “curricullum vitae”, desejo tornar público minha admiração por tudo que realizou e pelo que com certeza ainda fará em prol da cultura da comunidade paranaense. Falando em nome de sua família, ainda que sem poderes específicos a mim outorgados por todos, tenho certeza de que minhas palavras representam o que seu marido, seus três filhos, suas duas noras e seus quatro netos pensam de você. Somos todos seus “fãs número um” e continuando no plágio declarado à Guilherme Arantes, estaremos sempre sentados na primeira filha, ali no gargarejo aplaudindo de pé por suas novas realizações agora como Acadêmica titular da cadeira número 29 da Academia Paranaense de Letras Feminina, a qual agradeço em razão da consideração e apreço que destinam a você com a indicação para tão representativa homenagem.
Curitiba, 05 de dezembro de 2.006.
Júlio César Sprenger Ribas, Curitiba.
____________________________________
À Isabel.
Esposa e companheira nessa longa jornada de vida, iniciada a mais de cinqüenta anos, demonstrou sempre iniciativa, motivação e dedicação, ao formar, criar e educar os filhos e netos.
Com grande habilidade nas Artes, na pintura, poesia e letras, batalhou, lutou e venceu nas suas empreitadas e hoje recebe os louros de seu trabalho.
Parabéns pelo ingresso e justa investidura na Academia Feminina de Letras do Paraná.
João, Curitiba.
______________________________________
Nota final.
Ao ler os depoimentos que meus filhos, noras e netos haviam encaminhado, rememorei o trajeto percorrido e percebi, mais uma vez, que as pedras do meu caminho, onde muitas vezes machuquei os pés, foram todas necessárias. A Sabedoria Divina possibilita erros, os nossos e os alheios e proporciona os percalços e as vitórias, para que se saiba avaliar o que significa a Vida, o dom supremo e a dádiva máxima.
Humilde, digo obrigada. Muito humilde, pois não estou certa de ser merecedora de tudo o que possuo...
Dizem que sim...A dúvida é minha.
Porém, estou absolutamente certa, eu nada teria feito sozinha...
Sem as minhas origens que me orgulham, sem a amada família que ajudei a construir e sem o afeto dos meus amigos, motivo contínuo do meu respeito.
Observação.
Foram respeitados a maneira de ser, o modo de cada neto me chamar: o “minha vó”, de Diogo, a objetividade de Luana, o apelido de Bárbara, Tane, que é neta ao inverso. A idéia de colher depoimentos e coloca-los por escrito, com o objetivo de não ampliar o tempo da cerimônia, em respeito às pessoas, extrapolou a minha expectativa. Esta, certamente, uma tarde para lembrar em minha vida!
isabel Sprenger Ribas
Constatação.
iSR.
... e o TODO começa a dois...
Assim,
como a noite e o dia,
o diamante e a platina,
o lombo e o açoite,
a lavadeira e sua tina,
o homem e a mulher...
Assim,
como o sorriso e a dor,
o cão e a pulga,
o ódio e o amor,
o tombo e o chão,
a uva e o tacho...
Assim,
como a fêmea e o macho,
o azar e a sorte
a vida e a morte,
na mais antiga, eterna e contínua
afirmação,
o TODO começa a dois...
isabel Sprenger Ribas
Depoimentos.
Adhemar Sprenger Ribas
Marga de Melo Ribas
Diogo de Melo Ribas
Luana de Melo Ribas
Marco Aurélio Sprenger Ribas
Ana Cristina Fagundes Ribas
Rafael Arruda Ribas
Bárbara Fagundes Ribas
César Sprenger Ribas
João de Azevedo Barbosa Ribas Filho
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Só realiza quem sonha...Você perseguiu seus sonhos e os realizou...O coroamento deles se dá hoje com a distinção que lhe é merecida..Parabéns por esse sucesso..Beijos.
Seu filho, nora, netos, Adhemar, Marga, Diogo e Luana.
