Para você, Roberto, grande amigo de minha alma - Parte III
Lembrei-me hoje de falar sobre um momento que foi muito divertido; havia uma música nossa e, a cada vez que era tocada, você me fazia um sinal, onde quer que estivesse. Não me lembro do nome da música, só sei que era nossa.
Naquele dia, você foi chamado ao Departamento Pessoal, por alguma razão qualquer; entrou na sala do austero Sr. Brito e sentou-se frente a ele; da minha mesa, eu podia vê-lo; de repente, nossa música começou a tocar e você se levantou e me fez um sinal, enquanto o Sr. Brito olhava para você e para o meu lado, pois me viu levantando a mão para você.
Foi tão engraçado, pois você nem sequer ficou sem graça; continuou sentado à frente dele como se nada tivesse acontecido. Da minha mesa, eu ria só de pensar no que o chefe Brito deveria estar pensando daquele gesto.
Já me esforcei por me lembrar do nome da música; sua memória é melhor do que a minha, pois, uma vez, ao me visitar em São Paulo, você cantarolou a canção e, mesmo assim, não consegui me lembrar dos acordes. Que pena! Esta é uma referência de nossa vida, de nossos tempos.
A verdade é que todos nos olhavam muito o tempo todo; despertávamos curiosidade ou o que? Nem sei! Mas, todos os nossos colegas sabiam que estávamos sempre juntos.
Talvez se perguntassem porque éramos tão amigos. Também não sei se nos compreendiam.
Sabe o que me emocionou? No meu casamento, você me mandou um ramalhete de rosas vermelhas, um lindo ramalhete! Era a primeira vez que eu recebia flores! Só poderiam ter vindo de você. Fiquei tão feliz, apesar de que aquele não era o meu momento mais feliz; afinal, eu estava dando um passo indesejado e você, de alguma maneira, sabia.
Porém, nunca levantou uma questão sobre isto, apesar de observar minha angústia nunca discutida com ninguém, nem mesmo com você. De que adiantaria? Mas, não é sobre isto que desejo falar agora; neste momento, somos eu, você e nossa história.
Estamos em Setembro de 2004; fazendo os cálculos, são 45 anos de amizade que nunca perdeu a intensidade e nem vai perder, mesmo que um de nós dois parta desta vida.
Um dia vamos nos encontrar em outros lugares, em outro tempo e espaço; então, poderemos conhecer fatos de vidas passadas que nos interligaram.
Lembrei-me hoje de falar sobre um momento que foi muito divertido; havia uma música nossa e, a cada vez que era tocada, você me fazia um sinal, onde quer que estivesse. Não me lembro do nome da música, só sei que era nossa.
Naquele dia, você foi chamado ao Departamento Pessoal, por alguma razão qualquer; entrou na sala do austero Sr. Brito e sentou-se frente a ele; da minha mesa, eu podia vê-lo; de repente, nossa música começou a tocar e você se levantou e me fez um sinal, enquanto o Sr. Brito olhava para você e para o meu lado, pois me viu levantando a mão para você.
Foi tão engraçado, pois você nem sequer ficou sem graça; continuou sentado à frente dele como se nada tivesse acontecido. Da minha mesa, eu ria só de pensar no que o chefe Brito deveria estar pensando daquele gesto.
Já me esforcei por me lembrar do nome da música; sua memória é melhor do que a minha, pois, uma vez, ao me visitar em São Paulo, você cantarolou a canção e, mesmo assim, não consegui me lembrar dos acordes. Que pena! Esta é uma referência de nossa vida, de nossos tempos.
A verdade é que todos nos olhavam muito o tempo todo; despertávamos curiosidade ou o que? Nem sei! Mas, todos os nossos colegas sabiam que estávamos sempre juntos.
Talvez se perguntassem porque éramos tão amigos. Também não sei se nos compreendiam.
Sabe o que me emocionou? No meu casamento, você me mandou um ramalhete de rosas vermelhas, um lindo ramalhete! Era a primeira vez que eu recebia flores! Só poderiam ter vindo de você. Fiquei tão feliz, apesar de que aquele não era o meu momento mais feliz; afinal, eu estava dando um passo indesejado e você, de alguma maneira, sabia.
Porém, nunca levantou uma questão sobre isto, apesar de observar minha angústia nunca discutida com ninguém, nem mesmo com você. De que adiantaria? Mas, não é sobre isto que desejo falar agora; neste momento, somos eu, você e nossa história.
Estamos em Setembro de 2004; fazendo os cálculos, são 45 anos de amizade que nunca perdeu a intensidade e nem vai perder, mesmo que um de nós dois parta desta vida.
Um dia vamos nos encontrar em outros lugares, em outro tempo e espaço; então, poderemos conhecer fatos de vidas passadas que nos interligaram.
Naget - 11/09/04 00:09:11 - uma rosa para você!