Vai, idoso?
Fui participar da celebração dos 60 anos de mano Zé, em setembro de 2015. Um lustro à sua frente em matéria cronológica, queria confortá-lo pela entrada saudável nesta fase que insistem em chamar de da melhor idade.
Pois peguei o ônibus em BH às oito e tanto da noite e com meras três paradas pro xixi e o pão de queijo, estava em São Mateus, ES, na manhã seguinte. E não fora desconfortável a noite. Pouco ou nada a ver, terço eu, pra ser politicamente correto, não sou de louvar nem levar, e chegava quase fresco naquele estado de Espírito que, pelo menos de nome, é Santo.
Ocupado como é o mano Zé, relevei sua ausência, e rumei de táxi pra sua casa, que não fica a mais do que dez minutos da rodoviária. É um condomínio, bem central, com não mais que uma trintena de casas, de aparência confortável, sem ostentações arquitetônicas, e seguras.
Abordado à portaria, após baixar o vidro da janela do carro, perguntei ao porteiro:
- Em qual casa mora o José Luiz?
Ao que me respondeu o infiliz:
- O siô é pai dele?
Pensei logo em recomendar o zeloso funcionário aos serviços de minha cunhada, Grace, que é oftalmologista. Mas qual o quê: olhei pro retrovisor, e dei mais crédito àquele zeloso zelador...