Minha vó, uma pessoa com uma personalidade definidíssima, sabendo exatamente o que fazer, sempre!
Com seu jeito de ser, conquista todos e por onde vai, arrasta os amigos.
Diogo, neto.
Pessoa de personalidade única e caráter mil, vó única, e
mulher mil, amada por mim, e mais mil.
Luana, neta
Brasília.
----------------------------------------
Mãe:
Não poderíamos deixar de registrar neste momento de grande glória, a satisfação que sentimos, eu, Cristina, Rafael e Bárbara, ao vê-la ser convidada a ocupar uma Cadeira na Academia Feminina de Letras do Paraná.
Com seus 73 anos de vida, bem vividos, ao longo de sua vida pessoal, familiar e profissional, sempre procurou exercer suas atividades e obrigações com muita dedicação, determinação, entusiasmo e perseverança.
Temos a certeza que neste novo desafio, quando passará a fazer parte integrante desta conceituada Academia, muito irá contribuir com o seu elevado conhecimento, a sua amizade e sabedoria.
Continue com esta determinação de vencer novos obstáculos. Estamos certos que durante muitos anos ainda teremos a oportunidade vê-la almejando novos desafios.
Marco Aurélio, Cristina, Rafael e Bárbara.
Curitiba, 05 de dezembro de 2006.
O que falar desta pessoa que é tão especial e tão presente em minha vida? Certamente ela tem uma cabeça à frente dos outros, sempre aberta para novas idéias e uma criatividade e originalidade fora do normal.
Não tem como descrever uma pessoa que já inovou ao escrever um livro com suas netas, o qual não foi levado a sério pelos outros ate o momento em que foi publicado. Com certeza, uma poeta, uma amiga, uma avó. Uma avó que eu amo muito...
Beijos da Tane, Curitiba.
_______________________________________
“Curriculum Vitae e Fã Número Um”
Qual o momento da existência de uma menina em que os trejeitos delicados transformam-se no sentimento mais profundo de ternura? Quando a meiguice de um carinho passa a ser a mais transparente e sincera demonstração de amor por um homem, ou um filho? Em que tempo ocorre a metamorfose transformando a graça infantil na explosão da beleza física? Que mistério é este que faz com que uma menina de um dia para outro, lá pelos 12 ou 13 anos esmere-se por cuidar mais ainda de seus atributos, pintando as unhas, maquiando-se, passando um “batonzinho básico”, escolhendo as roupas que mais lhe valorizem as formas?
Alguns poderiam dizer que as mulheres não são apenas a beleza, sensibilidade, ternura e o amor. São muito mais do que isto, são inteligência, superação, doação, determinação, equilíbrio, força, carisma, entre outras qualificações. Eu diria que as mulheres são o reflexo de própria alma absolutamente feminina.
Ah! A alma feminina... Complexa e envolvente alma feminina. Obscura para a maior parte dos homens. É na alma feminina que se encontram os sentimentos mais profundos assim como todas as qualidades da personalidade das mulheres. É na alma feminina que se escondem as contradições, a ansiedade, as incertezas, os temores das mulheres, que também os tem.
Quanto à mulher de quem especialmente discorrerei, tenho para mim que existe nela uma alma feminina equilibrada pela passagem dos anos, amparada por experiências familiares, profissionais, por vitórias e realizações, alma esta associada a um lado prático, profissional, quase técnico, tudo isto revestido por uma cultura geral adquirida em face das diversas experiências profissionais que vivenciou assim como pela diversidade das localidades em que teve oportunidade de morar.
Isabel, minha mãe, no início eram apenas as duas negras tranças que balançavam como que exclusivamente para agradar seu Pai Adhemar. Julgo que tenha sido este o momento em que a menina meiga e bonita deixava de ser criança e tornava-se mulher. Depois vieram 170 centímetros ou de forma mais corriqueira um metro e setenta da exuberante beleza de mulher no auge de sua juventude física. Naquela época ainda que já bastasse isto, a jovem Isabel queria mais. Quem sabe, talvez a mera transformação física não fosse suficiente para realiza-la.
