Morre dom Paulo Evaristo Arns, o homem que a ditadura não silenciou
O BRASIL NUNCA MAIS
ESQUECERÁ O HOMEM DE DEUS
QUE TEVE CORAGEM
DE IR AO ENCONTRO
DOS HUMILHADOS E PRESOS...
POBRES E PERSEGUIDOS
PELO SISTEMA SOCIAL.
J B Pereira
14/12/2016
Foi honesto consigo e sua vocação, por isso merece o céu.
Bem-aventurado Dom Paulo Evaristo Arns, rogai por nós para que sejamos como vós na causa do Reino entre os pequenos do Reino de Deus na história dos homens e mulheres sedentos de respeito, paz, solidariedade, justiça e perdão.
Não amaldiçoou, mas lutou o bom combate da fé e da coragem franciscana, porque estava fundamentado no Evangelho de Jesus: amor pelo Senhor da Vida e pela vida de todos.
Respirava Deus pela escolha dos pequenos e vida silenciosa e simplicidade radical, sem palácio episcopal e luxo e dinheiro.
Sua riqueza foi amar e perdoar. Vencer-se por amor a Jesus.
Respirava os idosos no seu quarto simples da comunidade de irmãs junto com os idosos como ele.
Fez opção preferencial pelos pobres, jovens, povo das comunidades, sem desprezar ninguém, convidou aos adversários os apelos da justiça e do Evangelho. No fim da vida, ainda foi exemplo de ternura e vigor para com os idosos. Não se apegou a si, nem a sua herança, serviu-se de seu sacerdócio para amar e conduzir, fortalecer os que precisavam de seu cajado de Pastor e homem de Deus.
Nunca o Brasil o esquecerá nesses tempos de república de corruptos pós-ditadora, agora nos anos 2016 em diante.
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Dom Paulo Evaristo Arns
Religioso brasileiro
14-9-1921, Forquilhinha, Criciúma (SC)
Logo que assumiu o cargo de arcebispo da cidade, em 1970, vendeu o Palácio Episcopal por 5 milhões de dólares e empregou o dinheiro na construção de 1.200 centros comunitários na periferia.
Impressionou o país e o mundo pelas suas atividades em defesa dos direitos humanos durante o período da ditadura militar, quando combateu a intransigência do regime militar e agiu em favor das vítimas da repressão.
Defendeu também os líderes sindicais nas greves, apoiou a campanha contra o desemprego e o movimento pelas eleições diretas.
Sua luta em defesa dos direitos dos pobres e pelo fim da desigualdade social lhe valeu dezenas de prêmios no mundo: título de doutor "honoris causa" em universidades dos Estados Unidos, Alemanha, Canadá e Holanda; prêmio do Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (1985), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), entre outros.
Incentivando a integração entre padres, religiosos e leigos, criou 43 paróquias e apoiou a criação de mais de 2 mil Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) nas periferias da metrópole.
http://educacao.uol.com.br/biografias/klick/0,5387,100-biografia-9,00.jhtm
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Dom Frei Paulo Evaristo Arns O.F.M. (Forquilhinha, 14 de setembro de 1921 — São Paulo, 14 de dezembro de 2016) foi um frade franciscano e cardeal brasileiro. Foi o quinto arcebispo de São Paulo, tendo sido o terceiro prelado dessa Arquidiocese a receber o título de cardeal. Era arcebispo-emérito de São Paulo e protopresbítero do Colégio Cardinalício.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Evaristo_Arns
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Dom Frei Paulo Evaristo Arns foi um frade franciscano e cardeal brasileiro. Foi o quinto arcebispo de São Paulo, tendo sido o terceiro prelado dessa Arquidiocese a receber o título de cardeal. Wikipédia
Nascimento: 14 de setembro de 1921, Forquilhinha, Santa Catarina
Falecimento: 14 de dezembro de 2016.
