Churros da Dona Florinda
Minha boca já começa a salivar,
os minutos não passam.
E aquele cheiro a me ansiar...
Doce, gostoso,
não há nada melhor.
O cheiro já se impregnou em mim,
perigoso eu me comer, ou algo pior.
Chavinho chega até mim como um tufão,
me lambe completamente, da cabeça ao garrão.
Por um instante pensei que ele pudesse querer me comer,
mas como um bom amigo cotentou-se em me lamber.
E comigo ali ele ficou a espera com sua fome abraçado,
até que à dona Florinda nos trouxe o churros tão esperado.
Como sempre, não pude evitar de notar,
os olhos do chavinho brilhavam tanto que eram capaz de tudo a nossa volta iluminar.
Melhor que comer um churros,
é poder compartilhar.
Dei o churros todo pra ele,
e fiquei a lhe admirar.
Como todos os dias de fome e frio,
tenho à companhia do meu amigo do barril,
que mesmo com seu estômago vazio,
está sempre com seu coração cheio de amor para dar.