Isabel queria mais!
Durante os anos de sua formação junto ao Instituto de Educação do Paraná, habilitou-se para educar, como fizera sua mãe Dinorah e uma de suas queridas mestras, entre outras, Dna. Helena. Nesta ocasião apresentavam-se como evidentes suas características de personalidade que a acompanhariam por toda sua vida. O encanto mágico de seu carisma, a sensibilidade a flor da pele, a emoção pronta para explodir em qualquer momento ou local.
Com a formatura, depois das tranças veio o garbo! Encantou-se com um rapaz, militar começando sua vida profissional. Ela, então, com 16 anos, ele com 21. Casaram-se em 1953.
Como poderiam saber que após mais de 53 anos ainda estariam juntos, afinal corria ainda o ano de 1950?
Após o casamento vieram os filhos, três homens, ainda que a esperança desde o início fosse por uma mulher, que somente veio mais de trinta anos depois através de duas netas, que com certeza valem pelas filhas que não tiveram. Outros dois netos anteriormente haviam nascido e assim a família, acrescida de duas noras atingiu o significativo número de onze pessoas, número este que se espera seja rapidamente aumentado, cabendo tal responsabilidade aos dois netos e duas netas, que já a algum tempo igualmente afloram para suas próprias vidas.
Iniciada propriamente a vida adulta, Isabel, João e os filhos passaram por todos aqueles fatos que em razão das dificuldades e precariedades daquela época viriam a unir a família, hoje sendo lembrados aqueles tempos como os anos dourados destas pessoas.
Brasília estava então sendo construída e a juventude do casal, aliada à busca de aventura fez com que todos fossem pela primeira vez morar na nova Capital Federal que nascia entre árvores disformes do cerrado e estradas empoeiradas. Lá Isabel por alguns anos deu aulas no Colégio Dom Bosco.
Em meados da década de 60 volta Isabel ao Paraná, mais especificamente a Curitiba, continuando seu ofício como professora na escola Professora Júlia Wanderley. Mas se fazia necessária maior formação e escolheu Isabel o curso de Filosofia Plena para além de aumentar seu horizonte profissional quiçá dissipar suas dúvidas existenciais que eclodiam em sua alma feminina.
Na década de 70, especificamente no ano de 1975, ano em que faleceu sua mãe, mais uma vez Isabel e sua família voltam a residir na cidade de Brasília, lá ficando até o término do ano de 1979, quando passa novamente a morar em Curitiba.
Em 1981 falece seu Pai, e em 1984 o casal Isabel e João agora, já sem os filhos, que davam seus primeiros passos em suas atividades profissionais, retorna pela terceira vez à Brasília lá ficando até o ano de 1993, quando pela mais recente vez voltam a residir na cidade de Curitiba.
Durante os anos de 1976 a 1993, período em que morou em Brasília, Isabel desempenhou atividades profissionais junto ao Instituto de Planejamento e Pesquisa Aplicada – IPEA, como técnica em Planejamento, vindo a aposentar-se naquela ocasião.
Começava então outra etapa da vida da Senhora Isabel que, aposentada, com certeza dedicaria a integralidade de seu tempo às atividades de administração de sua residência.
Mas Isabel queria mais!
Durante toda sua existência nunca afastou-se das Letras, sendo incontáveis seus textos em prosa ou poesia, escritos quase que diariamente ao longo de mais de 50 anos.
Aposentada ainda lhe restava muito a fazer. Precisava continuar participando, contribuindo, acrescentando! Durante sua vida muitas foram as amizades por ela cultivadas que, aliadas a sua experiência e formação, lhe permitiram passar a fazer parte de um grupo de mulheres Soroptimistas, beneméritas e abnegadas, sendo recentemente coroada sua participação na entidade como Presidente de um clube do Estado do Paraná.
