CONVERSA ÍNTIMA - PAI

PAI

Um corpo ausente, e uma lembrança viva...

Sinto no amanhecer, mãos que conduzem

o meu viver, e com fervor traduzem,

a mais bela expressão de amor.

Sabe pai,

Ao me dar conta de tua falta,

percebi a falta que tu fazes em mim!

Chorei, reclamei, não aceitei; enfim,

quis entender o porquê da partida;

Os dias que não mais se alinhavam,

seguiam sem rumo, sem orientação...!

À noite, tinha brilho fosco, a constelação,

e nem mais festejam, a aurora, os sabiás!

Lembras? Pássaros que amanheciam,

e seus trinados em ecos alegravam...

Partiste, e as aves tristonhas definharam;

seguiram ao encontro de ti!

Tudo mudou... Restava o clamor!

Mas agora, pai, sinto tua forte presença;

e em Deus deposito a crença,

de receber de ti, a mais bela expressão de amor.

Todos os dias... Sempre!

Pai,

Te amo eternamente!

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 15/08/2016
Reeditado em 17/08/2016
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