O derradeiro
Ele sempre sentara num mesmo canto de sua casa, utilizando sempre roupas claras, tendenciando e esperançando coisas boas. Sempre um bom moço, porém complexo, confuso, e por vezes incompreendido. A persona in foco, não sabia o real motivo de sua ação, e sequer calculara sua reação, sabia apenas tratar-se de um livramento, de um abrir de olhos, de uma aventura rumo ao desconhecido, talvez tratara-se de um devaneio e imoralidade pecaminosa. Pensara em muitos momentos no que falariam após seu feito. Exclamariam pelos cotovelos: _Que louco! Sem coração, pecaminoso! Irá pagar por seu pecado! não entrará no sagrado céu! (Entre outras).
Deixou seus pensamentos dominantes o levarem ao sótão, deveras sujo pela atividade do tempo, afinal não era um ambiente tão frequentado ultimamente, alcançou uma corda do tipo sisal, amarrou devidamente em um encaixe de abertura do sótão, e em sua extremidade deixou seu corpo preso ao forte nó que o fizera. Podendo apenas reiterar que todo seu plano arquitetônico deu-se no sucesso esperado, tirou o apoio dos pés, e sentiu o seu doce veneno que com suas próprias mãos construíra. Agonizou.
Agora, o próximo plano é velar por seu corpo.