E apareceu a Margarida

Dona Margarida Guadalupe iniciou a décima década de sua venturosa existência rodeada de dezenas e dezenas de parentes, amigos, admiradores. Ato religioso concorrido e um prolongado almoço celebratório marcaram o auspicioso encontro.

Na contagem oficial, estamos a nove anos e 364 dias para a celebração de seu centenário. E este, a apenas mais dez anos para esta itaunense fazer parte do exclusivíssimo clube dos Supercentenários, que reúne maiores de 110. Encontre-os no google espalhados mundo afora, principalmente no Japão e nos Estados Unidos, um reino onde as mulheres, numa proporção superior a 9 por 1 em relação aos homens, dão uma lição de humanidade e de bem-viver.

Dona Margarida é a flor em pessoa, corpo e alma. Última remanescente do clã dos Carvalhos itaunenses, desposou o dentista e educador Antônio Guadalupe - de raízes cariocas - e, justamente em Lagoa da Prata, MG, vieram os frutos promissores e vitoriosos dessa abençoada união.

Impossível para um forâneo pitanguiense tentar elencar todos os presentes que prestigiaram o acontecimento sem incorrer na imperdoável falha de citar nominalmente todos os circunstantes.

Mas cumpre registrar que a aura de felicidade reinante estava estampada no ar, e no rosto e coração de todos, numa prova de apreço e agradecimento a esta exemplar e virtuosa "mater familiae" que sempre soube preservar e incutir os valores de uma vida inteiramente dedicada à construção e consolidação do lar.

A afabilidade imperturbável e a elegância nata da aniversariante estavam marcados em seu olhar, seu sorriso, seus gestos, e nesse contexto, instantaneamente, selfies celebratórias espalharam-se pelo orbe. Uma nota de genuína alegria em meio a um mundo dissonante, onde dramas, tragédias têm, infelizmente, ocupado maiormente o espaço da mídia e das redes sociais.

E que viva Dona Margarida, tradução e tradição da dignidade em vida.