Educação: Universidade de Paris
Obras: Brasil: Nunca Mais, I poveri e la pace prima di tutto, mais
Filiação: Gabriel Arns, Helena Steiner
Irmã: Zilda Arns
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Evaristo_Arns
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"Jesus não foi indiferente nem estranho ao problema da dignidade e dos direitos da pessoa humana, nem às necessidades dos mais fracos, dos mais necessitados e das vítimas da injustiça. Em todos os momentos Ele revelou uma solidariedade real com os mais pobres e miseráveis (Mt 11, 28-30[5]); lutou contra a injustiça, a hipocrisia, os abusos do poder, a avidez de ganho dos ricos, indiferentes aos sofrimentos dos pobres, apelando fortemente para a prestação de contas final, quando voltará na glória para julgar os vivos e os mortos." [6]
O lema: "EX SPE IN SPEM" (De Esperança em Esperança), traduz a certeza do cardeal de que em Deus esperou e não será confundido, numa referência ao Livro dos Salmos (Sl. 70,1), sendo uma expressão da total e confiante adesão a Cristo e do humilde abandono do cardeal nas mãos da Divina Providência."
Autor de 49 livros, suas obras versam sobre a ação pastoral da Igreja nas grandes cidades e estudos da literatura cristã dos primeiros séculos, além de centenas de artigos escritos para as diversas revistas das quais foi redator, antes do episcopado.]
Umas das principais obras foi a pesquisa por ele organizada, em que foi abordada a tortura durante os Anos de Chumbo: Brasil, Nunca Mais.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Evaristo_Arns
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Estadão Conteúdo
14.12.16 - 12h37 - Atualizado em 14.12.16 - 12h57
http://istoe.com.br/morre-dom-paulo-evaristo-arns-o-homem-que-ditadura-nao-silenciou/
Atuação
De volta ao Brasil, foi professor de Teologia no seminário franciscano de Petrópolis (RJ), onde trabalhou dez anos em favelas, período que descreveria como o mais feliz da vida. Em maio de 1966, foi nomeado bispo auxiliar do então cardeal de São Paulo, d. Agnelo Rossi, que o designou para a região de Santana, na zona norte.
Dedicava-se aos presos da Casa de Detenção do Carandiru e criava núcleos das comunidades eclesiais de base (Cebs), experiência pioneira na arquidiocese, quando um telefonema do núncio apostólico lhe comunicou que seria o novo arcebispo de São Paulo. Não era um convite, mas uma ordem do papa Paulo VI, que transferira o cardeal Rossi para Roma. Era 1970.
Um ano antes, tivera os primeiros contatos com vítimas do regime militar, início da luta em defesa dos direitos humanos que marcaria sua carreira. Designado pelo cardeal para verificar as condições em que se encontravam os frades dominicanos e outros religiosos na prisão, constatou que eles estavam sendo torturados.
Os militares não gostaram da nomeação de d. Paulo. Quando foi elevado a cardeal, em março de 1973, uma das suas primeiras medidas foi criar a Comissão Justiça e Paz, formada por advogados e outros profissionais, para atender pessoas perseguidas pela ditadura. Funcionava na Cúria Metropolitana, sinônimo de refúgio e esperança para as famílias de mortos e de desaparecidos.
Respeitado e temido, amado e odiado, d. Paulo tornou-se um símbolo de resistência. Denunciou as torturas nos quartéis, visitou presos em suas celas, liderou atos de protestos. No período mais difícil do regime, procurou o presidente Emílio Medici (Arena), em nome do episcopado paulista, para lhe entregar o documento Não te é lícito, no qual os bispos exigiam o fim das torturas. Medici deu um murro na mesa ao ouvir a advertência do cardeal e o pôs para fora de seu gabinete.
“O senhor fique na sacristia, que nós cuidamos da ordem”, irritou-se o general. D. Paulo pegou de volta o exemplar da Rerum Novarum, a encíclica de Leão XIII que levara de presente, mas fora jogada de lado. Depois disso, só tiveram contatos protocolares.
