Gualco, Montañez, Coleta...
Já entrado nos seus noventa anos, papai sabia e declinava, sem hesitar, toda a formação da equipe argentina, que, naquele já tão distante ano de 1939, aplicou uma acachapante goleada na seleção brasileira, na partida de abertura da Copa Roca, em pleno Rio de Janeiro.
E olhe que o Brasil, poucos meses antes havia brilhado na terceira edição da Copa do Mundo, disputada na França, conseguindo uma honrosa terceira colocação, oportunidade em que revelou ao mundo futebolístico, entre outros, o fabulosa Leônidas da Silva, o Diamante Negro.
Mas não bastou o Diamante em campo para segurar os indômitos hermanos argentinos. O trecho de artigo sobre a partida referida, abaixo transcrito, dispensa comentários.
O que me intriga, nada obstante, é ter recebido essa informação originalmente da boca de um homem que sempre se viu tão absorvido com a família, o trabalho, e até a devoção religiosa, no dia a dia num remoto povoado das muitas e mínimas Gerais, sem acesso a jornais, revistas e até mesmo um rádio - que era tão raro naquele ano em que se iniciara a segunda guerra mundial, e que só viria a ser adquirido no iniciozinho da década de cinquenta - (era um Philips, caixotal, tinindo de brilhante e frequentemente estridente), e ainda guardar aquela informação tão completa. Sem um google para a coleta...
En enero de 1939, Argentina ya había dado un golpe enorme: en el estadio Sao Januario, la Selección se impuso 5-1, en la máxima victoria como visitante en la historia de este duelo. Esa vez los protagonistas fueron: Gualco; Montañez, Coleta; Arcádio Lopez, Rodolfi, Arico Suarez; Peucelle, Sastre, Masantonio, Moreno y Enrique García. Los goles del impresionante éxito fueron de Masantonio (2), Moreno (2) y García. Descontó para Brasil Leónidas Da Silva, el diamante negro que en aquel verano no pudo brillar, aunque pocos meses antes había sido goleador en el Mundial