ODE CENTENÁRIA
“Ao 100º aniversário de Frei David”
Eu canto o meu poema para louvar
Aqueles que por virtudes valorosas
Souberam a sua vida aprimorar
Entre aquelas que foram mais ditosas.
Os normais seres humanos se tornaram,
Pela luz do seu sonhar aventureiro,
Naqueles seres que tudo sublimaram
Até chegarem a um lugar cimeiro.
Foram dias, foram meses, foram anos;
Foram, por certo, décadas e décadas
Actos e actos, progressos, desenganos
E por vezes, quem sabe, sequelas.
Quem nesta sorte sempre porfiou
A sua própria história está cumprindo,
História que por vezes desbravou
Em novos horizontes que foi abrindo.
Dizem por aí que já não há heróis
Daqueles que, julgando convencer,
Mais não conseguem do que querer
Gozar a vida passando pelos sete sóis
Da estrela de alva até ao anoitecer.
Mas há por cá quem isto contradiz,
Naquela arte de viver que satisfaz:
Que é possível todavia ser feliz
Num bem-estar que a partilha traz.
Ai, meu irmão David, astro refulgente,
Como seria bom ser como tu és
Feliz e alegre, sempre sorridente
Coração ao leme, aberto de lés a lés
De um encanto rasgado frente a frente.
Já passaram cem anos, com certeza,
Mas a tua jovem alma não tem idade
Tem, porém, uma história de beleza
Num estilo de arte e qualidade
Que transmitindo luz é grã riqueza
E um fiel tesouro de fraternidade!
Frassino Machado
In ODISSEIA DE ALMA