Carta à Professora Nirta

Nirta,

eu não costumo escrever cartas, pois não sei usar muito bem as palavras. Parece estranho dizer isto, mas é difícil colocar as minhas emoções no papel.Quando a gente é tímida fica mais fácil criar personagens e se esconder atrás deles.Só que agora é diferente.Aqui é como um bate papo, entre amigas.

Estou tentando lhe dizer o quanto lhe admiro; o quanto gosto de você e o quanto lhe sou grata! Quando a conheci estava passando uma fase complicada e precisava recomeçar .Nirta, eu não costumo pedir nada a Deus; apenas agradeço por tudo. Faço a minha parte da melhor maneira possível e deixo o resto acontecer, porém naquela noite eu estava triste e queria uma oportunidade para mostrar o meu trabalho nas escolas.Seria uma maneira de estar em contato com as crianças, absorvendo toda a energia.De repente tive uma idéia: procurar a Secretaria de Educação .

O conto O MENININHO PERDIDO havia sido premiado com uma publicação numa Antologia Nacional e resolvi presentear o prof. Corsino com um exemplar . Ele não estava e quem me recebeu foi você, com este jeitinho só seu.

Naquele momento percebi que estava diante de uma grande mulher: inteligente, simples e generosa.

O resto da história você já sabe.Então tenho certeza que foi Deus que te colocou no meu caminho.

Nestes anos que trabalhamos juntas aprendi MUITO, principalmente o valor de uma amizade.Parece que tudo de bom começou a acontecer e foram tempos de conquistas e realizações. Nunca me senti tão respeitada como pessoa e como profissional.

Você é muito especial para mim e para todos aqueles que acreditam no seu trabalho, na sua força interior e na sua capacidade de se destacar em tudo o que faz.

Que Deus ilumine o seu caminho hoje e sempre.Te adoro.