Helena, a Kolody!
 
Comecei ontem a homenagear você. Um dia seria muito pouco. Uma vida, seria........

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Da amada Helena Kolody:
"O sol se apaga.
De mansinho, a sombra cresce.
A voz da noite diz, baixinho
esquece, esquece"

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Sempre, sempre, ao reler estes versos, os do meu hábito, costume, rememoração, o que sempre ocorre na hora de aflição ou qualquer das minhas agonias sentidas, eu me pergunto:
O que precisava o coração de Helena esquecer?
Alguma mágoa familiar, com amigos, profissional ou do seu amor sentido, aquele, pouco conhecido e, todos sabem, que não pode ser vivido?

Que endereço tinham essas suas palavras tão sábias, tão lindas, tão calmas na solidão, tão apaziguadoras e conselheiras ao seu sentimento do momento?

Sei sempre, quando as repito, invocando sua alma linda, sei tanto e tão bem, quais são as coisas e ou os fatos que EU preciso esquecer. Sei bem. São "meus " sentimentos....

Mas os dela, ah, os dela, quisera eu saber quais foram...e queria lá estar, bem ao lado daquela mulher amena e doce... e dizer, repetindo: sim, "esquece, esquece"....porque você merece, Helena. Esquece.

Você merece, mereceu, não ter, jamais, sombras apagando o seu sol. Você, pelo que fez de bem à almas de algumas das nossas gerações.

Felizes nós, tantos, que, um dia, tivemos a dádiva de ter entre seus dedos os das nossas próprias mãos.

E, principalmente, percebidos pela sua atenção, nas palavras que então dissemos, amada, amada Helena Kolody!

Tão amada....


 
isabel Sprenger Ribas
Enviado por isabel Sprenger Ribas em 11/10/2016
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