Mãe querida

Tres anos de muita saudades ...

Sei que não vou surpreender ninguém com o que vou dizer sobre minha mãe, pois minha mãe não foi diferente de muitas outras mães que viveram na mesma época, talvez nem é diferente de suas próprias mães.

Nasceu e se criou na roça, pois seus pais eram agricultores. Dona Maura começou sua vida em contato com a terra, e como ela sempre falava segurando um cabo de enxada.

Minha mãe era daquelas mulheres que nascem para ser mãe. Por esse motivo na minha infância e adolescência a vi grávida enumeras vezes, e talvez por causa disso eu tinha impressão de que minha mãe, naquela época, estivera eternamente grávida.

Minha mãe já tinha trabalhado tanto que quando viemos para a cidade achei que ela seria a maior beneficiada, mas isso não aconteceu, porque se no campo ela não precisava observar horário, aqui na cidade isso não era mais possível. Aqui tinham as pessoas com horário para irem trabalhar, e mais, tinha que vestir e alimentar os pequeno para a escola.

Quando começaram a chegar os parentes e conhecidos que como nós vinham em busca de trabalho, para cada um que chegava ela e meu pai construíam mais um cômodo par acomodá-los e assim formaram uma pequena vila em um terreno de menos de 500 m², que todos nós chamávamos de VILA FONTOURA.

Quando cismava que alguém não estava se alimentando direito, repartia nossa própria alimentação para suprir a necessidade daquela pessoa.

Quando nosso pai faleceu ela tinha 53 anos, muito jovem, mas não refez sua vida ficou ali, como o mastro principal daquela família que hoje é composta por mais de 60 pessoas entre filhos, genros, noras, netos e bisnetos.

E é a essa mulher guerreira e maravilhosa que peço a vocês, não lágrimas, mas uma grande SALVA DE PALMAS.

* 17/10/1930 * * 19/11/2013 *

Lay Faggundes
Enviado por Lay Faggundes em 21/11/2016
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