A Isabel Campos, do Recanto; A Taís


A Isabel Campos



Bel querida, a ti que me sabes
a ti que conheces minha história
meus desvarios e fantasmagorias
minhas renúncias e pavores
minhas loucas alegrias fora dos parâmetros
com os quais, via de regra, se mede a vida
e se medem os rumos, os destinos,
como se fosse possível medi-los


A ti, que neste e em outros sítios
me soubeste e sabes
e segues minhas sagas
sem fins e sem começos
a saga
desta "hidra inofensiva para heroísmo nenhum"
que sou
que tenho sido


A ti, amiga querida,
amiga plena de delicadezas
como raras o sejam...
A ti, sensibilidade ímpar
de fundas antenas poéticas
de poesias indeléveis e leves
como a vida


A ti, com tuas grandes vitórias
conseguidas à custa de muita luta
no meio de tantas penas, as perdas...


A ti, amiga,
que te volte o amor
a que fazes jus.
Que te seja sempre a paz...
Que te seja sempre
a felicidade dos teus meninos...


Que te sejam sempre
as felicidades todas
as felicidades todas... todas elas...
sempre...


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A Taís


Sei que tenho estado longe, querida...
Nada sei de meus rumos
nada sei dos teus...

Sei também que o que é não morre
e somos o que somos: Amigas.
O mundo e o tempo
não têm poder de destruir
as coisas verdadeiras.

Não sei dos teus rumos
não sabes dos meus...
mas os intuímos
e isso é tudo.

Da nossa distância
sei que nos desejamos
todos os bens do mundo...

Que nos venham...
Que nos venham...
Amém! Amém!