LINO VITTI (Série Ode em Casa) ROBERTA LESSA
- TIO LINICO, FALA DE SUAS MEMÓRIAS?
... e lá vai o descortinador de memórias construídas verter tênues e significantes recordações sobre a trajetória de sua vida desde a lembrança herdada de ancestrais, do povoar idéias que fincaram em terras férteis o legado de sua gente e que permeia a realidade de cada um que se reconhece parte desse memorial existencial. Soube ele, o poeta, unir historicamente esse arsenal de identidades e reafirmar sua conjunção entre todos os saberes...
MAS CADÊ LINICO, QUÃO LONGE FOI ESPEZINHAR ESSE GRANDE MENINO?
TIO LINICO, FALA DE SUAS CIDADES?
... e lá vai o desbravador de cidades desconhecidas ceder espaços e entrelaçantes considerações sobre a trajetória de sua lida desde a herança agigantada convencionais, do povoar matérias que atuaram em municípios tácteis o mais atual dos momentos convencionalizados pelos meios burocráticos. Soube ele unir geograficamente esse manancial de diversidades e perpetuar sua intensão entre todos os dizeres...
MAS CADÊ LINICO, QUÃO LONGE FOI PESQUISAR ESSE SÁBIO MENINO?
Tio Linico me fala das estradas...
... e lá vai o construtor de estradas desapercebidas conhecer terras e contagiantes plantações sobre a trajetória de sua viagem desde o início primordial de seu povo até o mais atual dos sentimentos perpetuados pelos meios transitáveis. Soube ele unir universalmente esse potencial de felicidades e atenuar sua ostentação entre todos os quereres...
Mas cadê Linico, onde foi viajar esse menino?
Tio Linico me fala das rimas...
... e lá vai o escrevedor de rimas esculpidas conceber arte e emocionante dissertações sobre a trajetória de sua literatura desde o início especial de seu povo até o mais atual dos conhecimentos atualizados pelos meios literários. Soube ele unir paralelamente esse circunstancial de variedades e atenuar sua emoção entre todos os poderes...
Mas cadê Linico, onde foi bolinar esse menino?
Tio Linico me fala das ausências...
... e lá vai o conhecedor de ausências sentidas antever distâncias e dilacerantes separações de sua escuridão desde o início racional de seu povo até o mais atual dos preenchimentos memorizados pelos meios constitucionais. Soube ele unir dialeticamente esse judicial de legalidades e simpatizar sua condição entre todos os conteres...
Mas cadê Linico, onde foi fantasiar esse menino?
Tio Linico me fala das despedidas...
... e lá vai o apaziguador de despedidas polidas precaver alianças e alienantes conclusões de sua separação desde o início funeral de seu povo até o mais atual dos distanciamentos categorizados pelos meios solitários. Soube ele unir finalmente esse substancial de fragilidades e separar sua jubilação entre os desapareceres...
Mas cadê Linico, onde foi findar esse menino?
HOMENAGEM AO POETA LINO VITTI, PIRACICABANO QUE DEIXA - NOS ÓRFÃOS DE SEU POETAR COM SUA PARTIDA.