A fonte movida por ritos tantos gemidos 
Fremindo que rangem como parafusos 
Raios que os partam os tantos sentidos 
despem-se nas folhas o verter aludidos 
dum amor que profana os retrógrados 
maculando quem diz moinhos difusos... 

Que movem seus tantos textos.... 

Tantas quantas paredes, ou nos textos inclusos 
mentem quem sente e não expressa o pertinente 
comer com olhos roçando lambendo com língua 
que sorvendo prazer espargido degusta o sêmen 
acariciando mordendo poesia que goza os versos 
reprimido que liba na boca do ventre. Cometem... 

sandices e surdísseis, tálamos  da amada  ventura 
delírios ardentes ,amor que desnudo pende alvura, 
cintilam sensos pra Orfeu, pro amante ser puta ! 
Na brisa úmida que ala ,vertendo alôs na aventura 
o tempo é agora verse! Amanhã é longe e agrura, 
que te venham êxtases ! Olhe-me agora loucura... 

arranque das entranhas água que a sanha imputa 
que incita meus dedos a te poetar com bravura. 
Não temo as pedras das ditas, a falseta corrupta... 
Que sintas meus ventos que te trazem os dedos 
O fogo sagrado no mar dum viver seus segredos 
Que borbotem nas penas, transcendente a  beleza... 

Do libar na concha o desejo mareado na leveza 
Do copular a natureza prima, a língua da maresia 
Sem se preocupar se incita o sol a amar na areia 
pássaros nas árvores, pombos a convidar os afins 
Pro belo começo preliminar nas folhas os ninhos... 
E amor se faz amando, se o outro ou pergaminhos. 

“ A Poetisa dos Ventos” 
Deth Haak 
9/8/2006 

A Mone Carmo, Parabéns em nome dos Guerreiros e Guerreiras de Orfeu!