Em defesa dos direitos humanos, visitava operários, estudantes e políticos nas celas da polícia. Foi numa sala da repressão que conheceu Luiz Inácio Lula da Silva, que havia sido detido após as greves dos metalúrgicos do ABC. Ficaram amigos pelo resto da vida. Na época, o bispo de Santo André era d. Cláudio Hummes, mais tarde arcebispo de São Paulo, que abrigou nas igrejas da diocese trabalhadores impedidos de se reunir."
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Dom Paulo Evaristo Arns morre em São Paulo aos 95 anos...
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/d-paulo-evaristo-arns-morre-em-sao-paulo-aos-95-anos.ghtml
10 horas atrás - Morreu nesta quarta-feira (14) o cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Emérito da Arquidiocese de São Paulo. Ele estava internado no
Arcebispo emérito estava internado com broncopneumonia desde 28 de novembro. Com 50 anos de bispado, teve atuação importante no combate à repressão na ditadura militar.
Em 1972 criou a Comissão Justiça e Paz de São Paulo e, como presidente regional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), liderou a publicação do “Testemunho de paz”, documento com fortes críticas ao regime militar que ganhou ampla repercussão à época.
Presidiu celebrações históricas na Catedral da Sé, no Centro de São Paulo, em memória de vítimas da ditadura militar. Dentre eles, do estudante universitário Alexandre Vannucchi Leme, assassinado em 1973, e o ato ecumênico em honra do jornalista Vladimir Herzog, assassinado no DOI-CODI, em São Paulo, em 75."
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Obra da PAULUS enfoca o jubileu áureo episcopal (1966 – 2016) do Arcebispo emérito de São Paulo
Memórias da Igreja de São Paulo – Homenagem ao Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, Arcebispo emérito de São Paulo no seu jubileu áureo episcopal, (1966 – 2016) está sendo lançado pela PAULUS Editora. Organizada por Valeriano dos Santos Costa, a obra surgiu para celebrar o jubileu de 50 anos de ordenação episcopal do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo."
https://www.paulus.com.br/portal/releases/livro-homenageia-dom-paulo-evaristo-arns#.WFHtdrIrLcc
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Confira os 37 livros de Dom Paulo Evaristo Arns
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O Cardeal da Resistência
As muitas vidas de dom Paulo Evaristo Arns
Ricardo Carvalho
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Você pode começar a ler O Cardeal da Resistência por qualquer um dos 65 capítulos. Essa é uma das novidades deste livro, que narra de maneira amigável e acessível a verdadeira revolução que dom Paulo Evaristo Arns promoveu em São Paulo e no Brasil desde que chegou na capital paulista, em 1966, como bispo-auxiliar da Zona Norte da cidade. Nomeado arcebispo de São Paulo em 1970, permaneceu no cargo por 28 anos, até 1998, quando, ao se aposentar, se tornou arcebispo emérito. Em 2013 ele completou 40 anos de cardinalato e 92 de vida, e é o cardeal mais antigo da Igreja Católica."
Você vai encontrar também depoimentos de muita gente que viveu passagens memoráveis ao lado do cardeal, como Clarice Herzog, Ricardo Kotscho, Frei Betto, Fernando Morais, Clovis Rossi, Leonardo Boff, Juca Kfouri, José Carlos Dias, Dalmo Dallari…
Aliás, o autor Ricardo Carvalho sugere que se inicie a leitura pelo capítulo 64. Os profissionais que estiveram juntos na realização do livro têm as seguintes sugestões: Antonio Carlos Fester, escritor, capítulo 23; Angélica Rittes, jornalista e teóloga, capítulo 6; Inês Caravaggi, jornalista, capítulo 12; Maria Angela Borsoi, secretária particular de dom Paulo por mais de 40 anos, capítulo 27."
http://grupoautentica.com.br/instituto-vladimir-herzog/livros/o-cardeal-da-resistencia/990