Dedicou-se, também, Isabel nos últimos anos a escrever livros, que rapidamente passaram a ter o reconhecimento da comunidade de todo o Estado do Paraná, e mesmo fora, livros estes cujo teor neste momento não seria pertinente discorrer, por ter cada um deles um significado especial para a autora, o que tornaria necessário um relato significativamente detalhado e que seria mais fidedigno se feito pela própria.
Bem, Isabel esta é a síntese de sua vida, que sempre foi caracterizada pela dedicação à sua família, busca do conhecimento e aprimoramento profissional, sem contudo nunca afastar-se de seu mais íntimo desejo de escrever.
Para mim, como seu filho, mais do que meramente relatar de forma sucinta seu caminho pela vida, tal qual um “curricullum vitae”, desejo tornar público minha admiração por tudo que realizou e pelo que com certeza ainda fará em prol da cultura da comunidade paranaense. Falando em nome de sua família, ainda que sem poderes específicos a mim outorgados por todos, tenho certeza de que minhas palavras representam o que seu marido, seus três filhos, suas duas noras e seus quatro netos pensam de você. Somos todos seus “fãs número um” e continuando no plágio declarado à Guilherme Arantes, estaremos sempre sentados na primeira filha, ali no gargarejo aplaudindo de pé por suas novas realizações agora como Acadêmica titular da cadeira número 29 da Academia Paranaense de Letras Feminina, a qual agradeço em razão da consideração e apreço que destinam a você com a indicação para tão representativa homenagem.
Curitiba, 05 de dezembro de 2.006.
Júlio César Sprenger Ribas, Curitiba.
____________________________________
À Isabel.
Esposa e companheira nessa longa jornada de vida, iniciada a mais de cinqüenta anos, demonstrou sempre iniciativa, motivação e dedicação, ao formar, criar e educar os filhos e netos.
Com grande habilidade nas Artes, na pintura, poesia e letras, batalhou, lutou e venceu nas suas empreitadas e hoje recebe os louros de seu trabalho.
Parabéns pelo ingresso e justa investidura na Academia Feminina de Letras do Paraná.
João, Curitiba.
______________________________________
Nota final.
Ao ler os depoimentos que meus filhos, noras e netos haviam encaminhado, rememorei o trajeto percorrido e percebi, mais uma vez, que as pedras do meu caminho, onde muitas vezes machuquei os pés, foram todas necessárias. A Sabedoria Divina possibilita erros, os nossos e os alheios e proporciona os percalços e as vitórias, para que se saiba avaliar o que significa a Vida, o dom supremo e a dádiva máxima.
Humilde, digo obrigada. Muito humilde, pois não estou certa de ser merecedora de tudo o que possuo...
Dizem que sim...A dúvida é minha.
Porém, estou absolutamente certa, eu nada teria feito sozinha...
Sem as minhas origens que me orgulham, sem a amada família que ajudei a construir e sem o afeto dos meus amigos, motivo contínuo do meu respeito.
Observação.
Foram respeitados a maneira de ser, o modo de cada neto me chamar: o “minha vó”, de Diogo, a objetividade de Luana, o apelido de Bárbara, Tane, que é neta ao inverso. A idéia de colher depoimentos e coloca-los por escrito, com o objetivo de não ampliar o tempo da cerimônia, em respeito às pessoas, extrapolou a minha expectativa. Esta, certamente, uma tarde para lembrar em minha vida!
isabel Sprenger Ribas
Constatação.
iSR.
... e o TODO começa a dois...
Assim,
como a noite e o dia,
o diamante e a platina,
o lombo e o açoite,
a lavadeira e sua tina,
o homem e a mulher...
Assim,
como o sorriso e a dor,
o cão e a pulga,
o ódio e o amor,
o tombo e o chão,
a uva e o tacho...
Assim,
como a fêmea e o macho,
o azar e a sorte
a vida e a morte,
na mais antiga, eterna e contínua
afirmação,
o TODO começa a dois...
isabel Sprenger Ribas