DIA DOS AVÓS

Poeta Cypriano Maribondo – cmgtpoeta@yahoo.com.br – em 25/07/2016

HOMENAGEM DESTE POETA AO DIA 26 DE JULHO “DIA DOS AVÓS.”

Com este texto lembrando-me dos meus avós.

Vovó ANA e Vovô PADRE, Vovó CHIQUINHA e Vovô MARIBONDO.

Quero hoje homenagear a todos os AVÓS.

Desejando um dia feliz com todo o amor desse mundo.

O dia VINTE E SEIS DE JULHO, que está chegando.

A AVÓ de JESUS, SANTA ANA, o dia é consagrado.

Assim, através dos meus saudosos Avós.

Com este poema, O DIA DOS AVÓS, é homenageado.

Assim lembro com saudade dos meus Avós.

“ANA JOAQUINA BEZERRA DA TRINDADE.”

Mãe do meu pai Cypriano, para todos, era Sinhá Nana.

Apesar dela morar no Recife, ela eu conheci bem.

Sempre papai nos levava a casa de Vovó Nana.

Era assim que todos os seus netos a chamavam.

Eu cheguei a passar parte das férias em sua casa.

Era magra, esguia, de temperamento forte.

Mas, com certeza, aos seus netos, ela amava.

Era fumante e por causa de problema de saúde.

Em nossa casa, alguns meses, ela passava.

Por ter dificuldades de andar ela me pedia.

Para acender seu cigarro que sempre apagava.

Por causa das idas e vindas para o cigarro acender.

Aos meus onze anos eu comecei a fumar.

“-Não é assim meu filho, tem que chupar”. Ela dizia.

De cigarro em cigarro terminei por me viciar.

Nossa convivência, a cada viagem crescia.

Já era rapaz quando ela veio a falecer.

Hoje eu me lembro dela com muita saudade.

Aqueles anos eu não posso mais viver.

“FRANCISCO ANTÔNIO DE ALBUQUERQUE TRINDADE.”

O Pai do meu Pai Cypriano, para os netos, Vovô Padre.

Aqui vou falar um pouco da sua verdade.

Por parentes e amigos era chamado de Seu Padre.

Padre do Muquêm, apelido da juventude.

De padre, ele não tinha nada, acreditem.

Mas ele foi um homem de virtude.

Esse seu apelido é um história muito longa.

Eu não sei contar, dele tenho poucas lembranças.

Lembro-me dele deitado numa cama de hospital

Na nossa casa, cercado de médicos e esperanças.

Quando ele faleceu, eu tinha quatro ou cinco anos.

Minhas irmãs é que falam de sua história.

Que ele era meigo e carinhoso com os netos.

Assim eu guardei a sua lembrança na memória.

“FRANCISCA DAS NEVES MARIBONDO DA TRINDADE.”

Mãe de minha mãe ANNA, de Dona Chiquinha, era chamada.

Era doce e meiga, convivi com ela na minha juventude.

Vovó Chiquinha, pequena e alegre por todos era amada.

Aos seus netos ela sempre gostava de agradar.

Com petiscos, toradas, conversas, ao pé do fogão.

Seu sorriso largo cheio de amor e carinho.

Até hoje está guardado no meu coração.

A sua casa ficava perto da casa dos meus pais.

Eu corria para lá depois de uma travessura.

Vovó Chiquinha me colocava ao seu lado.

Logo mamãe chegava a minha procura.

Pare ANNA, ela dizia,deixe o menino aqui.

Eu cuido dele enquanto sua cabeça esfria.

Dava pra mim uns conselhos e umas torradas.

Depois de calmo, eu ia para casa, cheio de alegria.

Gostava de ver vovó cortando o pão.

Em fatias bem finas para as torradas fazer.

Escutava suas histórias, me aconchegava.

Seu carinho hoje eu queria reviver.

Ficou gravada na saudade dos que a conheceram.

A maneira doce e carinhosa que ela nos tratava.

Como foi bom viver com você Vovó Chiquinha.

Saber que você a todos nós, seus netos, amava.

“FRANKLIM MARIBONDO BEZERRA DA TRINDADE.”

Pai de minha mãe Anna, de seu Maribondo, era chamado.

No engenho do Vovô Maribondo nos reuníamos.

Durante as férias, momento ansiosamente esperado.

No engenho JAGUAREMA, o engenho do Vovô.

Vivi os momentos mais felizes de minha vida.

Um verdadeiro menino de engenho eu me sentia.

Como gostaria que aquela época fosse revivida.

Vovô Maribondo, alto, esguio e forte.

Cuidava do seu engenho com firmeza e dedicação.

Quando nos chegávamos, de pé no alpendre, nos esperava.

Era sua maneira de mostrar a sua recepção.

A todos nós ele tratava com muito carinho.

Por duas vezes ao ano a paz do engenho era invadida

Por um monte de crianças, sorrindo, correndo, gritando.

Garanto jamais existiram umas férias tão querida.

Lembrando-me dos meus avós e falando da nossa história.

Hoje para todos vocês, filhos e netos, eu quero pedir.

RESPEITEM AOS SEUS AVÓS, RESPEITEM AOS IDOSOS.

Saibam que, para vocês, a vida ainda sorrir.

E daqui a alguns anos, quando AVÓS, vocês serão.

Dos ensinamentos de seus Avós vão se lembrar.

Vão ensinar a vocês como devem tratar os seus netos.

E PARA SEMPRE, OS SEUS NETOS VÃO LHES AMAR.