Madre Maria
à tia Maria
Querida e tão doce,tua face amena,
De meu rosto, vertem em ribeirinho,
Lagrimas d’afeto, olhos de passarinho...
Se assim fosse,nasceria terno poema.
Junto a ti,minh’alma em ascensão,chora,
Mas,duma alegria que não cabe no peito!
D’infãncia, presas na garganta,nesta hora,
Quisera cantar cantigas a meu tosco jeito...
Em tua solidão ,silente ,ouves as estrelas,
Madre Maria entendes,deveras, o que sinto!
Desconheço meu amanhã,porem,pressinto,
Que,em algum tempo,tu’alma,hei de revê-la
Aroma trazido pelo vento,da flor esquecida,
Esperado sinal de que,enfim terá chegado,
Encantado caminho levará,então,à tua vida,
Alegres lembranças deixadas no passado...