NASSER QUEIROGA
Registrando alguns bons momentos em que os comentários para o mano Nasser Queiroga se pareceram com poesia:
(Quando o encontrei falando de "Desejo", tinha que perguntar.)
Aproveitar o ensejo
Pra te mandar um abraço
E perguntar que que eu faço
Com o bom e velho desejo?
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(Falando do amor em "Paralelas da Vida".)
Se encontram-se as paralelas
No lugar que a vista alcança
Cegueira é do amor sequela
Deixe viva a esperança ...
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(Em sua festa de aniversário, relembramos o "Menino Traquino" que há em nós.)
O menino hoje faz anos
A festa será bonita
É Deus que traça os teus planos
Apenas segues a escrita
Meus parabéns meu irmão
Moras em meu coração
Assim o Pai me visita ...
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(Concordando com ele, que "Viver é Arte".)
E arte difícil eu diria
Matar um leão por dia
Entre a dor e a alegria
Inda bem que há poesia
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(Procurando o que comer, "Faminto" como ele.)
Também acordo com fome
Mas o que mais me consome
Não passa quando se come
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(Admirando sua verve erótica sobre um tal "Lápis Quebrado".)
Danou-se seu menino
Tu és erótico agora?
Ela atrás d'um valentino
E ele atrás de ir embora
Ela té lápis quebrou
E o abestado nem notou
Pense num caba por fora
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(Em "Fisgado nos Beiços", falávamos do mesmo mal, ou bem ...)
Fisgado nos beiços
Furado na venta
Amores perfeitos
Ninguém mais aguenta
Viver com emoção
Anzol ou ferrão
Mas sempre em tormenta
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(Ele ensinando "Como Cria o Poeta" e eu, só na vida de gado.)
Abóia mago, abóia
Segue em teu intinerário
Vai desfiando o rosário
E esculpindo a tua joia
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(Nas "Loucuras de um Poeta", eu conhecia o cenário.)
A inspiração vem de longe
Como os coqueiros e o mar
Apropriadas ao monge
Que leva a vida a rezar
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(Quando ele falou: "Confesso... Tenho Medo!" Tive que lembrá-lo que foi ele que me encorajou um dia.)
Apôis mago vou dizê não tema
Perca logo o medo caba véi
Purquê as baboseira que ando cometeno
Que o povo puraí chama puema
Uns verso Pequebrado e tão pequeno
Num te chega nem de longe aos péi
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(Quando escutei:"Para Combinar com os teus Olhos Azulados" e "Dirigir em Contra-Mão", tomei um susto e mandei conselho.)
Andas sonhando com gringa
Cuidado com uma tal baixinha
Pois mulher quando se vinga
Nem rezando uma ladainha
Quebra tudo até a ética
Cassa a licença poética
Acho que até eu perco a minha
Pode dar confusão grande
Compre uma lente azul pra ela
Ou ensebe bem a canela
E para o México se mande
Ia passando meiléso
E te vi maisléso ainda
E como sabes que te prezo
Não te deixo na berlinda
Vou te dizer meu irmão
Pra tu ir na contra-mão
Deve ser uma coisa linda
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(Ele voando na infância com "A Torre daquela Capela" e eu de carona lembrando uma boa trela.)
E eu brincando na esquina
Deixava o tempo passar
Olhava a cor da batina
Pra depois te avisar
Pra escapar de uma sova
Saber da cor era prova
De que a gente estava lá
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(Falando dos sonhos em "Segurança Falsa":)
Sem dúvida que é pesadelo
Pois teu peito não sente tal horror
Sei bem que ali só mora o amor
Que Deus te dá com tanto zelo
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(Falando de Deus, poesia e, enfim, libertos das "Prisões".)
Quando eu era menino
Com meu corpo bem franzino
Só pensava em jogar bola
Nunca ficava em gaiola
Depois fiz minha prisão
No mundo que eu mesmo invento
Me auto-prendo ao tormento
E espero absolvição
O mesmo Pai do passado
Que me libertou pequenino
É que tem me alforriado
Com seu amor peregrino
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Beijo no coração, Mago!
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