CONVERSA ÍNTIMA - PAI
PAI
Um corpo ausente, e uma lembrança viva...
Sinto no amanhecer, mãos que conduzem
o meu viver, e com fervor traduzem,
a mais bela expressão de amor.
Sabe pai,
Ao me dar conta de tua falta,
percebi a falta que tu fazes em mim!
Chorei, reclamei, não aceitei; enfim,
quis entender o porquê da partida;
Os dias que não mais se alinhavam,
seguiam sem rumo, sem orientação...!
À noite, tinha brilho fosco, a constelação,
e nem mais festejam, a aurora, os sabiás!
Lembras? Pássaros que amanheciam,
e seus trinados em ecos alegravam...
Partiste, e as aves tristonhas definharam;
seguiram ao encontro de ti!
Tudo mudou... Restava o clamor!
Mas agora, pai, sinto tua forte presença;
e em Deus deposito a crença,
de receber de ti, a mais bela expressão de amor.
Todos os dias... Sempre!
Pai,
Te amo eternamente!